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Freelancers Abrem Espaço Nas Grandes Empresas

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Por:   •  10/5/2013  •  1.730 Palavras (7 Páginas)  •  419 Visualizações

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Freelancers abrem espaço nas grandes empresas

Por que o modelo tradicional de emprego, em que as pessoas trabalham todos os dias

para o mesmo patrão, começa a perder espaço nas grandes empresas

São Paulo - Mais de 430.000 funcionários trabalham nos escritórios da gigante de

tecnologia americana IBM em 170 países. Essa gente toda recebe salário, chega de

manhã, almoça no bandejão, fala mal do chefe na hora do café e vai embora no fim do

dia: são, digamos, trabalhadores tradicionais.

Mas desde 2011 essa equipe começou a dividir projetos com um time paralelo,

formado por especialistas conectados pela internet em todo o mundo. Nenhum deles

tem um contrato formal de trabalho com a IBM. Executam tarefas específicas, como a

criação de softwares, e partem para outra.

Após uma seleção virtual, eles trabalham remotamente na própria casa e têm de 12

horas a sete dias para entregar os resultados propostos. Um vídeo produzido para

recrutar candidatos na rede menciona que o modelo permite que a empresa entregue

resultados mais rapidamente para os clientes. E, claro, a um custo mais baixo. A

empresa mantém em sigilo os detalhes e, procurada, não deu entrevista.

A rede de colaboradores da IBM mostra como o modelo tradicional de emprego, em

que as pessoas trabalham todos os dias num escritório para um único patrão, começa

a perder espaço. Segundo a consultoria americana Elance, que conecta empresas a

Bacharelado em Administração

freelancers de mais de 150 países, a base de companhias que contratam esses

profissionais passou de 850.000 para 1,3 milhão apenas no último ano.

É um universo difícil de mensurar, já que muitas vezes não há vínculo formal entre os

profissionais e as empresas. Mas só nos Estados Unidos estima-se que 40 milhões de

pes-soas — o equivalente a um terço da força de trabalho americana — dedicam-se a

trabalhos independentes, segundo o Freelancers Union, sindicato desses profissionais

no país. Na Alemanha, apenas metade das pessoas trabalha 8 ou 9 horas por dia e

cinco dias por semana para o mesmo empregador.

Esses números são resultado de uma lenta mudança na relação entre empregados e

empregadores. As gerações mais novas querem liberdade para trabalhar em casa ou

em horários alternativos. Em algumas profissões, principalmente nas ligadas à

tecnologia, a prática de contratar profissionais por projeto é praxe — e não exceção.

Em 2007, quando apareceram os primeiros aplicativos para seus celulares, a Apple

nem sequer cogitou participar da criação dos programas. Assim, parte fundamental da

estratégia da empresa para celulares ficou a cargo de um exército de profissionais

independentes. Estima-se que haja 300.000 deles dedicados a desenvolver aplicativos

para o iPhone. Em contrapartida, quem cria os aplicativos fica com 70% do resultado

das vendas — só 30% vai para a -Apple.

Há mais de 775.000 aplicativos disponíveis, pelos quais os desenvolvedores já

receberam 7 bilhões de dólares. Nessa lógica, todos ganham. O Google criou algo

semelhante para estimular o desenvolvimento de 800.000 aplicativos para seu sistema

Android.

O maior benefício para quem contrata temporários é o custo, aliado à flexibilidade.

Sem uma força de trabalho fixa, é mais fácil e mais barato embarcar e desembarcar de

novos projetos. É natural, portanto, que as empresas deem especial atenção aos

temporários em momentos de crise ou de escassez de mão de obra — como acontece

no Brasil. “Muitas empresas precisam de gente em pouco tempo para suprir a

demanda de projetos de expansão”, afirma Carolina Azevedo, executiva da empresa

de recrutamento Michael Page.

Foi o que aconteceu com a fabricante de motores americana Ametek. Depois de

crescer em seis meses o que esperava que levaria dois anos, a empresa precisou

encontrar com urgência um gerente financeiro no fim de 2011. “Tínhamos pouco

tempo para contratar alguém e queríamos ter certeza de escolher o profissional certo

para a função”, afirma Rodrigo Pinto, presidente da Ametek no Brasil. Por meio de

uma consultoria, ele recrutou a paulista Lud-mila Dall’Orto. Ludmila foi efetivada em

janeiro.

A produtora de sementes e defensivos agrícolas suíça

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