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Pneumotórax - Manuel Bandeira

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Por:   •  16/3/2015  •  1.949 Palavras (8 Páginas)  •  1.842 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho em grupo tem como objetivo, um estudo do poema “Pneumotórax” de Manuel Bandeira, extraindo dele características pertinentes ao poeta modernista. Mais precisamente, busca-se analisar a finalidade desses recursos e os sentidos construídos pelo poeta. As conclusões obtidas estão aqui apresentadas.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 O poeta Manuel Bandeira

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho foi um poeta crítico, literário e tradutor, nasceu em Recife, Pernambuco em 19 de Abril de 1886 e faleceu no Rio de Janeiro em 13 de outubro de 1968. Escreveu mais de vinte livros de poesia e prosa. Em 1904, ao descobrir que sofria de tuberculose, mudou-se de São Paulo para o Rio de Janeiro, devido ao clima tropical da praia do Rio de Janeiro.

Em 1922, depois de uma estadia prolongada na Europa, onde Bandeira conheceu muitos proeminentes autores e pintores, contribuiu com poemas de crítica política e social para o Movimento Modernista em São Paulo. Bandeira começou a publicar suas obras mais importantes em 1924 e começou a traduzir-se em peças canônicas portugueses da literatura mundial em 1956, que continuou a fazer até seus últimos dias. Tornou-se um autor brasileiro respeitado e escrevia artigos em vários jornais e revistas, bem como ensino de literatura latino-americano no Rio de Janeiro. O poeta morreu no Rio de Janeiro em 13 de outubro de1968.

Os poemas do autor são de uma beleza e delicadeza sem par. O próprio autor define sua poesia como a do "gosto humilde da tristeza". Temas recorrentes podem ser encontrados em suas obras: o amor das mulheres, a sua infância na cidade nordeste do Recife, os amigos, os problemas de saúde. Muitos dos poemas de Manuel Bandeira descrevem os limites do corpo humano.

Bandeira foi o mais lírico dos poetas. Ele aborda temas universais e cotidianos, às vezes com uma abordagem de "poema-piada", lidando com formas e inspiração que a tradição acadêmica considera vulgares.

Ainda assim, o conhecimento da literatura, foi usado nos tópicos do cotidiano, formas retiradas de tradições clássicas e medievais. A imagem de um homem bom, gentil e amigável, em parte, concorda-se em adotar que Bandeira, no final de sua vida, tende a produzir erros: sua poesia, longe de ser um pouco doce canção de melancolia, está inscrita em um drama que combina sua história pessoal e o conflito estilístico vivido pelos poetas de sua época.

Dividido entre um puro idealismo de sindicatos simpáticos e platônico e uma carnalidade voluptuosa, Manuel Bandeira é, em muitos dos seus poemas, um poeta da culpa.

2.2 Poema Pneumotórax de Manuel Bandeira

Pneumotórax

Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.

A vida inteira que podia ter sido e que não foi.

Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:

— Diga trinta e três.

— Trinta e três... trinta e três... trinta e três...

— Respire.

...............................................................................................................

— O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.

— Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?

— Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

2.3 O modernismo

Por definição, o Modernismo é um estilo ou movimento nas artes que visa romper com formas clássicas e tradicionais. Este movimento surgiu quando alguns escritores sentiram que se exigia uma nova forma de escrita para expressar suas ideologias e perspectivas em relação à vida. O modernismo incentiva buscarem-se formas altamente individualistas da escrita. Assim, este estilo de escrita representa uma mudança radical em sensibilidades culturais da época correspondente. O conceito de modernismo tomou forma no século 19 e início do século 20, um período de tempo que testemunhou o desenvolvimento das sociedades industriais modernas e rápido crescimento das cidades. O horror da I Guerra Mundial também alimentou o desejo de uma nova maneira de expressar o protesto para a atmosfera social predominante naquela época. No entanto, com o início da I Guerra Mundial, os escritores começaram a concentrar-se mais sobre os temas do período pós-guerra refletindo o sentimento de desilusão, depressão, sentimento de vacuidade, solidão, estafa, corrupção, violência, cinismo e do pensamento fragmentado que prevalecia na sociedade.

A semana de arte moderna em 1922 é considerada o marco inicial do Modernismo Brasileiro. Ela não foi somente o começo das mudanças, mas o ponto máximo de um processo que se iniciara duas décadas antes, com as tentativas dos pré-modernistas, passando por vários eventos importantes, como a publicações de livros, exposições de pintura, críticas conferências entre outras.

Na época, a Semana não teve grande repercussão na imprensa. Apesar disso, ela foi aos poucos ganhando importância histórica. Primeiro porque representou a junção de várias tendências e renovação que estavam acontecendo na arte e na cultura brasileira antes de 1922, que tinha como objetivo inovar a arte tradicional. E segundo porque conseguiu chamar atenção dos meios artísticos de todo o país, por isso, aproximou os artistas com ideias modernistas que estavam dispersos.

Desta forma, os organizadores da Semana de Arte Moderna: Manuel Bandeira, Mario de Andrade, Guilherme de Almeida, Paulo Prado, Gofredo Silva Telles, Oswald de Andrade contribuíram para que o reflexo da “Semana” perdurasse durante toda a década de 1920 e de alguma forma estão relacionados com a arte que se faz hoje.

2.4 Características do poeta modernista extraídas do texto

No poema de Manuel Bandeira, podem-se conhecer algumas características da linguagem da poesia modernista, tais como o emprego do verso livre, as palavras em liberdade, a ausência de pontuação, a liberdade de criação e a exaltação de estados inconscientes. Ele é influenciado pelo dinamismo da vida moderna e pela linguagem modernista que procura ser ágil e capta diferentes planos da realidade.

A linguagem do autor é contrária à adjetivação abundante que marcou a poesia parnasiana e simbolista. Por isso, as frases do poema são curtas, sintéticas,

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