TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A Estrutura química das sulfamidas

Por:   •  16/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.499 Palavras (6 Páginas)  •  184 Visualizações

Página 1 de 6

Índice

1.0 Introdução        2

2.0 Sulfamidas        3

2.1 Definição e aplicação.        3

2.2 Estrutura química das sulfamidas        3

2.3 Obtenção        4

2.4 Relação entre estrutura e a actividade        6

2.5 Farmacocinética        6

2.5.1 Absorção        6

2.5.2 Distribuição        7

2.5.3 Metabolismo        7

2.5.4 Excreção        7

2.6 Mecanismo de acção        7

3.0 Conclusão        9

4.0 Referências Bibliográficas        10

1.0 Introdução

As sulfamidas são fármacos da classe dos antibióticos, neste contexto sua abordagem contorna-a no que concerne os seus empregos no organismo vivo, as suas estruturas químicas que apresentam e como a estrutura influencia nas suas acções terapêuticas, assim como falar-se-á de como as sulfamidas desempenham as suas acções farmacológicas e a sua biotransformação.

2.0 Sulfamidas

2.1 Definição e aplicação.

ʺSulfamidas são fármacos utilizados para o tratamento de infecções bacterianas. São eficazes nas infecções causadas pelos microrganismos como: Escherichia coli, Klebsiella pnemoniae, Salmonella typhi, Staphylococus áureas, streptococcus pyogenes, chiguella sonne, Pseudomonas aerouginosa. São eficientes contra a maioria das cepas de Neisseria gonorrheae e N. meningititeʺ (KOROLKOVAS, 1982).

As sulfamidas combinadas com outro tipo de agentes são activas contra raças de plasmódio resistentes a cloroquinas e infecções provocadas por outros microrganismos.

Exemplo: Sulfadoxina e pirimetamina.

Em doses usuais (2 a 5g diárias para as de acção curta e 500mg diários para as de acção prolongada) as sulfamidas exercem apenas efeito bacteriostático, mas quando altas concentrações são alcançadas no organismo, como no caso do tratamento de infecções urinárias, elas manifestam acção bactericida. Já que as sulfamidas são agentes bacteriostáticos e não bactericidas na terapia sulfamédica.

2.2 Estrutura química das sulfamidas

As sulfamidas possuem a seguinte fórmula geral:


Fig1: Estrutura geral das sulfamidas.[pic 1]

Fonte: Korolkovas, pag. 549, 1982.

O nitrogénio sulfamídico e o nitrogénio anilínico são designados respectivamente, por N1 e N4. O grupo p-NH2-C6H4-SO2- é chamado de sulfanilo; o grupo p-NH2-C6H4-SO2NH- é sulfanilanito e o grupo NH2 - SO2 é sulfamil.

Para a manutenção da actividade antibacteriana, a estrutura fundamental das sulfamidas não pode ser modificada, isto porque as sulfamidas são antagonista competitivos do ácido p-amino-benzoico, sendo assim, sua estrutura, deve ser muito semelhante a deste metabólito essencial. As sulfamidas devem possuir as seguintes características:

  • Anel benzónico com apenas dois substituintes orientados em posição “paraˮ, um em relação ao outro;
  • Um grupo 4-amino;
  • Um grupo 1-sulfamido substituído.

Exemplos de sulfamidas:

[pic 2]

Fig2: Exemplos de Sulfamidas e ácido p-aminobenzóico.

Fonte: Goodman e Gilman, pag. 1463, 2012.

2.3 Obtenção

As sulfamidas podem ser sintetizadas por diversos processos. Dois dos muito usados por serem diretos são os seguintes:

  1. Trata-se a acetanilida com ácido clorossulfónico, obtendo-se o cloreto de sulfonila correspondente que, reagindo com amina apropriada, resulta em produto intermediário que por hidrólise ácida ou alcalina fornece a sulfamida.

[pic 3]

Fig3: Obtenção das sulfamidas.

Fonte: Solomons, pág. 229, 2002.

  1. Parte-se do cloreto de p-nitrobenzenosulfunila, a amida intermediária, por redução pelos métodos quer químicos quer catalíticos dá diretamente a sulfamida desejada.

Muitas sulfamidas são sintetizadas industrialmente mediante uma condensação de cloreto de sulfanila adequadamente substituído na posição “paraˮ com uma amina heterocíclica, em piridina anidra que, possam captar o ácido clorídrico que se libera no processo de condensação.

[pic 4]

Fig4: Obtenção das sulfamidas na indústria.

Fonte: Korolkovas, pag. 549, 1982.

2.4 Relação entre estrutura e a actividade

Os parâmetros físicos e químicos têm sido corelacionados com a actividade das sulfamidas: pKa, ligação com as proteínas, distribuição da carga electrónica. Infelizmente, um único parâmetro, não consegue explicar a acção das sulfamidas.

  1. Actividade antibacteriana do pKa

A actividade antibacteriana das sulfamidas está relacionada ao pKa. A actividade máxima seria encontrada naquelas que possuem valores de pKa entre 6 e 7,5.

  1. Ligação a proteínas

As sulfamidas ligam-se de formas diferentes a proteínas plasmáticas, cujas principais forças envolvidas na interação proteína-sulfamida são as hidrofóbicas e as iónicas. Sendo assim, existem sulfamidas com maior afinidade a proteínas plasmáticas por exemplo a sulfadimetoxina, ao passo que outras tem menor afinidade destacando a sulfaguanidina.

  1. Distribuição da carga electrónica

Os parâmetros eletrónicos mostram relação significativa com acção antibacteriana das sulfamidas. Pois, quanto maior a carga formal  em N1, maior é a actividade biológica.[pic 5]

2.5 Farmacocinética

2.5.1 Absorção

Excluindo as sulfamidas especialmente desenvolvidas pelos seus efeitos locais no intestino, esses fármacos sofrem rápida absorção pelo trato gastrointestinal. Os níveis plasmáticos máximos são alcançados em 2-6h, dependendo do fármaco. São absorvidos principalmente no intestino delgado, porém, uma parte do fármaco é absorvida no estômago.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (11.1 Kb)   pdf (284.7 Kb)   docx (344.3 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com