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A Descrição Gerada Automaticamente

Por:   •  9/6/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.324 Palavras (6 Páginas)  •  36 Visualizações

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UVA – UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

AVA 2 – Macroeconomia aberta

Como choques afetam o produto na teoria dos ciclos reais de negócios

A disciplina Macroeconomia aberta discutiu as implicações da abertura dos mercados de bens e financeiros. Esse tema engloba os tópicos de exportações, importações, multiplicador de economia aberta, balanço de pagamentos, tipos de câmbio e o modelo Mundell-Fleming. Além disso, também foram apresentados os conceitos de crescimento e desenvolvimento econômico. Foram apresentadas também a relação entre desemprego e inflação e a curva de Phillips. E, por fim, conhecemos os modelos novo-clássicos e neokeynesianos.

Em economia, nenhum fato é provocado por apenas um fator, nem de forma isolada. Por conta disso, a análise econômica é feita analisando uma infinidade de fatores. Por exemplo, o crescimento econômico é influenciado pelo grau de abertura da economia, pelas importações e exportações, pelo grau de mobilidade de capitais, pela política fiscal, entre outros aspectos.

Procedimentos para elaboração do TD

Considerando a teoria dos ciclos reais de negócios, explique como choques negativos de produtividade e as políticas fiscal e monetária afetam o produto e os preços. Além disso, procure um artigo científico no Google Acadêmico com o tema de ciclos reais de negócios e faça uma resenha crítica considerando os conceitos vistos na disciplina de Macroeconomia aberta. O trabalho deve ter, no máximo, 10 páginas.

Resposta:

A “teoria dos ciclos reais de negócios” (em inglês, “Real Business Cycles” – RBC) faz parte da escola de pensamento macroeconômico contemporânea ‘novos clássicos’. Segundo Possler, 1989, (apud Albergaria, 2014), os modelos de ciclos reais atribuem que as variáveis econômicas agregadas são resultado de ações de inúmeros agentes, tendo reflexos na flutuação econômica a longo prazo. Logo, para compreensão da economia e de sua variação, é preciso analisar o seu comportamento, avaliando como as mudanças cambiais e outras interferências, a exemplo as perturbações derivadas da inserção de tecnologias e a variação de produtividade, afetarão as ações e tendências destes agentes.

Conforme aponta Da Costa et al. (2016), na teoria dos ciclos reais de negócios os ciclos de recessão e retração econômicas não são, em curto prazo, prejudiciais à economia, e sim fazem parte de uma resposta do mercado frente à implantação de alguma medida econômica, face alterações tecnológicas ou implantação de melhorias que interfiram diretamente na produtividade.

Portanto, considerando a teoria dos ciclos reais de negócios, choques negativos de produtividade e as políticas fiscal e monetária podem afetar produtos e seus respectivos preços negativamente a curto prazo, mas, ainda assim, proporcionarem crescimento econômico e valorização, quando se analisa em uma larga escala temporal.

Essa discussão é aprofundada no estudo de caso estudo de caso de Mussolini e Teles (2012), denominado “Ciclos reais e política fiscal no Brasil”, publicado em 2012 na revista Estudos Econômicos, vol. 42, n° 1, pela USP – Universidade de São Paulo. Nele, foi proposto um modelo de ciclos reais com governo e capital público, a fim de compreender justamente os efeitos de choques fiscais resultantes de políticas públicas na economia brasileira do pós-guerra, no período de 1950 a 2006. Em 22 páginas, os autores se baseiam em um modelo de Ciclos reais dos negócios, com adaptações que enfatizam o papel da política fiscal na economia. Há de se considerar também a aplicabilidade do modelo considerando a conjuntura econômica do Brasil, um país em desenvolvimento, que é distinta da dos Estados Unidos, onde a teoria dos ciclos reais foi originalmente pensada - segundo os gastos ficais estadunidenses não são tão voláteis quanto o Brasil (Mussolini e Teles, 2012).

No que tange ao modelo proposto, de modo detalhado, Mussolini e Teles (2012) consideram que “o estoque de capital do governo é aplicado em uma função de produção como insumo adicional aos insumos privados, aumentando a produtividade da economia” (MUSSOLINI e TELES, 2012). Este fato foi considerado pois, empiricamente, atuam de diferentes formas nas variações e composições econômicas. Ainda, o modelo leva em conta funções com variáveis atreladas a famílias, firmas, governo e choques. Respectivamente, cada um teria o seguinte (Mussolini e Teles, 2012):

* Famílias – economia fechada, sem crescimento populacional e de produtividade, com famílias idênticas em horizonte finito, adotando esperança, informação, descontos, consumo privado, horas trabalhadas e lazer. Ainda se discutem salário, taxa de imposto de renda e remuneração do capital.

* Firmas – firmas utilizando capital privado e trabalho alugado para produzir bens, considerando público, preço dos insumos.

* Governo – função com tributação e renda do governo, considerando investimentos, consumo interno, entre outros.

* Choques – considera taxas de imposto em renda, parcelas de gastos do governo em consumo e investimentos, dentre outros, ao longo do tempo.

Para aplicação dos modelos, foram tidos como referências dados oficiais produzidos pelo IBGE e IPEA. Para o IBGE, obtiveram dados das contas anuais nacionais, permitindo considerar

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