A Acao Do Assistente Social Nas Demandas Da Familia

A AÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS DEMANDAS DA FAMÍLIA.

A família é uma instituição social e base das relações em sociedade. Ela é a fonte da estrutura de parentesco, intermediadora da interação social.

O tema família tem sido muito analisado e cada vez mais vem sendo evidenciada sua importância na vida de cada indivíduo e na vida da sociedade em geral. Um novo conceito de família vem sendo formado com as mudanças pelas quais tem passado a sociedade brasileira. Essa configuração familiar no mundo, alterou-se significativamente acompanhando a evolução humana. E, após um longo período de predominância da família nuclear, a sociedade passa a contemplar o fenômeno da afetividade nas relações familiares, desligando-se progressivamente daquele modelo tido como ideal.

Tem-se notado que com o desenvolvimento tecnológico, político e econômico experimentados em todo o mundo, as relações sociais ganharam novas nuances e o estilo de vida do ser humano foi sendo modificado, à medida que se adaptava a esta nova realidade, sempre em constante mudança.

Diante de todas estas mudanças verifica-se a existência de uma família em que não há a presença de alguém que ocupe a posição de ascendência. É o caso, por exemplo, de dois irmãos que vivem juntos ou de duas amigas idosas que decidem compartilhar o convívio até o fim das suas vidas. Tal arranjo familiar é denominado de família Anaparental.

A solidariedade familiar intergeracional emerge ainda como um recurso potencial para enfrentar as demandas sociais e econômicas que desafiam a capacidade de trabalho, o controle da reprodução, a redução do número de filhos, as novas tecnologias reprodutivas e os exames de DNA. Observa-se como aspectos fundamentais, o crescimento do número de mulheres chefes de família, o aumento de divórcios são também indicadores das alterações pelas quais passa a vida familiar.

Mudanças que afetam a vida das famílias estão em forte vinculação com aquelas que ocorrem na esfera pública. As condições sociais advindas da inserção das famílias como classe social marcam suas histórias e suas trajetórias.

A Família é um conjunto de pessoas unidas por laços consanguíneos ou não, ou através de vínculos afetivos, mesmo sem relação de parentesco. As famílias tem centralidade na vida das pessoas, por outro lado as desigualdades sociais que marcam a sociedade brasileira acabam por excluir parte das crianças e dos adolescentes da convivência com suas famílias.

Por reconhecer as fortes pressões que o processo de exclusão sóciocultural gera sobre as famílias brasileiras acentuando suas fragilidades e condições, faz-se primordial sua centralidade no âmbito das ações da política de Assistência Social, como espaço privilegiado e insubstituível de proteção e socialização primárias, provedora de cuidados aos seus membros, mas que precisa também ser cuidada e protegida.

A centralidade da família é garantida à medida que com base em indicadores das necessidades familiares, se desenvolva uma política de cunho universalista, que em conjunto com as transferências de renda em patamares aceitáveis crie-se prioritariamente, redes sócioassistenciais que suportem as tarefas cotidianas de cuidado e que valorizem a convivência familiar e comunitária.

Abordar a problemática familiar constitui-se em uma tarefa difícil e complexa, já que a família contemporânea pode ser vista como um desafio que envolve problemas de ordem cultural, ética, econômica, política e social.

A ação do Assistente Social deve ser transformadora, buscando a emancipação e o autodesenvolvimento da