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Portugês Para Concursos

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Por:   •  19/2/2015  •  9.415 Palavras (38 Páginas)  •  390 Visualizações

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Interpretação de texto:

- Compreensão: apreensão do texto, releitura do texto.

- Interpretação: o que você entendeu do texto.

 Subjetiva: pessoal, particular; não interessa o q os outros pensam.

 Objetiva: comum, consensual, a qual todos chegam da mesma maneira.

Interpretação OBJETIVA:

 vocabulário (entender a palavra da forma q ela é usada no texto)

Ex 1: “Navegar é preciso

Viver não é preciso” – Escola de Sagres

Escola aqui é sinônimo de período, época.

O Adjetivo “Preciso” pode ser sinônimo de necessário ou de exato.

Se entendo como: - Necessário  o texto é conotativo (sentido figurado)

- Exato  o texto é denotativo (sentido real)

É a denotação que nos leva à interpretação objetiva do texto, ao sentido real.

Ex 2: Atanagildetina plantou uma rosa.  sentido real (denotação)

Atanagildetina é uma rosa.  sentido figurado (conotação)

O sentido real é o q aparece no dicionário; dicionário começa com D de Denotação

 Gramática (que usamos no dia-a-dia e nem percebemos que usamos)

- A regência e a concordância ajudando a interpretar o texto.

Exs: Enganou o professor o aluno  AO aluno  sujeito

A colocação da vírgula altera o sentido em:

-As ervas crescem naturalmente no jardim dos fundos.  “naturalmente” está ligado a “crescer”.

-As ervas crescem, naturalmente no jardim dos fundos.  “naturalmente” está com sentido de obviamente.

 Raciocínio lógico verbal

2 10 12 16 17 18 19, o próximo número será: 200 (são os números que começam com a letra D).

Ex: - Para os índios brasileiros, o Movimento das Bandeiras foi formidável, pois representou para eles o que, hodiernamente, a SIDA (AIDS) é para nós: a morte.

Formidável e Hodiernamente, significam:

a) Terrível, modernamente.

b) Excelente, modernamente.

c) Excelente, antigamente.

d) Terrível, antigamente.

Resposta: alternativa A

Erros Clássicos:

 Extrapolação: inventar informação; informação não contida no texto.

 Redução: fixar o entendimento no pormenor do texto.

 Contradição: opor-se à idéia do texto.

Tipologia Textual:

 Descrição: contar como algo se nos apresenta; contar como algo se nos parece; para que a descrição seja perfeita deve haver sequência lógica.; predomina o pretérito imperfeito.

 Narração: contar um fato; elementos fundamentais: personagem, espaço, tempo e enredo; tempo verbal: pretérito + q perfeito.

 Dissertação: expor uma idéia; toda dissertação pressupõe uma argumentação; (na prova do concurso a argumentação deve ser objetiva); tempo verbal: presente.

- argumentação --> comprovação da idéia.

- argumentação objetiva --> tem como finalidade convencer o outro a respeito do que vc está dizendo.

 paráfrase: contar a minha história com outras palavras.

 Técnica para interpretação de texto  3 etapas: Leitura – Paráfrase – Síntese (anotação das idéias principais).

 frase síntese: frase inicial do parágrafo, no qual se apresenta o assunto nele discutido.

 coerência: unidade (início, meio, fim do texto, sempre o mesmo assunto)

 coesão: sustenta a unidade; elementos pontuais.

DISSERTAÇAO OBJETIVA ORTODOXA ARISTOTÉLICA

 dissertação que apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.

- introdução: apresentação clara e objetiva do tema e seu posicionamento frente a ele.

- desenvolvimento: argumentação comprobatória do posicionamento assumido frente ao tema.

- conclusão: paráfrase da introdução; retorno ao tema e reafirmação do posicionamento assumido.

Depreensão do Tema

 ler o texto, destacar as imagens contidas no texto e chegar à depreensão do texto; a figura é concreta, o tema é abstrato.

Desenvolvimento – a argumentação deve ter:

 fala de autoridade – Ex: citar a fala de alguém que é autoridade no assunto.

- 2 linhas

 raciocínio lógico

- 2 linhas

 exemplificação

- 2 linhas

 prós e contras – Ex: é favorável ao aborto, então começa com um argumento contra e vários outros a favor em seguida para destruir o argumento contrário.

- um parágrafo

DEFEITOS DA ARGUMENTAÇÃO

 emprego de noções confusas – noções que para um quer dizer uma coisa e para outro quer dizer outra coisa. Ex: liberdade -> “é fazer o que eu quiser” – depende do ponto de vista

- para evitar noção confusa, defina o ponto de vista que empregamos – Ex: “Liberdade do ponto de vista X... “

 Emprego de Generalização – Ex: todos os políticos brasileiros são corruptos.

- usar expressões partitivas: “muitos”, “grande parte”, ”a maioria”

 Emprego de Noções semi-formalizadas – Ex: vamos montar um esquema pra todo mundo tirar 10 na redação - a palavra “esquema” é usada tantas vezes em coisas ruins, como falcatrua, que “esquema” já ganhou uma noção semi-formalizada de coisa ruim.

 pelo exemplo, pela conclusão – dar um exemplo que não tem nada a ver; Ex: “na história RECENTE de luta pela liberdade em nosso país existem vários exemplos como Tiradentes” – Tiradentes não é recente.

- conclusão errada: “as aves voam; a galinha é uma ave, logo a galinha voa.” – a galinha não voa, é uma conclusão errada.

TÉCNICA DE REDAÇÃO

1. Definir o tema/ posicionamento

- Proposta: “Homem e mulher existem para viver em harmonia, cada qual desempenhando o seu papel na sociedade. Mas com as transformações do mundo moderno não há mais uma definição clara das funções feminina e masculina. E preciso rever conceitos e adaptar-se a essa nova realidade para continuarmos vivendo em harmonia.”

- figuras (sublinhadas)

- tema: “as transformações nos papéis sociais feminino e masculino”

- posicionamento: favorável às transformações.

2. Relacionar todos os assuntos ligados ao tema

- você pára para ter idéias e anota TUDO em forma de tópicos:

- educação dos filhos

- mercado de trabalho

- mulher no mercado de trabalho

- diferença salarial

- mulher como chefe de família

- dupla jornada

- divisão de tarefas domésticas

- assédio sexual

- homem em profissões femininas

- mulher em profissões masculinas

- divórcio

- mudança de sexo

- mulher na universidade

- redução do número de filhos

- mulher na política

- mulher nos esportes

3. Cortar alguns assuntos (assuntos riscados acima)

- cortar argumentos contra

4. Agrupar os assuntos que se relacionam

- mercado de trabalho; mulher no mercado de trabalho; mulher em profissões masculinas;

- mulher na universidade;

- educação dos filhos; dupla jornada; divisão das tarefas domésticas; mulher como chefe da família.

5. Organizar os blocos de assunto numa sequência lógico-progressiva:

1º - mercado de trabalho; mulher no mercado de trabalho; mulher em profissões masculinas;

2º - dupla jornada; educação dos filhos; divisão das tarefas domésticas; mulher como chefe da família;

3º - mulher na universidade.

6. Criar o parágrafo de introdução

7. Escrever os parágrafos de desenvolvimento

8. Escrever a conclusão

9. Revisão gramatical, revisão acerca da repetição de palavras, etc.

10. Passar a limpo

REDAÇÃO OFICIAL

- a estrutura das correspondências oficiais – oficiais porque envolve órgão público

Características

 impessoalidade: cuidado com os adjetivos, não pode haver pessoalidade / subjetividade; tratar objetivamente.

- pode-se utilizar a 1ª pessoa do singular: “Eu informo; eu comunico”.

 Formalidade: emprego adequado dos pronomes de tratamento.

 Padronização: emprego de um modelo fixo para determinadas correspondências.

 Clareza e Concisão: escrever tudo da maneira mais óbvia possível e menor número de palavras possível. Clareza é não precisar colocar um “isto é”, ou um “ou seja” no final da frase; não ter ambigüidade, etc.

 Correção gramatical: precisa estar escrito de acordo com a norma culta.

 Ordem de verificação: 1- Gramática; 2- Formalidade; 3- Impessoalidade; 4- Clareza e Concisão; 5- Padronização.

FORMALIDADE

 os pronomes de tratamento:

- os mais utilizados são Vossa Excelência e Vossa Senhoria

- Vossa Senhoria / Sua Senhoria

- Vossa Excelência / Sua Excelência

- utiliza-se Vossa quando se fala (diretamente) com a pessoa

- utiliza-se Sua quando se fala da pessoa

- Ex:

Ofício 234/2010-SSP-SP São Paulo, 10 de março de 2010

A

Sua Senhoria Vereador José Diniz (endereçamento; ainda não está falando diretamente com a pessoa, por isso utiliza-se “Sua”)

São Paulo – SP

CEP 01012-013

Senhor Vereador, (vocativo)

Comunico a Vossa Senhoria que seu gabinete será detetizado.

- referência - 2ª pessoa (quem ouve)

- concordância - 3ª pessoa (de quem se fala)

- Ex: Vossa Excelência (2ª pessoa) não deve (3ª pessoa) deixar seus (3ª pessoa) ministros aqui.

- Ex: Vossa Senhoria não deveis levar convosco essas revistas, vosso pai não vos permitiria isso. (para fazer a concordância, reescreva a frase concordando a frase com “Ele” no lugar de Vossa Senhoria) -> Vossa Senhoria (Ele) não deve levar consigo essas revistas, seu pai não lhe permitiria isso.

 Vossa Excelência: é empregado de Deputado para cima; e Presidente da Câmara Municipal.

- Vocativo: Senhor

- Senhor Senador, ...;

- Excelentíssimo Senhor – só é utilizado para o chefe do Executivo (Pres. Da República), do Legislativo (Pres. do CN) ou do Judiciário (Pres. do Supremo Tribunal Federal).

 Vossa Senhoria: de Vereador para baixo; e particulares; Delegado.

- Vocativo: Senhor

- Senhor Vereador; Senhor Juiz.

 Vossa Magnificência: reitores de Universidade.

- Vocativo:Magnífico Reitor

Fecho da Correspondência Oficial

 Respeitosamente,

- para falar com autoridades superiores à minha autoridade.

 Atenciosamente,

- para falar com a mesma hierarquia ou subordinados.

Respeitosamente / Atenciosamente,

_____(assinatura)_____

Nome

Cargo

- O Presidente da República sempre usará Atenciosamente, porque não existe ninguém acima dele; e só ele pode ficar sem identificação de nome e cargo.

PADRAO OFÍCIO (padronização)

 serve para as comunicações oficiais: Ofício, Aviso e Memorando.

 Sequência:

a) Identificar o tipo de documento, número seqüencial (e ano – que pode ou não aparecer); sigla do órgão emitente. – justificado à esquerda

b) (na mesma linha do item “a”) Local e data. – justificado à direita

- Ofício235/2010-SSP-SP São Paulo, 10 de março de 2010.

- Aviso135-MS Brasília, 1º de abril de 2009.

- Mem.2412-SF-RJ Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 2010.

c) Destinatário

d) Assunto

e) Texto (iniciado com o vocativo)

f) Fecho

-> Aviso é uma comunicação entre o alto escalão ligados a Presidência da Republica. No aviso não precisa dos endereços.

-> Ofício é para os demais. No ofício colocamos o endereço físico do destinatário. E também deve sempre haver um cabeçalho com a identificação do remetente.

-> Texto com um parágrafo sem numeração; 2 parágrafos: numeração facultativa; 3 ou mais parágrafos: numeração obrigatória.

-> Memorando: forma de comunicação eminentemente interna (mesmo órgão, não necessariamente mesmo prédio, pode ser cidades e estados diferentes);

- se não colocar o nome da cidade é porque tanto o emitente quanto o destinatário estão na mesma cidade.

OUTRAS CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS

 Exposição de motivos -> para o Presidente da República; não está obrigada a obedecer ao padrão ofício

- Sempre termina com “Respeitosamente”;

 Mensagem -> entre os Chefes do Poderes Públicos; lembrando que o Chefe do Executivo (Pres. da Rep.) só recebe exposição de motivos.

 Ata -> narração cronológica de uma assembléia; se não for reunião, não é ata; a data é escrita por extenso, não se “pula” linha, não se faz parágrafo, é assinada pelos presentes.

 Requerimento -> solicitação de um direito amparado por lei; é um pedido legal; (ex: pedir licença-maternidade, férias); é obrigatório colocar o dispositivo legal.

 Relatório -> serve para relatar qualquer coisa; narração cronológica de um fato observado.

 Parecer -> é sempre uma opinião técnica fundamentada a respeito de um fato observado.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

 Proparoxítonas:

- todas são acentuadas

- ex: México, cônjuge, tônicos

 Monossílabos Tônicos:

- acentuam-se os terminados em: a(s), e(s), o(s)

- ex: pó, pás, pé, já, vê-la, pô-la

- acentuam-se os ditongos orais abertos éis, éu e ói

- ex: réu, rói

 Oxítonos:

- acentuam-se os terminados em: a(s), e(s), o(s), em, ens

- ex: Amapá, sapê, cafés, cipós, parabéns, amá-la, vendê-lo, repô-lo

- acentuam-se os ditongos orais abertos éis, éu e ói

- ex: anéis, fogaréu, herói.

- nas oxítonas, se o i ou o u tônicos estiverem em posição final (ou seguidos de s), são acentuados. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí;

 Paroxítonos:

- acentuam-se os terminados em: r, om, ons, us, um, uns, x, i(s), n, l, ã(s), ão(s), e ditongo oral aberto seguido ou não de s.

- ex: revólver, rádom, íons, ônus, álbum, tórax, lápis, pólen, amável, ímã, órfão, água.

- não se acentuam as terminadas em n seguidas de s

- ex: hífen-hifens; pólen-polens

- não se acentuam ditongos abertos éi e oi

- ex: apoia; assembleia; boia; colmeia; heroico

- não se acentuam i e u tônicos quando vierem depois de um ditongo decrescente ou se vierem seguidos de nh.

- ex: baiúca-baiuca; feiúra-feiura; bocaiúva-bocaiuva; rainha; moinho; campainha

- se o i ou o u tônicos forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece. Exemplos: guaíba, Guaíra.

 Acento Diferencial:

- em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.

- ex: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

- em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3.ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3.ª pessoa do singular.

- ex: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

- acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir,

intervir, advir etc.).

- exemplos:

Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.

Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.

Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.

Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.

Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.

Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.

- fôrma ou forma (utensílio) é facultativo

 Verbos: Crer, Dar, Ler e Ver, e seus compostos

- a 3a pessoa do plural fica assim:

- creem, deem, veem, leem.

MUDANÇAS NAS REGRAS DE ACENTUAÇÃO

1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).

alcalóide --- alcaloide

alcatéia --- alcateia

andróide --- androide

apóia (verbo apoiar) --- apoia

apóio (verbo apoiar) --- apoio

asteróide --- asteroide

bóia --- boia

celulóide --- celuloide

clarabóia --- claraboia

colméia --- colmeia

Coréia --- Coreia

debilóide --- debiloide

epopéia --- epopeia

estóico --- estoico

estréia --- estreia

estréio (verbo estrear) --- estreio

geléia --- geleia

heróico --- heroico

idéia --- ideia

jibóia --- jiboia

jóia --- joia

odisséia --- odisseia

paranóia --- paranoia

paranóico --- paranoico

platéia --- plateia

tramóia --- tramoia

Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam

a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.

2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo decrescente.

baiúca --- baiuca

bocaiúva --- bocaiuva

cauíla --- cauila

feiúra --- feiura

Atenção: 1) se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí;

2) se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece. Exemplos: guaíba, Guaíra.

3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).

abençôo --- abençoo

crêem (verbo crer) --- creem

dêem (verbo dar) --- deem

dôo (verbo doar) --- doo

enjôo --- enjoo

lêem (verbo ler) --- leem

magôo (verbo magoar) --- magoo

perdôo (verbo perdoar) --- perdoo

povôo (verbo povoar) --- povoo

vêem (verbo ver) --- veem

vôos --- voos

zôo --- zoo

4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

Ele pára o carro. --- Ele para o carro.

Ele foi ao pólo Norte. --- Ele foi ao polo Norte.

Esse gato tem pêlos brancos. --- Esse gato tem pelos brancos.

Comi uma pêra. Comi uma pera.

Atenção!

• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3.ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3.ª pessoa do singular.

Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.

Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir,

intervir, advir etc.).

Exemplos:

Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.

Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.

Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.

Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.

Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.

Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.

• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/ fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo do verbo arguir. O mesmo vale para o seu composto redarguir.

6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. A mais corrente no Brasil é esta:

Sendo pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.

Exemplos:

• verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.

• verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.

USO DO HÍFEN COM COMPOSTOS

1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação. Exemplos: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca

* Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo.

2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação. Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre

3. Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de ligação. Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra.

Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Exemplos: maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta

* Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.

4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Exemplos: gota-d’água, pé-d’água

5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação. Exemplos:

Belo Horizonte — belo-horizontino

Porto Alegre — porto-alegrense

Mato Grosso do Sul — mato-grossense-do-sul

Rio Grande do Norte — rio-grandense-do-norte

África do Sul — sul-africano

6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Exemplos: bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo, cravo-da-índia

Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares:

a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformação nas vértebras).

b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).

USO DO HÍFEN COM PREFIXOS

As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.).

Casos gerais:

1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.

Exemplos:

super-homem

anti-higiênico

anti-histórico

macro-história

mini-hotel

proto-história

sobre-humano

ultra-humano

2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Exemplos:

micro-ondas

anti-inflacionário

sub-bibliotecário

inter-regional

3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra.

Exemplos:

autoescola

antiaéreo

intermunicipal

supersônico

superinteressante

agroindustrial

aeroespacial

semicírculo

* Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por r ou s, dobram- se essas letras. Exemplos:

minissaia

ultrassom

semirreta

antirracismo

Casos particulares:

1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r. Exemplos:

sub-região

sub-reitor

sub-regional

sob-roda

2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal. Exemplos:

circum-murado

circum-navegação

pan-americano

3. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Exemplos:

além-mar

além-túmulo

aquém-mar

ex-aluno

ex-diretor

ex-hospedeiro

ex-prefeito

ex-presidente

pós-graduação

pré-história

pré-vestibular

pró-europeu

recém-casado

recém-nascido

sem-terra

vice-rei

4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, dobram-se essas letras.

Exemplos:

coobrigação

coedição

coeducar

cofundador

coabitação

coerdeiro

corréu

corresponsável

cosseno

5. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas por e. Exemplos:

preexistente

preelaborar

reescrever

reedição

6. Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra começada por b, d ou r. Exemplos:

ad-digital

ad-renal

ob-rogar

ab-rogar

Outros casos do uso do hífen

1. Não se usa o hífen na formação de palavras com não e quase. Exemplos: (acordo de) não agressão; (isto é um) quase delito

2. Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal, h ou l. Exemplos:

mal-entendido

mal-estar

mal-humorado

mal-limpo

* Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não houver elemento de ligação. Exemplo: mal-francês. Se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias.

3. Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu, mirim. Exemplos:

capim-açu

amoré-guaçu

anajá-mirim

4. Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos:

ponte Rio-Niterói; eixo Rio-São Paulo

5. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte.

USO DOS PORQUÊS

1. Por que: é pronome interrogativo ou relativo

a) pode ser seguido da palavra “motivo” ou “razão”

b) pode ser substituído por “pelo qual” ou seus derivados

Ex: Por que houve tanta demora na votação?

A porta por que passamos estava aberta.

2. Por quê: pronome e ocorre sempre seguido de sinal de pontuação.

Ex: Houve tanta demora por quê?

3. Porque: é conjunção explicativa ou causal.

Ex: Saíram mais cedo porque houve permissão da chefia imediata.

Morreu porque foi atropelado.

4. Porquê: substantivo (equivale à palavra motivo)

Ex: Não lembrava o porquê da confusão familiar.

SUBSTANTIVOS

 Gênero:

- Biformes: menino/menina

- Uniformes:

a) Episcenos: girafa macho/girafa fêmea

b) Comuns de dois gêneros: o estudante/ a estudante

c) Sobrecomuns: a criança; o indivíduo; a testemunha

 Plural dos compostos:

- Flexionam-se os substantivos, adjetivos, numerais e pronomes sem preposição entre eles. Ex: primeiro (numeral) – ministro (substantivo) = primeiros-ministros

- Elementos ligados por preposição, só o primeiro elemento é flexionado.

Ex: pé-de-moleque = pés-de-moleque

- Quando o segundo elemento limita ou determina o primeiro, só o primeiro é flexionado.

Ex: caneta-tinteiro = canetas-tinteiro; navio-escola = navios-escola.

- Palavras repetidas ou onomatopaicas, só o segundo elemento é flexionado.

Ex: tique-taque = tique-taques; pingue-pongue = pingue-pongues

- Nos adjetivos compostos, somente o último elemento varia.

Ex: roupa azul-clara = roupas azul-claras

- Quando o segundo elemento do adjetivo composto for um substantivo, o adjetivo permanecerá invariável.

Ex: tapete marrom-café = tapetes marrom-café; camisa amarelo-canário = camisas amarelo-canário.

- Adjetivos compostos: só o segundo elemento varia.

Ex: intervenção médico-cirúrgica = intervenções médico-cirúrgicas.

Exceção: novo-rico = novos-ricos.

- Os adjetivos azul-celeste e azul-marinho são invariáveis.

- Não se flexionam os verbos, advérbios e demais palavras invariáveis.

Ex: beija (verbo) – flor (substantivo) = beija-flores

- Se o verbo for o segundo elemento, varia.

Ex: pisca (verbo) – pisca (verbo) = pisca-piscas

- Verbo+advérbio são invariáveis.

Ex: o bota-fora = os bota-fora; o pisa-mansinho = os pisa-mansinho.

- Verbos antônimos são invariáveis.

Ex: o senta-levanta = os senta-levanta; o sobe-desce = os sobe-desce.

PRONOMES

Interrogativos:

 são usados em frases interrogativas diretas ou indiretas.

- interrogativa direta: Do que as mulheres mais gostam nos homens?; A qual filme vocês assistiram ontem?

- interrogativa indireta: O Censo quer saber de quantas estradas o Brasil precisa.

Relativos:

 representam nomes que já foram citados e com os quais estão relacionados.

-> Quem (acompanhado de verbo):

Ex: Ela é a mulher de quem eu gosto. -> “quem” é pronome relativo porque se refere a “mulher” que está antes do pronome relativo.

- Ela é a mulher....

... em quem confio (confio em alguém)

... a quem eu me refiro (me refiro a alguém)

... com quem eu simpatizo (simpatizo com alguém)

... de quem eu gosto (eu gosto de alguém)

... a quem eu amo (Ø)

- o pronome “quem” acompanhado de verbo sempre será acompanhado pela preposição que o verbo exige; caso o verbo não exija preposição, o pronome será acompanhado de uma preposição coringa = “a” (a quem eu amo).

- que/qual = tudo

- quem = só pessoa

- onde = lugar

- até onde = limite

- cujo = posse

- quanto = quantidade

-> Onde: função sintática de adjunto adverbial de lugar.

- a substituição do pronome “onde” por “em que” é possível; a recíproca nem sempre é verdadeira. Será possível a substituição de “em que” por “onde” quando “em que” retomar um lugar.

- ex: O curso onde estudo está fechado.

-> (Aonde/Onde?) você foi, Maricreuza? -> Aonde = foi a algum lugar; (ir a = vai e volta; ir para = vai e fica).

- Onde: lugar

- Donde: origem

- Aonde: verbos que indicam movimento

-> Cujo: sempre acompanhado de um substantivo antes e outro depois; nunca haverá artigo depois de cujo.

- Ela é a mãe...

... por cuja filha me apaixonei (por)

... com cujas filhas eu simpatizo (com)

... contra/por/com/para cujos filho eu lutei (contra/por/com/para)

... Ø cujo filho quebrou (não pede preposição) o vaso chinês.

-> Conjunção integrante:

- Eu tenho medo / de que ela volte. (complemento nominal)

│ │

(nome) │

(conj. integrante)

- nome + conjunção integrante = preposição obrigatória

- Eu gosto / de que ela me ajude. (complemento verbal)

│ │

(verbo) │

(conj. integrante)

- verbo + conjunção integrante = preposição facultativa

-> Sujeito: pratica a ação verbal, não se submete à regência

- Chegou a hora da onça beber água. INCORRETA

- Chegou a hora de a onça beber água. CORRETA

- É a vez dele cantar. INCORRETA

- É a vez de ele cantar. CORRETA

- Chegou a hora da onça. CORRETA -> não há verbo posterior

- Eu pensei na menina. CORRETA

- Eu pensei na menina preparar o jantar. INCORRETA

- Eu pensei em a menina preparar o jantar. CORRETA

Colocação pronominal:

 Próclise: é obrigatória quando houver palavra atrativa. São palavras atrativas:

- palavras ou expressões negativas: não, nunca, nem, nenhum, ninguém, de modo algum, em hipótese alguma, etc.

- relativos: quem, qual, que, cujo, onde, quanto

- indefinidos: alguém, que, algum, diversos, qualquer, cada qual, algum outro, quem quer que, etc.

- conjunções subordinativas: quando, se, como, porque, que, enquanto, embora, logo que, etc.

- advérbios: talvez, ontem, aqui, agora, pouco a pouco, de vez em quando, de repente, etc.

 Mesóclise: usa-se quando o verbo (tempo simples) estiver no futuro do presente (cantarei) ou no futuro do pretérito (cantaria) do indicativo, desde que não haja palavra atrativa.

- exemplos:

Pedi-lo-á a mim amanhã.

Não o pedirá a mim amanhã.

Chamar-vos-ei de amigo, se merecer.

 Ênclise: usa-se com as formas verbais precedidas do infinitivo impessoal, do imperativo afirmativo e do gerúndio.

- exemplos:

Comporte-se educadamente.

Correu até o pai, pedindo-lhe ajuda.

 Não se inicia o período por pronome oblíquo átono

- ex: Disse-me tudo que sabia.

 Não se inicia por pronome oblíquo átono a oração coordenada assindética nem a principal precedida de pausa.

- exemplos:

Viu o que acontecia, calou-se, disse-nos depois que estava triste.

Pedindo silêncio, colocava-se entre eles.

 Locuções verbais:

-> verbo auxiliar + infinitivo ou gerúndio: o pronome átono pode ser colocado antes ou depois do verbo auxiliar, ou depois do infinitivo ou do gerúndio.

- ex: A moça devia falar a verdade (lhe)

A moça lhe devia falar a verdade.

A moça devia-lhe falar a verdade.

A moça devia falar-lhe a verdade.

- ex: A moça estava falando a verdade (lhe)

A moça lhe estava falando a verdade.

A moça estava-lhe falando a verdade.

A moça estava falando-lhe a verdade.

- se houver palavra atrativa, o pronome átono deve ficar antes ou depois da locução verbal.

- ex: A moça não devia falar a verdade (lhe).

A moça não lhe devia falar a verdade.

A moça não devia falar-lhe a verdade.

- ex: A moça não estava falando a verdade (lhe).

A moça não lhe estava falando a verdade.

A moça não estava falando-lhe a verdade.

-> verbo auxiliar + particípio: o pronome átono pode ser colocado antes ou depois do verbo auxiliar, nunca após o particípio.

- ex: A moça tinha falado a verdade (lhe).

A moça lhe tinha falado a verdade.

A moça tinha-lhe falado a verdade.

- se houver palavra atrativa, o pronome ficará antes do verbo auxiliar.

- ex: A moça não tinha falado a verdade (lhe).

A moça não lhe tinha falado a verdade.

 Preposição em + gerúndio: pronome proclítico

- exemplos:

Em se tratando de você, é sempre bom ter cautela.

Em me falando o que sabe, iremos à polícia.

 Frases optativas ou interrogativas: pronome proclítico

- exemplos:

Deus te abençoe.

Que Deus o guie.

Quem o trouxe até aqui?

Quantos me perguntaram sobre o caso?

VERBOS

MODOS:

 Indicativo: apresenta o fato como sendo real, certo.

 Subjuntivo: apresenta o fato como sendo uma possibilidade, uma dúvida, um desejo.

 Imperativo: apresenta o fato como objeto de uma ordem, conselho, súplica, pedido.

FORMAS NOMINAIS DO VERBO:

- podem desempenhar as funções próprias dos nomes (substantivos, adjetivos ou advérbios) e caracterizam-se por não indicarem nem o tempo nem o modo.

 Infinitivo: exprime a idéia de ação e seu valor aproxima-se do substantivo. Pode ser:

-> pessoal: quando tem sujeito.

- ex: Era bom conversarmos com o examinador. (sujeito: nós)

-> impessoal: quando não tem sujeito.

- ex: Viver é ser feliz. (não há sujeito)

 Gerúndio: exprime um fato em desenvolvimento e exerce funções próprias do advérbio e do adjetivo.

- exemplos:

O gerente estava reclamando. (função de adjetivo)

Estudando, conseguirá a aprovação. (função de advérbio)

 Particípio: exerce função própria de adjetivo e por isso pode, em certos casos, flexionar-se em número e gênero.

- exemplos:

Concluído o caso, arquivaram o processo.

Concluídas as pesquisas, o coordenador as publicou.

CONJUGAÇÃO (FLEXÃO EM TEMPO E MODO)

 Indicativo

-> Presente:

- amar: O, aS, a, aMOS, aIS, AM

-> Pretérito Perfeito:

- amar: eI, aSTE, oU, aMOS, aSTES, aRAM

-> Pretérito Imperfeito:

- amar: VA, VAS, VA, áVAMOS, áVEIS, VAM

- veder: IA, IAS, IA, ÍAMOS, ÍEIS, IAM

-> Pretérito Mais-que-Perfeito:

- amar: RA, RAS, RA, áRAMOS, áREIS, RAM

-> Futuro do Presente:

- amar: REI, RÁS, RÁ, REMOS, REIS, RÃO

-> Futuro do Pretérito:

- amar: RIA, RIAS, RIA, RÍAMOS, RÍEIS, RIAM

 Subjuntivo

-> Presente (que):

- amar: e, eS, e, eMOS, eIS, eM

-> Pretérito Imperfeito (se):

- amar: aSSE, aSSES, aSSE, áSSEMOS, áSSEIS, aSSEM

-> Futuro (quando):

- amar: aR, aRES, aR, aRMOS, aRDES, REM

 Imperativo

-> Afirmativo: toma-se do presente do indicativo a 2a pessoa do singular e a 2a pessoa do plural, eliminando-se o S final; as demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo.

- amar: amA (tu), amE (você/ele), amEMOS (nós), amAI (vós), amEM (vocês/eles)

-> Negativo: antecipa-se a negação (não) às formas do presente do subjuntivo.

- amar: não ameS (tu), não amE (você/ele), não ameMOS (nós), não ameIS (vós), não ameM (vocês/eles)

VERBOS ABUNDANTES

 apresentam 2 ou mais formas em certos tempos, modos ou pessoa; suas variantes mais freqüentes ocorrem no particípio.

- Exemplos:

Absolver: absolvido, absolto

Anexar: anexado, anexo

Despertar: despertado, desperto

Gastar: gastado, gasto

Ganhar: ganhado, ganho

Morrer: morrido, morto

- ex:

O cantor tinha pegado a proposta. (voz ativa)

A proposta foi pega pelo cantor. (voz passiva)

VOZES DO VERBO

 Voz Ativa: o sujeito pratica a ação.

- ex: O gerente concedeu o desconto.

 Voz Passiva: a ação é sofrida pelo sujeito (que não é o mesmo agente que pratica a ação)

- ex: O desconto foi concedido pelo gerente.

- obs:

a) o que era sujeito ativo transformou-se em agente da passiva;

b) o verbo que era simples passou a ser composto;

c) o complemento do verbo transformou-se em sujeito paciente;

d) surgiu, na voz passiva, uma preposição por

e) para ser possível transformar uma oração da voz ativa em voz passiva devem existir alguns elementos essenciais na voz ativa: sujeito, verbo transitivo e complemento verbal.

-> voz passiva analítica: ocorre com o uso dos verbos auxiliares ser e estar e o particípio de certos verbos ativos; o tempo da voz verbal ativa deverá ser seguido pelo verbo auxiliar da voz passiva.

- O gerente concedeu o desconto -> O desconto foi concedido pelo gerente.

-> voz passiva sintética ou pronominal: é formada mediante o uso do pronome apassivador SE; não há agente da passiva.

- ex: Concedeu-se o desconto.

 Voz Reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo.

- ex: O garoto feriu-se com a faca.

DIFERENÇA: ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO e PRONOME APASSIVADOR

 no caso do pronome apassivador, toda Voz Passiva Sintética admite uma Voz Passiva Analítica correspondente; observa-se que o verbo concorda em número com o sujeito.

-ex: Alugam-se casas -> Casas são alugadas. -> SE é pronome apassivador

 Partícula Apassivadora: ocorre com VTD; e com VTDI; a partícula apassivadora transforma o objeto direto em sujeito passivo.

 Índice de indeterminação do sujeito: VTI; VI; e VL.

 observa-se abaixo, no exemplo de índice de indeterminação do sujeito, presença de preposição por se tratar de Verbo Transitivo Indireto.

- ex: Precisa-se de empregados -> não se pode transformar a frase para “empregados são precisados”; e o verbo não concorda em número com “empregados”.

- ex: Paga-se, às pressas, aos cofres públicos o boleto. (pagar é VTDI; o boleto é o sujeito passivo; pagar concorda com “o boleto”).

OCORRÊNCIA DE ORAÇÃO SEM SUJEITO

 verbo indicador de fenômenos meteorológicos (como chover, gear, nevar, relampejar, ventar, etc)

- exemplos:

Chovia durante o carnaval.

Faz frio aqui.

Ventava pouco na época de competição.

- obs: se os verbos indicadores de fenômenos meteorológicos forem usados com sentido conotativo, há sujeito. Ex: O pai trovejava insultos.

 Haver significando existir, acontecer, ocorrer.

- ex: Houve briga no comércio.; Deve haver problemas na casa do Governador.

 Fazer/Haver indicando tempo decorrido.

- ex: Há dez anos... Fez três meses... Havia seis horas.

 Ser indicando tempo e distância.

- ex: Eram oito horas... São 20 Km... É um minuto.

 Passar e Estar indicando tempo.

- ex: Passa de três horas.

 Bastar e Chegar indicando cessamento.

- ex: Basta/chega de corrupção.

 Parecer e Ficar indicando tempo.

- ex: Parece domingo; Parecia de noite; Ficou escuro de repente.

FUNÇÕES SINTÁTICAS

Frase, Oração e Período

Frase - todo enunciado de sentido completo, capaz de estabelecer comunicação. Podem ser nominais ou verbais.

Oração - enunciado que se estrutura em torno de um verbo ou locução verbal.

Período - constitui-se de uma ou mais orações. Podem ser simples ou compostos.

Obs.: haverá num período tantas orações quanto forem os verbos, considerando locuções verbais e tempos compostos como um só verbo.

Sujeito

-> O verbo mantém relação de concordância com seu sujeito. A composição do sujeito explícito pode ser uma única palavra ou um conjunto de palavras (onde se deve determinar o núcleo ou núcleos), incluindo também as orações substantivas subjetivas.

Podem ser núcleo do sujeito: substantivo ou um equivalente dele (pronomes substantivos, numerais substantivos ou palavras substantivadas).

Tipos de sujeito

Os tipos de sujeito são basicamente dois, segundo Pasquale e Ulisses, determinado (simples, composto e oculto) e indeterminado (indeterminado e oração sem sujeito).

• simples - possui um núcleo.

Ex.: Maria esteve aqui / Alguém me viu / Duas vieram

Observação

o pronome oblíquo átono pode funcionar como suj. de um verbo no infinitivo. Isso ocorre quando se tem na 1ª oração um verbo causativo (deixar, mandar, fazer...) ou sensitivos (ver, ouvir, sentir...) - o chefe mandou-o trabalhar / não o vimos entrar

• composto - possui mais de um núcleo, independente de sua ordem na frase.

Ex.: João e eu visitamos a moça / Jessé ou José casará com ela? / Estão aqui o seu dinheiro e sua bolsa!

Observação

nos casos de inversão do suj. a verbos intransitivos (aparecer, chegar, correr, restar, surgir...), pode-se confundi-lo com objeto. Deve-se sempre examinar a natureza do verbo, para não se deixar enganar - apareceu, enfim, o cortejo real

• sujeito oculto, elíptico ou desinencial - determinado, mas implícito na desinência verbal (DNP) ou subentendido através de uma frase anterior. Deve-se atentar para a 3ª pessoa do plural, onde não há sujeito oculto eles ou elas e sim um caso de sujeito indeterminado.

Ex.: Vivemos felizes / "Antes de iniciar este livro, imaginei construí-lo pela divisão do trabalho" - G. Ramos / Beba esse leite, menino!

• indeterminado - quando não se pode (ou não se quer) precisar que elemento é o sujeito. Ocorre de duas maneiras: verbo na 3ª pessoa do plural, sem sujeito explícito ou 3ª pessoa do singular (exceto VTD) + SE. (Nunca lhe ofereceram emprego / Precisa-se de empregados)

Observação

a oração de suj. indeterminado com a partícula se não pode ser transformada em voz pass. analítica. Havendo essa possibilidade, a palavra se deve ser interpretada como pronome apassivador - celebrou-se a missa - a missa foi celebrada

• oração sem sujeito - o processo verbal encerra-se em si mesmo, sem atribuição a nenhum ser. Ocorre sempre com verbos impessoais nos seguintes casos: verbos que exprimem fenômenos da natureza; verbos fazer, ser, ir e estar indicando tempo cronológico ou clima (no caso do ser, também distância); verbo haver = existir ou em referência a tempo decorrido.

Ex.: Choveu demais / São três anos de solidão / Há cem voluntários / Há muitos anos não o vejo / Vai para dois meses de espera

Observação

os verbos impessoais não apresentam sujeito e devem permanecer na 3ª pessoa do singular (exceto o verbo ser, que também admite a 3ª pessoa do plural). Quando um verbo auxiliar se junta a um verbo impessoal, a impessoalidade é transmitida a ele.

Predicado

Apresenta-se em três tipos:

• verbal - núcleo é um verbo significativo, nocional que traz uma idéia nova ao sujeito (transitivo ou intransitivo)

• nominal - núcleo do predicado é um nome (predicativo). O verbo não é significativo, funcionando apenas como ligação entre o sujeito e o predicativo

• verbo-nominal - contém dois núcleos: verbo significativo e um predicativo

Observação

Quando houver verbo de ligação, o predicado será necessariamente nominal e quando houver predicativo do objeto, o predicado será verbo-nominal sempre.

Para se classificar o predicado, torna-se indispensável o estudo dos tipos de verbos (transitivos, intransitivos e de ligação).

Verbos

• ligação - expressam estado permanente ou transitório, mudança ou continuidade de estado, aparência de estado (ser, estar, permanecer, ficar, continuar, parecer, andar = estar). Deve-se entender que estes verbos não serão mais de ligação se não estabelecerem relação entre sujeito e seu predicativo. (Ando preocupado / Andei cem metros, Fiquei triste / Fiquei na sala, Permaneceu suspensa / Permaneceu no cargo)

• intransitivo - quando a significação verbal está inteiramente contida no verbo, não necessitando de complementação.

• transitivo - pedem complementos verbais para completarem a sua significação. Podem ser transitivos diretos, indiretos e diretos e indiretos, dependendo do complemento.

Predicado nominal

É formado por um verbo de ligação acrescido de um nome (substantivo, adjetivo ou pronome), dito predicativo do sujeito. O núcleo deste predicado é o predicativo, uma vez que o verbo somente estabelece ligação.

Ex.: O rapaz estava apreensivo. / Ela caiu de cama. / A mãe virou bicho naquele dia.

Predicado verbal

É formado por um verbo transitivo ou intransitivo, isto é, um verbo que não seja de ligação. Neste caso, o verbo será sempre significativo, constituindo o núcleo do predicado verbal

Ex.: Os passageiros desceram. / Comprei flores. / Comprei-lhe flores.

Predicado verbo-nominal

Encerra em si mesmo uma união de predicados. Apresenta um verbo significativo (núcleo do predicado verbal) e um predicativo (núcleo do predicado nominal), portanto dois núcleos.

Ex.: Ela entrou risonha na sala. / João abaixou os olhos pensativo. / Considero inexeqüível o projeto exposto.

A regência verbal é importante para se compreender que os verbos devem ser classificados em função do contexto em que se apresentam. Há casos de verbos que aparecem com transitividades diferentes se os contextos foram trocados.

Ex.: Perdoai sempre. - intransitivo / Perdoai as ofensas - transitivo direto / Perdoai aos inimigos - transitivo indireto / Perdoai as ofensas aos inimigos. - transitivo direto e indireto

Observação

verbos transobjetivos: julgar, chamar, nomear, eleger, proclamar, designar, considerar, declarar, adotar, ter, fazer, tornar, encontrar, deixar, ver, coroar, sagrar, achar etc.

Predicativo

Expressa um estado ou qualidade do sujeito ou do objeto. Pode ser representado por: substantivo ou expressão substantivada, adjetivo ou locução adjetiva, pronome, numeral ou oração subordinada substantiva predicativa.

Ex.: Os filhos são frutos / Ela era chata e sem utilidade / Os próximos seremos nós / Todos eram um / O difícil era que ele viesse

O predicativo pode referir-se ao objeto, sendo mais raramente ao objeto indireto. Exprime, às vezes, a conseqüência do fato indicado pelo predicado verbal.

Ex.: Elegeram o macaco Tião governador / Todos lhe chamavam ladrão

Observação

O predicativo pode vir precedido de preposição (de, em, para, por), de locução prepositiva ou da palavra como (Ele formou-se de advogado / Considerei-o como um farsante

Observe alguns predicativos do objeto: Todos nos julgam culpados / Considero uma verdade isso / As paixões tornam os homens cegos / Acho razoáveis suas pretensões / O maior desprazer de um homem é ver a amada triste / O governador nomeou a professora reitora / O juiz julgou o recurso improcedente.

Complementos verbais

São termos que complementam a significação de um verbo transitivo, isto é, de sentido incompleto. Podem ser diretos ou indiretos em função de se ligarem ou não ao verbo por preposição necessária.

Objeto direto

Completa um verbo transitivo direto sem se ligar a ele por preposição necessária. Representa-se por: substantivo, pronome substantivo, numeral, palavra ou expressão substantivada ou oração subordinada substantiva objetiva direta.

Ex.: Amava a mulher / Não direi nada / Ele deixou cinco caídos / Use aquele i

Pode indicar: o ser sobre o qual recai a ação verbal, o resultado da ação ou o conteúdo da ação.

Ex.: Castigou o filho / Construiu uma bela casa / Contestou sua reeleição

Objeto direto preposicionado

Completa o sentido de um verbo transitivo direto, com o uso de uma preposição não regida pelo verbo. Alguns casos deste emprego são indicados pela gramática:

• com as formas tônicas dos pronomes pessoais - Ele conquistou a mim com sabedoria

• com o pronome quem com antecedente expresso - Perdi meu pai a quem muito amava

• com o nome Deus - Ame a Deus

• quando se coordenam pronome pessoal átono e substantivo - Ele o esperava e aos convidados.

• com verbo trans. direto usado impessoalmente + se - Aos pais ama-se com carinho

• para evitar ambigüidade - "Vence o mal ao remédio" (A. Ferreira)

Objeto direto interno

Construído em cima de um pleonasmo, traz um complemento que já tem sua idéia semanticamente expressa pelo verbo (Viverei a vida intensamente. / Choramos um pranto sentido).

Objeto indireto

Complemento ligado a um verbo transitivo indireto, ligado a ele por meio de uma preposição necessária (a, mais raramente para), regida pelo verbo.

Pode ser representado por: substantivo ou expressão substantivada, pronome substantivo, numeral ou oração subordinada substantiva objetiva indireta.

Ex.: Ele divergiu do rapaz / A moça apresentou-o a elas / A mãe gostava de ambos

Objeto representado por pronome oblíquo

Os pronomes pessoais oblíquos, como foi visto no estudo da morfologia, são indicados para uso sintático de objetos.

Os pronomes o, a, os, as são utilizados para substituir o objeto direto. Já os pronomes lhe, lhes substituem o objeto indireto. Os demais pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos e vos) tanto podem ser empregados para substituir objeto direto quanto indireto. Neste último caso, deve-se analisar a transitividade verbal para classificar o complemento.

Ex.: Emprestei-o / O assunto interessa-lhe / Telefonou-me / Convidaram-nos

Cabe também destacar que com a utilização dos pronomes como objeto indireto a preposição não aparece, dificultando um pouco a análise.

Ex.: Comprei um presente a ela = comprei-lhe um presente

Objeto pleonástico

Recurso utilizado para chamar a atenção para o objeto, que antecede o verbo. O objeto deslocado é repetido através de um pronome pessoal átono.

Ex.: Estas obras, já as li no ano passado / Ao avarento, nada lhe satisfaz

Agente da passiva

Nas orações de voz passiva analítica, é o elemento que pratica a ação verbal, daí seu nome de agente, uma vez que o sujeito é paciente. Seu emprego na forma analítica não é obrigatório, podendo ser omitido em função de ter menor importância.

O agente da passiva vem precedido de preposição (de, per, por).

Ex.: A casa foi construída com esforço (Por quem?) / Vários exércitos foram vencidos pelos romanos

Complemento nominal

Tanto o CN como o OI vêm precedidos de preposição obrigatória, mas a palavra que rege esta preposição é diferente nos dois casos: nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) no CN e verbo no OI.

Ex.: ofensivo à honra, contrariamente aos nossos anseios, compreensão do mundo ¹ obedecer aos princípios, precisar de auxílio

Deve-se marcar que há uma relação de regência nominal envolvendo o emprego do CN, que é termo regido. Muitas vezes o nome cuja significação o CN integra tem raiz verbal (amar o trabalho - amor ao trabalho / confiar em Deus - confiança em Deus). Quando um termo preposicionado se liga a um advérbio ou adjetivo, não há dúvida de que o termo regido é um CN.

No entanto, quando um termo preposicionado liga-se a um substantivo, deve-se fazer uma análise mais criteriosa. Esse substantivo deve apresentar uma transitividade em si mesmo, para ser caracterizado como CN. São casos de substantivos ditos transitivos:

• substantivo abstrato de ação, correspondente a verbo cognato que seja transitivo ou que peça complementação adverbial de circunstância

Ex.: inversão da ordem - onde o verbo de "inverter a ordem" é trans. direto / obediência aos pais - onde o verbo de "obedecer aos pais" é trans. indireto / ida a Roma - onde o verbo de "ir a Roma" pede adjunto adverbial

• substantivo abstrato de qualidade, derivado de adjetivo que se possa usar transitivamente

Ex.: certeza da vitória - onde se pode construir "certo da vitória" / fidelidade aos amigos - onde se pode construir "fiel aos amigos"

Observação

se perderem o caráter abstrato, os substantivos deixam de reger CN

Adjunto adnominal

Acompanha um substantivo, núcleo de uma função sintática qualquer, procurando caracterizá-lo, determiná-lo ou individualizá-lo

O adj. adnominal pode ser expresso por: artigos, numerais ou pronomes adjetivos, adjetivos e locuções adjetivas. A um mesmo núcleo podem-se subordinar adjuntos adnominais de naturezas diferentes.

O adj. adnominal constituído de artigo ou pronomes adjetivo pode aparecer combinado ou contraído com uma preposição, que não possui função sintática.

Ex.: Naquele dia (aquele é adj. adnominal, mas em não possui função sintática)

São considerados adjuntos adnominais os pronomes oblíquos com valor possessivo (pisou-me o pé = o meu pé / tirou-nos até a roupa = até a nossa roupa). Neste caso, alguns autores divergem entendendo-o como OI.

Quando é representado por um loc. adjetiva, é comum confundir o adj. adnominal com o CN, por causa da preposição.

Complemento Nominal X Adj. Adnominal

• Adj. adnominal qualifica, especifica, enquanto CN integra a significação antecedente e nunca indica posse

• CN pode referir-se a um substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio, mas o adjunto adnominal só se refere ao substantivo

• CN são exigidos pela transitividade do nome a que se ligam. Um grande número de nomes que pedem complemento são substantivos abstratos derivados de verbos significativos

Ex.: Matou os mosquitos - matança de mosquitos, onde "de mosquitos" é o CN

• CN é paciente ou alvo da noção expressa pelo nome (sentido passivo)

• Adj. adnominal indica agente ou o possuidor da noção expressa pelo substantivo (sentido ativo), além de também poder expressar especificação. (Pegue esse prato de porcelana / Esta é a casa de Paulo)

Assim como em qualquer análise sintática, deve-se considerar o contexto frasal para este tipo de distinção. Um mesmo substantivo pode aparecer em uma frase com CN e noutra com adj. adnominal.

A invenção de palavras caracteriza a obra de Guimarães Rosa. (CN - "palavras" é paciente da ação contida no substantivo "invenção")

A invenção de Santos Dumont abriu caminho para o futuro. (Adj. adnominal - "Santos Dumont" é o agente da ação expressa pelo substantivo "invenção")

A plantação de cana enriqueceu a economia do país. (CN - pois "plantação" tem valor abstrato da ação de plantar cujo objeto/paciente é "cana")

O fogo destruiu toda a plantação de cana. (Adj. adnominal - porque "plantação" aqui é concreto, logo intransitivo)

Adjunto adverbial

Apesar poder se referir ao verbo, o adj. adverbial não é complemento verbal, mas um termo acessório que acrescenta determinada circunstância ao que se refere.

Pode ser representado por um advérbio ou uma locução adverbial, indicando alguma circunstância. Quando expresso por um advérbio, pode modificar um adjetivo ou outro advérbio. Incluem-se como adj. adverbiais também as palavras e expressões denotativas

Ex.: Costumava falar em altos brados (modo), Aonde você vai? (lugar), Ele é muito bom goleiro (intensidade), Retirou a terra com a pá (instrumento)

Observação

não confundir predicativo do sujeito com adj. adverbial de modo. Este último é invariável e se refere ao verbo, enquanto o predicativo é variável e concorda com o suj. a que se refere.

Aposto

Termo ou expressão de caráter individualizador ou de esclarecimento, que acompanha um elemento da oração, qualquer que seja a função deste.

Conforme o sentido que empresta a seu referente, pode ser analisado como:

• explicativo - Mariovaldo, meu primo, esteve aqui.

• enumerativo - Eis os três rapazes: José, Ruan e Sérgio

• recapitulativo ou resumitivo - Os pais, os netos e as primas, todos estavam radiantes

• distributivo - Matemática e Biologia são ciências, aquela exata e esta humana

• aposto de oração - A resposta foi ríspida, sinal de ignorância / Foi rápido nos exercícios, fato que me surpreendeu

• especificativo - O poeta Olavo Bilac / O estado de Tocantins / A serra de Teresópolis

Observação

o aposto especificativo não se confunde com adj. adnominal pois, no caso do aposto, ambos os termos designam o mesmo ser. Ex.: A cidade de Londres ¹ A neblina de Londres

Caso faça referência a OI, CN ou adj. adverbial, pode aparecer precedido de preposição.

De maneira geral, o aposto explicativo é destacado por pausas, podendo ser representadas por vírgulas, dois pontos ou travessões. Pode vir precedido de expressões explicativas do tipo: a saber, isto é, quer dizer etc.

Observação

aposto especificativo não se separa de seu referente por nenhum sinal de pontuação. Neste caso, pode o aposto vir precedido de preposição.

Cabe observar o aposto nestas proposições: Ele salvou-se do naufrágio, porém jóias, roupas, documentos, o mais naufragou com o navio / (...) porém, o mais - jóias, roupas, documentos - naufragou com o navio

Vocativo

Termo ou expressão de natureza exclamativa que tem função de invocar ou destacar alguém ou ente personificado. Não mantém relação sintática com qualquer outro elemento da oração, por isso não faz parte do sujeito ou do predicado.

Virá sempre marcado por pontuação e admite a anteposição de interjeição de chamamento.

Ex.: Ei!, amigo, espere por mim / "Pai, afasta de mim esse cálice" / "Gosto muito de você, leãozinho"

REGÊNCIA NOMINAL

 Acostumado – a, com

 Adaptado – a, para

 Afável – a, com, para com

 Aflito – com, em, para, por

 Alheio – a

 Alienado – a, de

 Alusão – a

 Analogia – com, entre

 Análogo – a

 Apto – a, para

 Atento – a, em

 Avesso – a

 Ávido – de, por

 Constituído – de, por

 Contemporâneo – a, de

 Contíguo – a

 Curioso – de, para, por

 Devoto – a, de

 Falho – de, em

 Imbuído – de, em

 Imune – a

 Incompatível – com

 Medo – a, de

 Passível – de

 Preferível – a

 Propenso – a, para

 Residente – em

 Transversal – a

 Vinculado – a

 Vizinho – a, de

REGÊNCIA VERBAL

1. Agradar

 no sentido de acariciar: VTD

- ex: Joana sempre agradava o filho antes de sair de casa.

 no sentido de ser agradável a: VTI

- ex: Os concursos públicos agradam aos estudantes de direito.

2. Aspirar

 no sentido de sorver, tragar, inspirar: VTD

- ex: A empresa contratada aspirou todo o recinto.

 no sentido de pretender, almejar, desejar: VTI; exige a preposição a; não admite substituição por lhe(s); deve, portanto, ser substituído por a ele(s) ou a ela(s).

- ex: O Palmeiras aspirava à vitória para continuar no campeonato. (O Palmeiras aspirava à ela.)

3. Assistir

 no sentido de ver, presenciar, estar presente: VTI; exige a preposição a.

- ex: Assistíamos ao jogo no telão.

 no sentido de caber, pertencer: VTI

- ex: O direito ao voto assiste aos cidadãos brasileiros.

 no sentido de ajudar, prestar assistência, socorrer: VTD

- ex: A equipe médica assistia os idosos daquele lugar.

 no sentido de morar, residir, habitar: VI

- ex: O Presidente da República assiste em Brasília.

4. Chamar

 convocar, fazer vir: VTD

- ex: O técnico da seleção brasileira chamou muitos jogadores do Santos.

 invocar: VTI; exige a preposição por

- ex: Na hora do apuro, chamava por todos os santos de que era devoto.

 com o sentido de apelidar, cognominar, qualificar, admite quatro construções (verbo transobjetivo):

a) objeto indireto + predicativo do objeto com preposição:

- ex: Chamaram ao governador de caridoso

b) objeto indireto + predicativo do objeto sem preposição:

- ex: Chamaram ao governador caridoso.

c) objeto direto + predicativo do objeto com preposição:

- ex: Chamaram o governador de caridoso.

d) objeto direto + predicativo do objeto sem preposição:

- ex: Chamaram o governador caridoso.

5. Custar

 no sentido de ser difícil, ser custoso: VTI; apresenta-se na 3a pessoa do singular + sujeito oracional.

- exemplos:

Custava-lhe acreditar que não havia inflação.

Custava-me falar tudo à polícia.

6. Esquecer/Lembrar

 pronominais: VTI; exige a preposição de.

- ex: O advogado não se lembrava da data do acontecimento.

 não pronominais: VTD

- ex: O advogado não lembrava a data do acontecimento.

7. Implicar

 acarretar, causar: VTD

- ex: A desobediência às leis implica multas de valores altíssimos.

 causar rusga, intriga: VTI; exige a preposição com

- ex: O policial implicou com o motorista que dirigia pelo acostamento.

8. Informar - VTDI

 informar alguma coisa a alguém / informar alguém de alguma coisa

- exemplos:

Informou aos candidatos o resultado parcial do concurso.

Informou os candidatos do resultado parcial do concurso.

 os verbos avisar, certificar, notificar e prevenir possuem a mesma regência de informar.

9. Obedecer/Desobedecer

 são VTI; exigem a preposição a

- ex: Os funcionários obedeceram às ordens do comando da PM.

 esses verbos admitem a voz passiva.

10. Pagar/ Perdoar - VTDI

 alguma coisa a alguém.

- exemplos:

A empresa pública não pagou os impostos que deveria.

Pagaram aos passageiros uma indenização altíssima.

Perdoei a dívida aos devedores.

11. Preferir – VTDI; exige a preposição a.

 prefere algo a alguma coisa.

- ex: Prefiro suco a refrigerante.

12. Proceder

 ter fundamento, portar-se, provir de: Verbo Intransitivo

- exemplos:

As suspeitas de traição não procediam.

Como proceder em caso de incêndios em edifícios?

Frutas exóticas procedem da Europa.

 dar início a, realizar: VTI

- ex: Os candidatos procederam ao debate calmamente.

13. Pisar

 VTD

- ex: Não pise o gramado, nem pise o meu pé.

14. Querer

 desejar: VTD

- ex: O povo sempre quis um governo democrático.

 estimar, gostar: VTI

- ex: Os pais sempre querem aos filhos.

15. Simpatizar/Antipatizar

 VTI; não são pronominais e exigem a preposição com

- ex: Ninguém antipatizou com o novo chefe de sessão.

16. Visar

 dar visto, mirar: VTD

- exemplos:

Na embaixada, a funcionária visou meu passaporte.

O policial visou o meliante e atirou.

 pretender, ter em vista, ter por objetivo: VTI

- ex: O Palmeiras visava à vitória.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

 Obrigado, mesmo, próprio, incluso, leso, junto, anexo: essas palavras variam em gênero e número.

- exemplos:

A própria/mesma diretora disse obrigada.

Eles disseram obrigados pela taxa já inclusa no valor a pagar.

Anexas ao documento, seguem as cartas de cobrança.

 As expressões: em anexo, junto de, junto com e junto a, são invariáveis.

- exemplos:

As fotocópias em anexo devem ser autenticadas.

As crianças saíram junto com o pai.

 Meio:

- como advérbio é invariável (tem valor de um pouco);

- como numeral fracionário (metade) é variável.

- exemplos:

A fruta estava meio estragada.

Comeu meia fruta e saiu correndo.

 Só, sós, a sós:

- como advérbio (somente, apenas) é invariável;

- como adjetivo (sozinho) é variável;

- a expressão a sós é invariável.

- exemplos:

Todos viram, só o professor não.

Os marginais estavam sós. / Fiquei só.

Ficaram a sós / Fiquei a sós.

 Menos, pseudo, alerta, a olhos vistos: são invariáveis.

- exemplos:

Hoje, os jovens têm menos força do que na década de sessenta.

Os policiais ficaram alerta ao perceber o tumulto na manifestação.

Os pseudomédicos não participaram do congresso organizado pela universidade.

Os bens foram roubados a olhos vistos.

- se a palavra alerta acompanhar substantivo será adjetivo, portanto varia. Ex: Os policiais alertas notaram o tumulto.

 Bastante, caro, barato, longe:

- como advérbios são invariáveis;

- como adjetivos ou pronomes adjetivos são variáveis

- as palavras caro e barato ficam invariáveis com o verbo custar.

- exemplos:

No Brasil, alguns livros são bastante raros.

Há bastantes estudantes carentes que abandonam o ensino superior.

Sempre morei longe dos meus locais de trabalho.

Terras longes são vendidas por valores simbólicos.

Livros bons custam caro/barato.

Roupas boas são caras/baratas.

 É proibido, é necessário, é bom, é preciso:

- se, nessas expressões, o sujeito não vier precedido de determinante, o verbo e o adjetivo ficam invariáveis;

- se o sujeito vier precedido de determinante

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