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Plano De Alfabetização

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Por:   •  13/11/2013  •  8.681 Palavras (35 Páginas)  •  299 Visualizações

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PLANO DE ALFABETIZAÇÃO

Este plano pretende dar uma contribuição aos professores que se dedicam à tarefa de alfabetizar. As propostas são extensivas a todos os níveis e ciclos escolares, pois partimos da premissa de que alfabetizar consiste em contribuir para o avanço dos sujeitos no domínio da leitura e da escrita, portanto, todo docente é alfabetizador, independente do nível educativo ou da área de desempenho.

Do professor, a quem se dirige este plano, se espera a disposição e abertura, imprescindíveis para realizar rupturas em relação ao trabalho docente ou crenças do processo de alfabetização.

Para que este trabalho se justifique em suas propostas torna-se necessário fazer, previamente, uma breve resenha acerca de como escrevem as crianças no início do processo de alfabetização. Segundo Emilia Ferreiro, existe três níveis sucessivos no processo de aprendizagem do sistema da escrita.

No começo do primeiro nível, as crianças buscam critérios para distinguir entre os modos básicos de representação gráfica: o desenho e a escrita. Com essa distinção as crianças reconhecem rapidamente duas características básicas de qualquer sistema de escrita: que as formas são arbitrárias, já que as letras não reproduzem a forma dos objetos, e que estão ordenadas de modo linear, portanto diferente do desenho.

À medida que avançam neste nível as crianças estabelecem exigências quantitativas – quantas letras devem ter no mínimo uma palavra - e exigências qualitativas – que variações deve haver entre as letras. Ambas as exigências constituem-se em “dois Princípios organizadores”.

Um controle progressivo das variações qualitativas e quantitativas leva à construção de modos de diferenciação entre as escritas. Esta é uma das principais conquistas do segundo nível do desenvolvimento. Nesse momento da evolução, as crianças não estão analisando preferencialmente a pauta sonora da palavra, mas sim, estão operando com o signo lingüístico em sua totalidade ( significado e significante juntos, como uma única entidade).

As exigências quantitativas e qualitativas se estendem às relações entre as palavras, e as crianças não admitem que as escritas iguais possam servir para dizer coisas diferentes.

É necessário destacar que as características correspondentes aos aspectos quantitativos têm uma evolução relativamente independente dos aspectos qualitativos, e vice-versa. Dessa forma, uma criança pode escrever sem controle sobre a quantidade de grafias ( aspecto quantitativo) e com diferenciação das mesmas ( aspecto qualitativo), como também cabe a possibilidade de que o faça com controle sobre a quantidade de grafias e sem diferenciação entre grafias. Quer dizer, o avanço dos aspectos quantitativos não corresponde, passo a passo, ao avanço dos aspectos qualitativos.

A partir do terceiro nível, as crianças começam a estabelecer relação entre os aspectos sonoros e aspectos gráficos da escrita, mediante três modos evolutivos sucessivos: a hipótese silábica, a hipótese silábico-alfabética e a hipótese alfabética.

Na hipótese silábica, uma letra é usada para representar cada sílaba. No princípio, não implica que a letra utilizada forme parte da escrita convencional de tal sílaba, inclusive pode ser uma grafia que não guarde semelhança com nenhuma letra. O controle está centrado nos aspectos quantitativos e, progressivamente, a letra que é usada para representar cada sílaba vincula se aos aspectos sonoros da palavra e costuma ser constitutiva da escrita convencional da mesma.

Na hipótese silábico-alfabética, há uma oscilação entre uma letra para cada sílaba e uma letra para cada som. É um período de transição no qual se mantêm e se questionam simultaneamente as relações silábicas, por isso, as escritas incluem sílabas representadas com uma única letra e outras com mais letra.

Na hipótese alfabética, cada letra representa um som. Isso implica que as escritas apresentam quase todas as características do sistema convencional, mas sem uso ainda das convenções ortográficas.

Para avançar através dos níveis assinalados, é necessário que as situações didáticas sejam propícias: trata-se de contribuir no âmbito institucional escolar, para a aprendizagem do sistema de escrita. Daí resulta a importância de que a escola assuma a responsabilidade pela geração de situações favorecedoras.

Este trabalho está organizado com propostas de atividades de leitura ( reflexão sobre a língua) e escrita. Pois, ao realizar uma pseudoleitura é o mesmo que fingir que sabe ler. Essa situação transforma em situação de pesquisa por parte do aluno, que tenta relacionar as partes gráficas que vê no texto com as partes orais que segmenta em sua fala. Essa situação pode contribuir para que as características da ESCRITA se tornem observáveis para os alunos.

A aprendizagem de parlendas / canções/ quadrinhas como material no ensino da língua escrita tem sentido e significado para os alunos porque, com usa forma divertida e ritmada, são antes de qualquer coisa objetos de brincadeiras e jogos durante suas atividades espontâneas.

Esse tipo de oportunidade é muito mais valioso para alfabetização do que os treinos visomotores porque ajuda a desvendar o funcionamento da língua escrita em situações reais. Permitem que diante de uma situação de leitura, antecipem os significados, guiados pelo contexto. Nas situações de escrita, concentre na palavra a reflexão sobre quais letras usar, quantas usar e em que ordem usar.

Alunos com hipótese pré - silábica

1ª PROPOSTA

Orientações para o professor:

 Entregar a cada criança um alfabeto;

 Realizar leitura coletiva;

 Propor desafios, como:

1. Localizar determinadas letras aleatoriamente, conforme a solicitação do professor;

2. Localizar a inicial do próprio nome, do professor, e dos colegas do grupo.

Encaminhamento: Se o aluno não souber qual é a letra solicitada, o professor deverá propor que o aluno inicie a recitação desde o início, até localizá-la. Ter o cuidado

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