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A Arte independente ilustrando sua essência

Por:   •  26/5/2018  •  Projeto de pesquisa  •  595 Palavras (3 Páginas)  •  117 Visualizações

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A arte independente ilustrando sua essência

Jornalismo: 2° semestre

“Eu me senti pegando de volta algo que faltava dentro de mim.” Essa é a afirmação feita pela quadrinista e ilustradora sorocabana Lígia Zanella, após uma “pausa” significativa em sua caminhada como artista independente.

“Pausa”. Palavra que pode ser substituída facilmente pela palavra “interlúdio” de uma carreira carregada de personalidade.

Lígia é amante dos mangás desde os 11 anos, quadrinhos japoneses que ganharam muita fama na cultura pop internacional, mas Lígia foi um pouco mais a fundo e nas suas próprias produções decidiu apostar em um estilo não muito difundido ainda no Brasil, chamado “gyosei”, que se diferencia das histórias comuns por abordar temas e ter em seu roteiro, problemáticas mais direcionadas para o público adulto e feminino.

Desde sua primeira obra publicada em 2004 até hoje, 2017, Lígia tem o total de três títulos publicados, são eles: GO!GO!GO! Felicity (2004), Calendar (2012) e Melissa em Ellipsia (2016, publicado com G. Profeta), sendo todos eles frutos de projetos independentes.

“Dar a cara a tapa na internet, me permitiu ter o primeiro acesso a um feedback do meu público e como eu estava no começo, essas críticas construtivas sobre meu trabalho, me ajudaram a crescer profissionalmente.” Afirmou Lígia.

Um desses títulos, o “Melissa em Ellipsia” ainda contou com um financiamento coletivo pela internet, via Cartase, o que marca ainda mais a jornada artística de Lígia como independente. Falando sobre esse período de arrecadação Lígia diz ter postado todos os dias, durante 60 dias (tempo da campanha virtual) ilustrações novas para incentivar o engajamento do público, fora a propagação em grupos de amigos todos os dias.

Mas esse amor pelos quadrinhos, nem sempre foram amparados pela vida e pela mãe da artista. No começo da sua graduação, Lígia diz que sua mãe tentava ao máximo fazê-la “esquecer” esse universo na qual ela já estava inserida. Além de sua mãe, sua vida acadêmica e profissional também a coagia a desistir dos quadrinhos. Durante o seu TCC (Trabalho de conclusão de curso) então, Lígia decidiu parar de levar a arte como paralelo.

No entanto, uma amiga de Lígia que também apreciava os trabalhos dela, leu uma parte da história do título Go!Go!Go! Felicity e insistiu por uma continuação da história, reacendendo em Lígia a vontade de escrever e desenhar. Ela então decidiu postar o título na internet com o intuito de servir como obrigação, uma continuação que agora seria aguardada pelo seu público. E o retorno  ao mundo que um dia tinha abrigado aquela garota de 11 anos a fez dizer a primeira frase desse texto.

“Eu me inspiro muito nos mangakas japoneses. Eles produzem durante 20 horas por dia para entregar 20 páginas por semana, quer dizer, eu acho que eu devo pelo menos essa dedicação.” Lígia, além de se inspirar muito nos artistas japoneses e tê-los como referencia, também adquiriu com o tempo a responsabilidade e a disciplina profissional dos artistas oriundos da terra do manga.

Ela diz que  cresceu como um bebezinho no meio da arte. Primeiro rabiscava algumas folhas que se tornaram histórias, que foram postadas na internet, foram aperfeiçoadas por uma necessidade interna de melhorar para satisfazer os leitores e hoje vive o ápice apesar das dificuldades constantes que fazem parte da rotina de um artista independente.

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