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A História Da Evolução Da Contabilidade

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Por:   •  26/10/2014  •  2.551 Palavras (11 Páginas)  •  221 Visualizações

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A HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE

1 O surgimento da contabilidade

A Contabilidade é uma das ciências sociais mais antigas do mundo e, dentre suas funções, consta as de registrar, controlar, planejar, analisar e divulgar o patrimônio das entidades, sejam elas com ou sem fins lucrativos, aos seus parceiros sociais, seus stakeholders. Segundo Iudícibus (2000, p.30) “não é descabido afirmar-se que a noção de conta e, portanto, de Contabilidade seja, talvez, tão antiga quanto a origem do Homo sapiens”.

Sá (1999, p.18) observa que, há mais de 20.000 anos, no Paleolítico Superior, quando ainda era primitiva a civilização, mas já havia a indústria de instrumentos, como forma de uso de uma inteligência já desenvolvida, surgiram as observações do homem em relação a suas provisões que eram sua riqueza patrimonial. Sob esta observação foi produzida a idéia originária de “coisa que se pode dispor para obter-se a utilidade, como meio apto para suprir necessidades, ou seja, o patrimônio”.

Para Hendriksen e Breda (1999, p.39), “não sabemos quem inventou a Contabilidade. Sabemos, porém, que sistemas de escrituração por partidas dobradas começaram a surgir gradativamente nos séculos XIII e XIV em diversos centros de comércio no norte da Itália”.

A posse desse conhecimento permitiu ao homem primitivo evidenciar a riqueza patrimonial que detinha, registrando por meio de sua arte com inscrições nas paredes das grutas, por meio de riscos ou sulcos, pinturas e com o uso de pedaços de ossos.

Porém, para Sá (1999), tratava-se ainda de uma forma rudimentar em que as inscrições procuravam, com desenhos, representar a qualidade da coisa, e com rabiscos ou riscos, a quantidade, formando o conjunto qualidade e quantidade, condicionando que, à medida que mais coisas começaram a formar a riqueza, com maior variedade, também mais complexas foram ficando as inscrições, exigindo o aprimoramento dos critérios de registrar essas contas.

Consta na História da Contabilidade, sinais objetivos da existência de contas a 4.000 anos a.C., embora antes disto o homem primitivo já inventariava seus instrumentos de caça e pesca disponíveis, ao contar seus rebanhos, ao contar suas ânforas de bebidas, praticando, assim, uma forma rudimentar de Contabilidade.

Para Iudícibus (2000), a necessidade de contabilizar fatos e ações tornou-se indispensável, tão logo a humanidade começou a viver em sociedade. O controle da riqueza, do crédito, das operações comerciais, o recolhimento dos tributos governamentais dos reinos da época, exigiram um sistema que, com o passar dos tempos foi sendo aperfeiçoado, mas que deixou sua marca inicial bem antes dessa Era.

A história da Contabilidade é contada de várias formas, todavia, o grande marco da ciência contábil foi a Idade Média a partir de 1200 d.C., com a utilização de sistemas de informações de maneira sistemática e padronizada, e já por volta do século XV com a publicação da obra, Summa de Arithmética, Geometria, Proportione et Proporcionalitá, do Frei Luca Paciolli, que iniciou o período científico para a Contabilidade, assim adentrando no período da História Moderna (IUDÍCIBUS, 2000).

Vários fatores foram determinantes na evolução e aprimoramento da Contabilidade, o início deste processo pode ser delegado a cobrança dos impostos, que impunham o controle das riquezas em escritas para a verificação dos tributos, isso registrado na Babilônia e Egito a 2000 a.C., também as operações comerciais e econômicas aos poucos se tornaram complexas, o surgimento do Estado e casas comerciais, começaram a refinar o controle sobre as receitas e despesas.

Segundo Tinoco (1996, p.9), “foi em Pisa, em 1249, que surgiu uma obra de importância capital, escrita por Leonardo Fibonacci, que tratava de cálculo comercial, que o autor aprendeu com os árabes quando viveu e estudou na África do Norte. Para alguns pesquisadores contábeis esta obra representa o marco divisório entre a Contabilidade Antiga e a Contabilidade Moderna”. A obra que Tinoco referencia nesta citação foi o Livro do Ábaco, escrita por Leonardo Fibonacci.

Um outro marco relevante relatado por Hendriksen e Breda (1999, p.39) foi a descoberta e a aprendizagem, para a mente humana, do conceito de zero. Este surgiu no início do primeiro milênio e até então era desconhecido. A partir daí a aritmética e a matemática desenvolveram-se, estabelecendo-se então conceitos de números e valores, tão necessários aos seres humanos e que são sem dúvida o marco inicial do surgimento e do desenvolvimento da Contabilidade (TINOCO 1996, p.8).

Na gênese teórica da Contabilidade, a teoria é um enriquecimento intelectual de um conhecimento que o eleva de simples percepção subjetiva ou prática à generalidade objetiva, raciocinada, sistematizada, valorizada e, deste modo, para se edificar uma ciência, é preciso que se construam teorias, e isto ocorre quando se busca a verdade. Assim, como também a explicação de por que as coisas existem, acontecem ou poderão vir a acontecer.

2 Escola européia e escola anglo-saxônica

A publicação da obra Summa de Arithmética, Geometria, Proportione et Proporcionalitá de Frei Luca Paciolli (1494), deu a Itália o título de berço da Contabilidade, sendo intensificado por vários séculos os estudos da ciência contábil com a produção de inúmeras obras que oficializaram esta ciência. Porém, a doutrina contábil desenvolvida na Itália esteve alicerçada em pontos que não acompanharam a necessidade e a velocidade com que o mercado exigiu, e o usuário desta ciência, buscou a inovação que melhor o atendia. (IUDÍCIBUS, 2000)

A Escola Européia de Contabilidade formada principalmente pela Itália, Alemanha e Inglaterra, fulcrou-se em mostrar a Contabilidade como ciência, e desprendeu-se da importância em atender as solicitações de seus usuários, com excessiva importância da teoria, ausência de flexibilizações e dificultando as necessidades gerenciais sobre as informações já presentes na época.

Segundo Iudícibus (2000), por volta de 1920, impulsionada pelo grande crescimento econômico da América, e corrigindo as falhas da ciência contábil européia, a Escola Norte-Americana firma um novo conceito de Contabilidade, apoiada em um sólido embasamento que contempla, entre outros, o grande avanço e o refinamento das instituições econômicas e sociais e um investidor médio que busca informações permanentemente sobre os elaboradores de demonstrativos financeiros, visando a evidência de suas tendências.

No entanto, a disseminação e a evolução da Contabilidade nos Estados Unidos

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