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Inlcusão Da Mulher No Mercado

Resenha: Inlcusão Da Mulher No Mercado. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  17/9/2014  •  Resenha  •  1.090 Palavras (5 Páginas)  •  144 Visualizações

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A Ex-Dona de Casa?!

Quantas vezes já ouvimos: “Lugar de mulher é na cozinha!”? O papel social dos gêneros ainda são limitados nos dias de hoje? Uma pesquisa realizada pela Catho (Pesquisa Salarial e de Benefícios Online) revela que em 2005 a diferença salarial entre homens e mulheres era de 52% a mais para os homens, e até junho deste ano esse número só cresceu: 75,38% no geral. Além disso, as mulheres recebem menos aumento salarial que os homens. De acordo com Telma Souza, diretora de RH da Catho, “Os homens muitas vezes recebem aumento pelo potencial e as mulheres, por vezes, só depois que demonstram que merecem". No mercado de trabalho há um exemplo de discriminação indireta ao gênero feminino.

No Brasil, a inclusão das mulheres no mercado de trabalho se deu pelo avanço e o crescimento da industrialização, havendo uma transformação da estrutura produtiva. Ainda assim, a luta pela inclusão total da mulher no mercado de trabalho é contínua; a dificuldade de alcançarem promoções, cargos de chefia e uma equiparação salarial com os homens é grande.

Acredito que a dificuldade enfrentada pelas “donas de casa” é justamente o estereótipo criado à elas: homem=produção, mulher=reprodução. Segundo dados do IBGE, em 2011 aproximadamente 35,5% das mulheres estavam inseridas no mercado de trabalho como empregadas com carteira de trabalho assinada, percentual inferior ao observado na distribuição masculina (43,9%).

Na imagem da mulher brasileira do século XXI, o machismo aparece tanto direto quanto indiretamente. Na crença de que os homens agem com o corpo e a mulher com o coração, a figura feminina ainda pode ser vista apenas como corpo. No filme brasileiro de longa-metragem, O Cheiro do Ralo (2007) dirigido por Heitor Dhalia, baseado no romance homônimo de Lourenço Mutarelli, retrata a imagem machista do homem em relação a mulher, mostrando apenas seu desejo pelo corpo da garçonete. Para ele, a insignificância é tamanha que o mesmo paga pra apenas observar a mulher, como se ela fosse um objeto, uma peça em exposição. Sem sentimento, sem humanidade, sem importância.

Mas as mulheres também não estão satisfeitas com a visão que recebem. No dia 3 de abril de 2011, teve início em Toronto, Canadá, um movimento que logo se internacionalizou, a “Marcha das Vadias”. As mulheres protestavam contra o argumento machista de que eram estupradas por provocarem sexualmente os homens com um comportamento abusado e o modo como se vestiam. No Brasil, esse movimento surgiu em São Paulo, no ano de 2011, quando a publicitária Madô Lopez e a escritora Solange De-Ré anunciaram o evento com uma página no Facebook. Desde então, surgiram novos movimentos em Recife, Belo Horizonte, Brasília, Itabuna, Teresina e São José do Rio Preto. A última aconteceu recentemente, no dia 21 de junho de 2013, em Brasília, reunindo mais de 3 mil pessoas.

A violência contra as mulheres, motivo parcial da Marcha das Vadias, ocorrem de diversas maneiras. Segundo a ONU, 70% das mulheres sofrem algum tipo de violência durante sua vida. Ainda, segundo o Banco Mundial, as mulheres de 15 a 44 anos correm mais riscos de sofrer estupro e violência doméstica do que câncer, acidentes de carro, guerra e malária.

A grande barreira é destruir a imagem de sexo frágil. De sexo frágil, a mulher não tem nada. Erasmo Carlos retrata isso em sua canção Mulher (Sexo Frágil): “Dizem que a mulher é o sexo frágil, mas que mentira absurda. Eu que faço parte da rotina de uma delas, sei que a força está com elas.”

“Minha rotina é cansativa. Mas é prazeroso chegar em casa depois de um longo dia de trabalho e ainda preparar algo pra família. Mesmo com as mudanças atuais da mulher na sociedade, o espírito de mãe de família não deve se perder”. Diz Vera Regina, casada, mãe de uma filha de 16 anos. “Quero que minha filha consiga ainda mais oportunidades que eu tive na vida. E que consiga também construir uma família baseada

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