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Lingua Portuguesa

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Por:   •  5/11/2014  •  1.630 Palavras (7 Páginas)  •  1.424 Visualizações

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I – LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA

TEXTO I

1. É proposta do simbolismo expressar o mundo interior, intuitivo, antilógico e anti-racional. A dor existencial de que tratam os quadrinhos acima encontra-se presente na estrofe simbolista:

a) Quando Ismália enlouqueceu,

Pôs-se na torre a sonhar...

Viu uma lua no céu,

Viu outra lua no mar.

b) Anda em mim, soturnamente,

Uma tristeza ociosa,

Sem objetivo, latente,

Vaga, indecisa, medrosa.

c) E enquanto a mansa tarde agoniza,

Por entre a névoa fria do mar

Toda a minhalma foge na brisa;

Tenho vontade de me matar.

d) Hoje, segues de novo... Na partida

Nem o pranto os teus olhos umedece,

Nem te comove a dor da despedida.

e) Quando em meu peito rebentar-se a fibra

Que o espírito enlaça à dor vivente,

Não derramem por mim nem uma lágrima

Em pálpebra demente.

TEXTO II

Choro

Rubem Braga

Eram todos negros: uma viola, um clarinete, um pandeiro e uma cabaça. Juntaram-se na varandinha de uma casa abandonada e ali ficaram chorando valsas, repinicando sambas. E a gente veio se ajuntando, calada, ouvindo. Alguém mandou no botequim da esquina trazer cerveja e cachaça. E em pé na calçada, ou sentados no chão da varanda, ou nos canteiros do jardinzinho, todos ficamos em silêncio ouvindo os negros.

Os que ouviam não batiam palmas nem pediam música nenhuma; ficavam simplesmente bebendo em silêncio aquele choro, o floreio do clarinete, o repinicado vivo e triste da viola.

Só essa música que nos arrasta e prende, nos dá alegria e tristeza, nos leva a outras noites de emoções – e grátis. Ainda há boas coisas grátis, nesta cidade de coisas tão caras e de tanta falta de coisas. Grátis – um favor dos negros.

Alma grátis, poesia grátis, duas horas de felicidade grátis – sim, só da gente do povo podemos esperar uma coisa assim nesta cidade de ganância e de injustiça. Só o pobre tem tanta riqueza para dar de graça.

Texto adaptado de BRAGA, Rubem. Um pé de milho. 5 ed., Rio de Janeiro: Record, 1993, pp. 104-105.

2. O texto acima é, do início ao fim, repleto de imagens, conforme atestam os trechos que se seguem, com EXCEÇÃO de:

a) “Eram todos negros: uma viola, um clarinete, um pandeiro e uma cabaça.”

b) “... e ali ficaram chorando valsas, repinicando sambas.”

c) “Alguém mandou no botequim da esquina trazer cerveja e cachaça.”

d) “... ficavam simplesmente bebendo em silêncio aquele choro, o floreio do clarinete, o repinicado vivo e triste da viola.”

e) “Alma grátis, poesia grátis, duas horas de felicidade grátis...”

3. No texto II, observa-se que o discurso do cronista Rubem Braga apresenta procedimentos relacionados ora com a descrição, ora com a narração, ora com a dissertação.

A linguagem empregada de forma argumentativa, conforme convém à dissertação, ocorre em:

a) “... sim, só da gente do povo podemos esperar uma coisa assim nesta cidade de ganância e de injustiça. Só o pobre tem tanta riqueza para dar de graça.”

b) “Alguém mandou no botequim da esquina trazer cerveja e cachaça.”

c) “Os que ouviam não batiam palmas nem pediam música nenhuma;”

d) “Juntaram-se na varandinha de uma casa abandonada...”

e) “Eram todos negros: uma viola, um clarinete, um pandeiro e uma cabaça.”

4. As afirmativas abaixo relacionam-se com o texto Choro. Todas são verdadeiras, com EXCEÇÃO de:

a) A riqueza de elementos do universo musical tais como o clarinete, a viola, o pandeiro e a cabaça reflete a relação desses elementos com a cultura negra.

b) A referência ao vocábulo choro traz simultaneamente a idéia de desabafo, através de lágrimas derramadas e de choro como estilo musical de caráter sentimental.

c) A dor vivida é suavizada pela presença dos amigos e pela música.

d) No texto, percebem-se reflexões sobre a política social e o modo de viver do brasileiro.

e) O autor ressalta que, na cidade, apesar de tantas coisas caras, ainda há muitas coisas grátis em favor dos negros.

5. Leia atentamente as estrofes abaixo:

I. Sua firme elegância.

Sua força contida.

O poeta da ode

É um cavalo de circo.

II. Mas que na forma se disfarce o emprego

Do esforço; e a trama viva se construa

De tal modo, que a imagem fique nua,

Rica mas sóbria, como um templo grego.

III. Gastei uma hora pensando um verso

que a pena não quer escrever.

No entanto ele está cá dentro

inquieto, vivo.

A linguagem clara e objetiva da poesia parnasiana traduz a contenção dos sentimentos e a perfeição formal que orientam o parnasianismo.

...

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