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Por:   •  23/3/2015  •  4.909 Palavras (20 Páginas)  •  245 Visualizações

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FONÉTICA

A Fonética é o ramo da Linguística que estuda a natureza física da produção e da percepção dos sons da fala humana. Subdivide-se em:

Fonética articulatória: estuda como os sons são produzidos, isto é, a posição e a função de cada um dos órgãos do aparelho fonador (língua, lábios, etc.);

Fonética acústica: analisa as características físicas dos sons da fala, ou seja, as ondas mecânicas produzidas;

Fonética auditiva: tem como objetivo o estudo da maneira pela qual é percebida a fala (como a audição distingue os sons).

O estudo dos fonemas é desenvolvido pela Fonologia. A fonologia e a fonética são frequentemente confundidas porque os conceitos de fone e fonema também geram confusão.

1.1. Fonema e letra

A palavra falada constitui-se de uma combinação de unidades mínimas de som (fonemas). Essas unidades sonoras são representadas graficamente na escrita através de letras. Não se deve confundir fonema com letra. Um é o elemento acústico, enquanto o outro é um sinal gráfico, que representa o fonema segundo a convenção da língua.

Nem sempre há uma correspondência entre letra e som. Uma mesma letra pode representar sons diferenciados (próximo, exame, caixa), existem letras diferentes correspondendo ao mesmo som (seco, cedo, laço, próximo), uma letra pode representar mais de um som (fixo), há letra que não tem som algum (hora) e certos sons ora são representados por uma só letra, ora por duas (xícara/chinelo, gato/guitarra, rabo/carro).

fonema = menor elemento sonoro capaz de estabelecer distinção de significado.

Exemplo: AZUL = A / Z / U / L

LETRA: é a representação gráfica deste som.

fonema = menor elemento sonoro capaz de estabelecer distinção de significado.

(pata ≠ bata ≠ mata ≠ nata ...)

1.2. Tipos de fonemas

vogal - sons cuja produção não encontra obstáculos para a passagem de ar. Não precisam de amparo de outro fonema para serem emitidos, constituem assim a base da sílaba. Em quilo o u não é fonema, logo não há ditongo; já em quatro é pronunciado, constituindo o ditongo.

semivogal - Já as semivogais sempre acompanham um vogal, formando sílaba com ela. Na língua escrita às semivogais são representadas pelo "i" e "u", podendo em alguns casos serem representadas pelo "e" e "o". Deve-se observar também que a é sempre vogal e se estiver acompanhada de outra vogal na mesma sílaba, esta será semivogal.

consoante - fonemas produzidos através da obstrução à emissão de ar, precisando de uma vogal para serem emitidos. Para haver consoante, é necessário o fonema (som) e não a letra (representação). Em fixo, há três fonemas consonantais, apesar de haver graficamente só duas consoantes. (b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, v, x, w, y, z)

1.3- CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS

1.3.1- ENCONTROS VOCÁLICOS

Ditongo: é o encontro de uma vogal e de uma semivogal ou vice-versa na mesma sílaba.

Os ditongos podem ser: orais ou nasais, crescentes ou decrescentes.

Ditongos orais: quando a vogal e a semivogal são orais. Exemplo: pai - fui - partiu

Ditongos nasais: quando a vogal e a semivogal são nasais. Exemplo: mãe - muito - quando

Ditongos crescentes: quando constituído por uma semivogal e uma vogal na mesma sílaba, isto é, quando a semivogal antecede a vogal. Exemplo: lírio - história

Ditongos decrescentes: quando formados por uma vogal e uma semivogal, isto é, a vogal antecede a semivogal. Exemplo: pai - mau

Tritongos: é o encontro de uma vogal entre duas semivogais na mesma sílaba.

Tritongos orais: quais - averiguei - enxaguei

Tritongos nasais: enxáguam - saguão - deságuem

Hiatos: é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes: Exemplo: voo (vo - o) - saúde (sa - ú - de)

1.3.2- ENCONTROS CONSONANTAIS

O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal. Existem basicamente dois tipos:

- os que resultam do contato consoante + l ou r e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se...

- os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta...

Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo, psi-có-lo-go...

1.3.3-DÍGRAFOS OU DIGRAMA

É o grupo de duas letras que representam um só fonema. Os dígrafos podem ser consonantais ou vocálicos.

Dígrafos consonantais: CH, LH, NH, RR, SS, SC, SÇ, XC, XS, QU, GU.

Dígrafos vocálicos: AM ou AN, EM ou EN, IM ou IN, OM ou ON, UM ou UN.

De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra.

Por Exemplo: lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras.

OBSERVAÇÃO :"Gu" e "qu" são dígrafos somente quando, seguidos de "e" ou "i", representam os fonemas /g/ e /k/: guitarra, aquilo. Nesses casos, a letra "u" não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o "u" representa um fonema semivogal ou vogal (aguentar, linguiça, aquífero, argúi...) Nesse caso, "gu" e "qu" não são dígrafos. Também não há dígrafos quando são seguidos de "a" ou "o" (quase, averiguo).

1.4- SÍLABA

Sílaba - conjunto de sons que pode ser emitido numa só expiração. Pode ser aberta ou fechada se terminada por vogal ou consoante, respectivamente.

Na estrutura da sílaba existe, necessariamente, uma vogal, à qual se juntam, ou não, semivogais e/ou consoantes. Assim, não há sílaba sem vogal e esse é o único fonema

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