A APRENDIZAGEM DE CRIANÇA COM DIFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO INFANTIL E FUNDAMENTAL

A APRENDIZAGEM DE CRIANÇA COM DIFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO INFANTIL E FUNDAMENTAL

Soraia da Róza Pereira

25 de julho de 2011.

Resumo

O problema levantado neste trabalho tem como foco explicitar a importância da ação docente na inclusão de crianças com deficiência intelectual nos primeiros anos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. Tem o objetivo de promover reflexões sobre a prática educativa vivenciada diariamente neste contexto possibilitando ao educador desenvolver um olhar critico sobre sua atuação e os resultados de suas ações.

O resultado esperado com esta pesquisa é o de promover uma mudança de atitudes e de conceituação do que seja a inclusão e o trabalho desenvolvido neste ambiente através de uma reflexão critica sobre a ação do educador. A metodologia que fundamenta esta pesquisa é a de referencial bibliográfico em trabalhos pertinentes ao assunto publicados em artigos e livros.

Palavras-chave: Ação docente. Inclusão. Deficiência. Reflexão. Pesquisa.

Abstract

The problem raised in this paper focuses on explaining the importance of teaching activities in the inclusion of children with intellectual disabilities in the first year of kindergarten andelementary school. It aims to promote a reflection on educational practice experienced daily in this context allowing the educator todevelop a critical eye on his performance and the results of their actions. The expected outcome of this research is to promote achange of attitudes and concepts of what to include and work in this environment through a critical reflection upon the role ofeducator. The methodology underlying this research is tobibliographic references relevant to the subject in works publishedin articles and books.

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1INTRODUÇÃO

O presente trabalho levanta a problemática de como tem se desenvolvido a prática pedagógica dos educadores na Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental diante da inclusão de crianças com deficiência intelectual sem o subsídio de uma boa formação preparatória, situação esta que evidência a importância da predisposição do educador em favorecimento deste aluno em processo de inclusão educacional. O objetivo desta pesquisa é fornecer subsídios para uma reflexão sobre a prática docente diante da inclusão de crianças com deficiência visando problematizar essa vivência diária a fim de conscientizar os educadores da importância da sua ação educativa no processo aquisição e construção do conhecimento assim como para o desenvolvimento destes alunos.

Essa pesquisa se justifica na possibilidade de conscientizar e promover reflexões sobre a diferença da ação educativa baseada da afetividade e espontaneidade, contra aquela que é baseada no autoritarismo, nas diferenças e nos resultados. A metodologia que fundamentou essa pesquisa foi à pesquisa bibliográfica a partir de publicações anteriores sobre o assunto em documentos impressos como livros, artigos e teses.

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2 A CRIANÇA E SUA VIDA ESCOLAR

A Educação de 0 a 5 anos (chamada de Educação Infantil) é um direito de todas as crianças brasileiras previsto na Constituição Federal de 1988, reafirmado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 e regulamentado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996. Em todas essas leis, é assegurado à criança de 0 a 5 anos o direito de frequentar a rede regular de ensino, recebendo os cuidados adequados à sua faixa etária, e de ter acesso a uma proposta pedagógica que contemple suas necessidades. Essa proposta não é exclusiva às crianças que apresentam um desenvolvimento típico para sua idade: ela contempla TODAS as crianças, inclusive aquelas que apresentem qualquer alteração em seu desenvolvimento.

Isso significa, em primeiro lugar, que é um direito da criança que apresenta qualquer atraso de desenvolvimento ou que tenha deficiência intelectual (caso das crianças com Síndrome de Down, por exemplo) frequentar uma classe comum, destinada a crianças de sua idade. No entanto, para a maioria das escolas de Educação Infantil, receber uma criança com atraso de desenvolvimento significa um evento difícil, carregado de medos e expectativas: O que fazer com essa criança? Como lidar com suas dificuldades? Ensinar ou não ensinar? Deixar que ela interaja com os demais ou protegê-la dos riscos dessa interação? Essas são algumas das indagações mais comuns nessas circunstâncias.

Talvez, o fato mais importante a ser considerado nessa discussão seja: a criança que apresenta algum atraso em seu desenvolvimento e/ou deficiência intelectual é beneficiada por frequentar uma escola de Educação Infantil? Os resultados de muitas pesquisas dizem que sim. Esse nível de ensino tem um efeito importante, inclusive, sobre a escolaridade posterior das crianças (de todas elas), ou seja, de alguma forma ele as ajuda quando ingressam no Ensino Fundamental. Mas isso também ocorre com a criança com atraso em seu desenvolvimento? A resposta também é sim. A criança que apresenta qualquer dificuldade tem ainda mais a ganhar ao frequentar uma escola de Educação Infantil que lhe ofereça o convívio com crianças de sua idade, que lhe desafie em suas capacidades e que lhe ofereça modelos de desempenho de modo a incentivá-la a desenvolver seus potenciais. Mas não é apenas a criança com atraso no desenvolvimento que se beneficia dessa convivência. Todos saem ganhando de alguma

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forma. Se pretendermos que a escola seja — para todos — um ambiente que transmite valores importantes para uma sociedade mais justa e solidária, a convivência entre crianças de diferentes origens, classes sociais e níveis

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