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Vidas Secas

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Por:   •  12/9/2014  •  3.516 Palavras (15 Páginas)  •  342 Visualizações

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CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

Os abalos sofridos pelo povo brasileiro em torno dos acontecimentos de 1930, a crise econômica provocada pela quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, a crise cafeeira, a Revolução de 1930, o acelerado declínio do nordeste condicionaram um novo estilo ficcional, notadamente mais adulto, mais amadurecido, mais moderno que se marcaria pela rudeza, por uma linguagem mais brasileira, por um enfoque direto dos fatos, por uma retomada do naturalismo, principalmente no plano da narrativa documental, temos também o romance nordestino, liberdade temática e rigor estilístico.

Os romancistas de 30 caracterizavam-se por adotarem visão crítica das relações sociais, regionalismo ressaltando o homem hostilizado pelo ambiente, pela terra, cidade, o homem devorado pelos problemas que o meio lhe impõe.

Graciliano Ramos (1892-1953) nasceu em Quebrângulo, Alagoas. Estudou em Maceió, mas não cursou nenhuma faculdade. Após breve estada no Rio de Janeiro como revisor dos jornais "Correio da Manhã e A Tarde", passou a fazer jornalismo e política elegendo-se prefeito em 1927.

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Foi preso em 1936 sob acusação de comunista e nesta fase escreveu "Memórias do Cárcere", um sério depoimento sobre a realidade brasileira. Depois do cárcere morou no Rio de Janeiro. Em 1945, integrou-se no Partido Comunista Brasileiro.

Graciliano estreou em 1933 com "Caetés", mas é São Berdado, verdadeira obra prima da literatura brasileira. Depois vieram "Angustia" (1936) e Vidas Secas (1938) inspirando-se em Machado de Assis.

Podemos justificar isto com passagens do texto:

"Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos."

"A caatinga estendia-se de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas"

"Resolvera de supetão aproveitá-lo (papagaio) como alimento..."

"Miudinhos, perdidos no deserto queimado, os fugitivos agarraram-se, somaram as suas desgraças e os seus pavores".

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ESTUDO DOS PERSONAGENS

Baleia - cadela da família, tratado como gente, muito querido pelas crianças.

Sinhá Vitória - mulher de Fabiano, sofrida, mãe de 2 filhos, lutadora e inconformada com a miséria em que vivem, trabalha muito na vida.

Fabiano - nordestino pobre, ignorante que desesperadamente procura trabalho, bebe muito e perde dinheiro no jogo.

Filhos - crianças pobres sofridas e que não tem noção da própria miséria que vivem.

Patrão - contratou Fabiano para trabalhar em sua fazenda, era desonesto e explorava os empregados.

Outros personagens: o soldado, seu Inácio (dono do bar).

ESTUDO DA LINGUAGEM

Tipo de discurso: indireto livre

Foco narrativo: terceira pessoa

Adjetivos, figuras de linguagem:

Metáfora: " - você é um bicho, Fabiano".

Prosopopéia: compara Baleia como gente

ANÁLISE DAS IDÉIAS

Comentário Crítico:

Esse livro retrata fielmente a realidade brasileira não só da época em que o livro foi escrito, mas como nos dias de hoje tais como injustiça social, miséria, fome, desigualdade, seca, o que nos remete a idéia de que o homem se animalizou sob condições sub-humanas de sobrevivência.

RESUMO DA OBRA

Mudança

Em meio à paisagem hostil do sertão nordestino,quatro pessoas e uma cachorrinha se arrastam numa peregrinaçãosilenciosa _ _ . O menino mais velho, exausto da caminhada sem fim,deita-se no chão, incapaz de prosseguir, o que irrita Fabiano, seu pai,que lhe dá estocadas com a faca no intuito de fazê-lo levantar.Compadecido da situação do pequeno, o pai toma-o nos braços ecarrega-o, tornando a viagem ainda mais modorrenta _ .

A cadela Baleia acompanha o grupo de humanos agorasem a companhia do outro animal da família, um papagaio, que forasacrificado na véspera a fim de aplacar a fome que se abatia sobreaquelas pessoas. Na verdade, era um papagaio estranho, que poucofalava, talvez porque convivesse com gente que também falava pouco _ _.

Errando por caminhos incertos, Fabiano e famíliaencontram uma fazenda completamente abandonada. Surge a intenção de sefixar por ali. Baleia aparece com um preá entre os dentes, causandogrande alegria aos seus donos. Haveria comida. Descendo ao bebedourodos animais, em meio à lama, Fabiano consegue água. Há uma alegria emseu coração, novos ventos parecem soprar para a sua família. Pensa emSeu Tomás da bolandeira. Pensa na mulher e nos filhos.

A inesperada caça é preparada, o que garante umrápido momento de felicidade ao grupo. No céu, já escuro, uma nuvem -sempre um sinal de esperança. Fabiano deseja estabelecer-se naquelafazenda. Será o dono dela. A vida melhorará para todos _ .

Fabiano

Em vão Fabiano procura por uma raposa. Apesar dofracasso da empreitada, ele está satisfeito. Pensa na situação dafamília, errante, passando fome, quando da chegada àquela fazenda.Estavam bem agora _ _ . Fabiano se orgulha de vencer as dificuldadestal qual um bicho. Agora ele era um vaqueiro, apesar de não ter umlugar próprio para morar. A fazenda aparentemente abandonada tinha umdono, que logo aparecera e reclamara a posse do local. A solução foificar por ali mesmo, servindo ao patrão, tomando conta do local. Naverdade, era uma situação triste, típica de quem não tem nada e viveerrante. Sentiu-se novamente um animal, agora com uma conotaçãonegativa. Pouco falava, admirava e tentava imitar a fala difícil daspessoas da cidade. Era um bicho _ .

A uma pergunta de um dos filhos, Fabiano irrita-se.Para que perguntar as coisas? Conversaria com Sinha Vitória sobre isso.Essas coisas de pensamento não levavam a nada. Seu Tomás

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