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Realismo nas artes plásticas

Artigo: Realismo nas artes plásticas. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  7/4/2014  •  Artigo  •  4.730 Palavras (19 Páginas)  •  291 Visualizações

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Governo Do Estado De Roraima

Secretaria De Educação, Cultura e Desporto.

Escola Estadual Major Alcides Rodrigues Dos Santos

Tema: Realismo em Portugal

Antonio Marcos Dos Santos Araújo

Número: 05 Turma: 203

Disciplina: Português

Boa Vista-RR

27 De Setembro De 2012

O Realismo nas Artes Plásticas

O realismo manifestou-se principalmente na pintura, onde as obras retratavam cenas do cotidiano das camadas mais pobres da sociedade. O sentimento de tristeza se expressa claramente através das cores fortes. Um dos principais pintores realistas foi o francês Gustave Coubert. Com obras que chocaram o público pelo alto grau de realismo e pelos temas sociais, este artista destacou-se com as seguintes telas: Os Quebradores de Pedras e Enterro em Ornans. Outros importantes pintores deste período foram: Honoré Daumier, Jean-François Millet e Édouard Manet.

Literatura Realista

Nas obras em prosa, o realismo atingiu seu ápice na literatura. Os romances realistas são de caráter social e psicológico, abordando temas polêmicos para a sociedade da segunda metade do século XIX. As instituições sociais são criticadas, assim como a Igreja Católica e a burguesia. Nas obras literárias deste período, os escritores também criticavam o preconceito, a intolerância e a exploração. Sempre utilizando uma linguagem direta e objetiva.

Podemos citar como importantes obras da passagem do romantismo para o realismo: Comédia Humana de Honoré de Balzac, O Vermelho e o Negro de Stendhal, Carmen de Prosper Merimée e Almas Mortas de Nikolai Gogol.

Porém, a obra que marca o início do realismo na literatura é a obra Madame Bovary de Gustave Flaubert. Outras importantes obras são: Os Irmãos Karamazov de Fiódor Dostoiévski, Anna Karenina e Guerra e Paz de Leon Tolstói, Oliver Twist de Charles Dickens, Os Maias e Primo Basílio de Eça de Queiroz.

Teatro Realista

No teatro realista o herói romântico é trocado por pessoas comuns do cotidiano. Os problemas sociais transformam-se em temas para os dramaturgos realistas. A linguagem sofisticada do romantismo é deixada de lado e entra em cena as palavras comuns do povo. O primeiro representante desta fase é o dramaturgo francês Alexandre Dumas, autor de A Dama das Camélias.

Também podemos destacar outras importantes peças de teatro do realismo como, por exemplo, Ralé e Os Pequenos Burgueses de Gorki, Os Tecelões de Gerhart Hauptmann e Casa de Bonecas do norueguês Henrik Ibsen.

REALISMO NO BRASIL

 Literatura

Na literatura brasileira o realismo manifestou-se principalmente na prosa. Os romances realistas tornaram-se instrumentos de crítica ao comportamento burguês e às instituições sociais. Muitos escritores românticos começaram a entrar para a literatura realista. Os especialistas em literatura dizem que o marco inicial do movimento no Brasil é a publicação do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis. Nesta obra, o escritor fluminense faz duras críticas à sociedade da época.

 Teatro

As peças retratam a realidade do povo brasileiro, dando destaque para os principais problemas sociais. Os personagens românticos dão espaço para trabalhadores e pessoas simples. Machado de Assis escreve Quase Ministro e José de Alencar destaca-se com O Demônio Familiar. Luxo e Vaidade de Joaquim Manuel de Macedo também merece destaque. Outros escritores e dramaturgos que podemos destacar: Artur de Azevedo, Quintino Bocaiúva e França Júnior.

Autores

• Machado de Assis

– Se destacou como romancista realista. Apesar de ter escrito obras romancistas, como Ressurreição, A mão e a luva, Helena e Iaiá Garcia.

Algumas obras realistas de Machado de Assis: Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba e Dom Casmurro.

• Aluísio de Azevedo

– Escreveu alguns romances românticos, os quais chamaram de “comerciais”, pois eram os que mais vendiam. Mas suas maiores obras foram os romances naturalistas, como O mulato, Casa de pensão e O cortiço.

• José Maria Eça de Queirós

- nasceu em Póvoa do Varzim 1845. Passou a infância e juventude longe dos pais, pois estes não eram casados. Estudou direito na Universidade de Coimbra. Ligou-se por essa ocasião ao grupo renovador chamado “Escola de Coimbra”, Responsável pela introdução do Realismo em Portugal.

Eça não participou diretamente da “Questão Coimbra” - 1865 -, a polêmica em que jovens defensores de novas ideias literárias, artísticas e filosóficas liderados por Antero de Quental, se defrontaram com os velhos românticos, ultrapassados e conservadores, liderados por Visconde de Castilho.

Dedicou-se ao jornalismo depois de formado, e viajou pelo Oriente. Em 1871, participou das “Conferências Democráticas do Cassino Lisbonense” – nova etapa da campanha que implantou em Portugal as novas perspectivas culturais do Realismo falando sobre o “Realismo como nova expressão da arte”.

Eça de Queirós é o representante maior da prosa realista em Portugal. Grande renovador do romance abandonou a linha romântica, e estabeleceu uma visão critica da realidade. Afastou-se do estilo clássico, que pendurou por muito tempo na obra de diversos autores românticos, deu a frase uma maior simplicidade, mudando a sintaxe e inovando na combinação das palavras. Evitou a retórica tradicional e os lugares comuns, criou novas formas de dizer, introduziu neologismos e, principalmente utilizou o adjetivo de maneira inédita e expressiva. Este novo estilo só teve antecessor em Almeida Garrett e valeu a Eça a acusação de galicismo e estabeleceu os fundamentos da prosa moderna da Língua Portuguesa.

Enfim, no dia 16 de Agosto de 1900 Eça morre em Paris. Deixava um episódio literário que veio a ser publicado aos poucos.

OBRAS:

O Crime do Padre

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