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O Brasil da Intolerância Linguística

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Por:   •  18/11/2014  •  Artigo  •  451 Palavras (2 Páginas)  •  160 Visualizações

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O Brasil da Intolerância Linguística.

A língua portuguesa é considerada o principal idioma do Brasil. A colonização portuguesa influenciou diretamente a maior parte dos povos que habitavam a área. A integração de culturas é o principal motivo para existir tantos idiomas falados ao redor do mundo. Os padrões linguísticos variam, dependendo das influências que a região sofre, por isso, se há o entendimento por parte dos falantes, toda linguagem falada, mesmo que coloquial, é digna de aceitação social.

O mundo contemporâneo vive uma fase de máxima globalização. As barreiras já frágeis, existentes entre os países, foram completamente quebradas, com a intensificação da tecnologia. Os estrangeirismos, palavras que têm origem em outro idioma, são frutos desse processo, que só tende a ficar mais comum ao passar dos anos, além de diversificar ainda mais os padrões linguísticos. Tais variações são perfeitamente naturais e inerentes a qualquer língua.

O Brasil possui uma grande diversidade linguística em seu território. Algumas vezes essa diversidade é má interpretada, causando o chamado preconceito linguístico, ou seja o julgamento depreciativo contra determinadas variedades linguísticas

As diferenças entre elas não são bem aceitas por alguns membros da sociedade, uma minoria pertencente a classes privilegiadas, que consideram um desrespeito a norma culta e tentam impor uma unidade linguística existente apenas na gramática, ou seja, apesar da enorme diversidade e variabilidade apresentada pela língua, no uso cotidiano, falada no Brasil as pessoas tendem a transformar a variedade linguística utilizada pelo outro em “erro”.

Não se pode esquecer que a educação não é acessível a todos brasileiros, e isso os torna marginalizados e acabam por vezes se tornando vítimas do preconceito linguístico. É preciso uma política que ofereça acesso à educação com qualidade. Para que todos tenham a mesma oportunidade de aprendizado e possam se igualar na educação.

A mídia e os principais meios de comunicação (televisão, rádio e internet) deveriam combater o preconceito linguístico, mas ao invés disso o reforçam, gozando e ironizando as variedades linguísticas diferentes da sua. Pelo fato da maior parte da mídia se concentrar na região sudeste, o preconceito linguístico é muito reforçado contra o sotaque Nordestino, e contra as pessoas do interior.

Por fim, os padrões na escrita e na fala foram criados para que fosse mais fácil a comunicação e a interação humana. Usá-los como desculpa para discriminar outras pessoas ou outras culturas é entrar em contradição com a finalidade da língua, que quer justamente que as pessoas se entendam melhor. Portanto, enxergar a linguagem somente sob um ponto de vista, julgando em certo e errado, se torna perigoso e preconceituoso. Antes de cobrar dos falantes uma linguagem correta, tem que se cobrar do Governo uma política de qualidade, com uma educação eficiente que alcance a todos.

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