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A HISTORIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL - DANIEL

Por:   •  21/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.396 Palavras (6 Páginas)  •  810 Visualizações

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DABIEL BRAGA DE OLIVEIRA

A HISTORIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL

UBERLÂNDIA - MG
NOVEMBRO DE 2015

A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL  

Dissertação sobre o surgimento e desenvolvimento da profissão de Enfermagem no Brasil apresentado a disciplina Organização dos Estudos Acadêmicos.

UBERLÂNDIA – MG
NOVEMBRO DE 2015

  1. A HISTORIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL

A profissão de enfermagem esta relacionada como o ato de cuidar, que existe desde o período Pré-Cristão. Sacerdotes e feiticeiros realizavam funções que hoje são associadas a médicos e enfermeiros, sendo tais praticas de assistência a saúde que proporcionaram ao homem sua manutenção e sobrevivência. Com o passar do tempo e o desenvolvimento histórico, a profissão de enfermagem também obteve seu progresso.  

No principio os serviços de assistência a saúde eram exercícios por leigos, pois não havia escolas ou cursos preparatórios. No Brasil em seu período colonial, com o aumento da população houve um alastramento de doenças o que requeria os cuidados de enfermagem. Esses cuidados eram prestados por escravos e pelos jesuítas, membros da Igreja que vieram para o Brasil no inicio do século XVI com intuído missionário e educacional.

No principio da colonização os jesuítas ao chegarem e se depararem com a realidade brasileira e julgou necessária a criação das Casas de Misericórdia, que funcionariam como hospitais. A primeira a ser aberta foi em Vila de Santos em 1543, sendo um improviso total. Como no século XVI não havia profissionais dispostos a vir, os padres realizavam os trabalho médicos, farmacêuticos e de enfermeiros e ainda ensinavam alguns cuidados aos escravos para que pudessem auxiliá-los. Posteriormente foram inaugurada também as Casas de Misericórdia no Rio de Janeiro e Olinda. No inicio do século XIX com a chegada da família real foi instaladas as Casas de Porto Alegre e Curitiba.

Como os hospitais eram de administração dos religiosos, subsequentemente os cuidados de enfermagem tornaram-se de responsabilidade das Irmãs de caridades. De acordo com Padilha e colaboradores apud Stutz (2010) As Irmãs de Caridade tinha encargo de administrar medicação nos horários determinados pelos médicos, cuidar da higiene física dos enfermos, o encargo pela limpeza do âmbito hospitalar e ainda cuidar do corpo dos mortos.”

No inicio do século XIX houve uma reestruturação na administração hospitalar, onde os médicos começaram a assumir a organização das enfermarias e as religiosas perderam a autoridade nesse processo, o que  as fizeram abandonar o posto ocasionando a necessidade de novos profissionais para prestar assistências aos pacientes. Neste mesmo período ocorria a Guerra da Criméia, onde se destacava Florence Nightingale. Uma mulher que foi ao campo de guerra prestar seus serviços de enfermagem, diminuindo os índices de mortalidade bruscamente. Retornando a Londres com resultados tão exuberantes após o final da guerra, a Enfermeira se tornou referencia e eleita a Heroína da Criméia. Elaborou estudos e criou uma escola de Enfermagem onde obteve bons resultados e posteriormente considerada precursora do desenvolvimento da Enfermagem Moderna.

Neste mesmo período o Brasil também teve sua pioneira na área de enfermagem, Anna Justina Ferreira Nery (ou Anna Neri). A futura enfermeira quando se viu enviuvada e prestes a ficar longe dos dois filhos e do irmão, por eles terem sidos requeridos para trabalharem na Guerra do Paraguai, solicitou ao presidente da Bahia o conselheiro Manuel Pinho de Sousa Dantas, que lhe fosse facultado a acompanhar sua família na jornada e em troca prestaria serviços nos hospitais do Rio Grande do Sul. Concedido o pedido, Anna Néri incorporou o décimo batalhão voluntario na qualidade de primeira enfermeira.

“Pela grandeza de alma, por seu magnânimo e generoso trabalho nos campos de batalha da Guerra do Paraguai cuidando dos feridos e dos doentes, foi cognominada a Mãe dos brasileiros. Naquelas condições difíceis, organizou hospitais de campanha sendo a primeira enfermaria em sua própria casa, em Assunção, e às suas expensas. Metodizou as tarefas em busca da eficácia, com olhos humanitários e a alma voltados tanto para os cuidados dos combatentes da Tríplice Aliança – Brasil, Uruguai e Argentina, quanto para os soldados do invasor Paraguai, indistintamente. Este fato lhe valeu alguns dissabores, havendo quem a admoestasse por tão primorosa conduta ética. Ana Néri, à luz do espocar dos tiros de canhão e aos gemidos de combatentes feridos e agonizantes, passa de mãe de família a extremosa cuidadora de anônimos doentes. Pela imperiosa indissociabilidade do trabalho de médicos e enfermeiros em prol dos doentes, se lhe reconhece o trabalho em campanha e se lhe outorga o galardão de precursora e madrinha da enfermagem brasileira. O cuidado dos feridos, inicialmente de forma empírica e pouco a pouco de forma sistematizada, levou-a a adquirir segurança e confiança, aprimorando táticas de cuidados e criando técnicas próprias no atendimento. Em sua convivência diária com os médicos no trato conjunto das obrigações adquiriu conhecimentos e o bom senso aliado ao seu olhar de mãe que cuida de filhos doentes muitas vezes fez prevalecer sua opinião noutras entrando em discordância com os médicos.” (GRISARD e VIEIRA, 2008)

Seu papel marcou fortemente o comprometimento e o cuidado com os enfermos. Ela é um exemplo de mulher a ser seguido, sua postura fez desabrochar a nobre profissão da enfermagem no Brasil. Voluntária de caridade, Grande Irmã de caridade leiga, Heroína da caridade, Mãe dos brasileiros na Guerra do Paraguai, são alguns dos títulos conferidos a Ana Néri. Retornando de sua missão, é caracterizada por sua bravura e torna-se, mais tarde, a patronesse da primeira escola de enfermagem do Brasil. Por tal motivo Anna é considerada a madrinha da enfermagem brasileira. (GRISARD e VIEIRA, 2008).

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