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Simbolismo

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Por:   •  23/10/2013  •  Seminário  •  1.824 Palavras (8 Páginas)  •  1.048 Visualizações

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O Simbolismo é um movimento que aprofunda e radicaliza os ideais românticos, estendendo suas raízes à literatura, aos palcos teatrais, às artes plásticas. Ele nasceu na França, no final do século XIX, em contraposição ao Realismo e ao Naturalismo. No intenso contato com a cultura, a mentalidade, as artes e a religiosidade orientais, os artistas desta época mergulham nestes valores distintos do pensamento ocidental, mais racional, e espelham em suas criações esta outra visão de mundo.

Sem o Romantismo, com sua oposição ao uso desmedido da Razão, o Simbolismo não existiria, pois ele se apropria dos princípios românticos e os aprofunda de tal forma que nem o romântico mais contagiado pelas raízes desta Escola o faria. Os simbolistas percorrem, assim, caminhos mais ousados e irracionais, recorrendo ao uso extremo dos símbolos e do misticismo, empreendendo rumo ao inconsciente uma jornada além dos limites extremos da razão, um mergulho nos recantos mais ocultos do inconsciente.

Os simbolistas adotavam uma visão pessoal e individualista da realidade, sem se ater muito aos princípios estéticos então vigentes. Isto lhes valeu o pejorativo apelido de ‘decadentistas’. Em 1886, porém, a publicação de um importante manifesto – ‘O Século XX’, do teórico deste movimento, Jean Moréas - deu ao movimento seu nome definitivo - simbolismo. Na França, esta escola está intimamente ligada às conseqüências da Revolução Francesa, que marcaram sua natureza sócio-cultural, e às teorias elaboradas pelo Romantismo e pelo Liberalismo.

Para os adeptos do Simbolismo, não basta sentir as emoções, mas é necessário levar em conta também a sua dimensão cognitiva. Esta é a real postura poética, segundo seus seguidores. Este movimento se reveste igualmente de um marcante subjetivismo, ou seja, de um teor individualista, em detrimento da visão geral dos fatos. A musicalidade é um de seus atributos que mais se destaca; assim, os simbolistas usam ferramentas como a aliteração e a assonância. Além disso, o Simbolismo revela-se um movimento de caráter transcendental, sempre resvalando para a imaginação e a fantasia, privilegiando a intuição para interpretar os dados do real, desprezando a razão ou a lógica.

Os sonhos são para os discípulos do Simbolismo ferramentas fundamentais para compreender experiências ancestrais do homem, em épocas nas quais prevaleciam sensações caóticas e anárquicas, que hoje são relembradas pelo sujeito apenas em suas experiências oníricas ou nas sessões psicanalíticas. Esta escola é essencialmente literária, pois realiza no âmbito da Literatura uma completa renovação.

Em Portugal o Simbolismo desembarcou no século XIX, com a publicação de “Oaristo”, de Eugênio de Castro, em 1890. No Brasil, em 1893, publicou-se “Missal” e “Broquéis”, de Cruz e Sousa. Já a poesia simbolista não repercutiu no Brasil como o fez na Europa. Na França, o Simbolismo ganhou forças com a obra “As Flores do Mal”, do poeta Charles Baudelaire, em 1857.

João da CRUZ E SOUSA (Florianópolis/SC -1861 – Sítio/MG -1898)

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Nasceu escravo, tendo como senhor o Marechal Guilherme Xavier de Souza.

Foi educado no Colégio Ateneu Provincial Catarinense, onde aprendeu latim, grego e francês, além de matemática e ciências naturais.

Dirigiu o jornal abolicionista Tribuna Popular, e sofreu várias perseguições por ser negro. Nomeado promotor público da cidade de Laguna, foi impedido de ocupar o cargo por ser negro.

Casou-se, em 1893, com Gavita Rosa Gonçalves, e, no mesmo ano, publicou Missal e Broquéis, obras que introduziram o Simbolismo no Brasil.

Passou por grandes dificuldades financeiras quando sua mulher teve uma crise de loucura e ele teve de cuidar dos filhos pequenos.

Morreu de tuberculose aos 36 anos. Seu corpo foi levado para o Rio de Janeiro em um carro usado para transporte de cavalos.

Sua obra apresenta uma forte relação com a música e com a religiosidade.

• Usava frequentemente palavras que dão idéias vagas e imprecisas.

• Um tema comum na sua poesia é a loucura.

• Foi conhecido como “cisne negro”.

Obras:

Poesia: Broquéis; Faróis; Últimos Sonetos.

Prosa: Tropos e Fantasias.

Poemas em prosa: Evocações e Missal.

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ALPHONSUS DE GUIMARAENS (Ouro Preto-1870 / Mariana-1921)

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Foi conhecido como “O solitário de Mariana”.

Cursou Engenharia em Ouro Preto e Direito em São Paulo, onde tomou contato com o Simbolismo.

Exerceu o cargo de Juiz em Minas Gerais.

Sofreu muito com a morte da amada, isso lhe despertou um grande sentimento religioso.

Sua obra é marcada pelo pessimismo, religiosidade e um forte questionamento da vida.

Sua poesia é marcada pela espiritualidade, sendo considerado um poeta místico, porque sua obra apresenta uma atmosfera de religiosidade, sonho e mistério

Obras:

Poesia: Kyriale; Câmara Ardente; Centenário das Dores de Nossa Senhora; Dona Mística; Pauvre Lyre; Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte, depois conhecido com o título Poesias.

Prosa: Mendigos.

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CAMILO de Almeida PESSANHA (Coimbra-1867 / Macau-19526 )

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Formou-se em direito

Mudou-se para Macau, na China, onde foi professor secundário e advogado. Integrado à vida oriental, deixou escritos sobre cultura e literatura chinesa.

Também traduziu poesia do chinês para o português.

Principal representante do Simbolismo em Portugal com a publicação de sua única obra Clépsidra.

Obras: Clépsidra (1920) – poemas

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