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A Invisibilidade No âmbito Social

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Por:   •  4/6/2014  •  1.912 Palavras (8 Páginas)  •  360 Visualizações

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A INVISIBILIDADE SOCIAL NO ÂMBITO DO TRABALHO

A Invisibilidade Social é um assunto relativamente novo e se relaciona à forma como são

vistos os trabalhadores de profissões desprovidas de status, glamour, reconhecimento social e

adequada remuneração. Isto numa sociedade onde o nível de consumo de bens materiais é o

agente determinador do posicionamento de cada participante nas classes sócio-econômicas

conhecidas. Assim, os trabalhadores que executam tarefas imprescindíveis à sociedade

moderna, mas assumidas como de categoria inferior pelos mais variados motivos, geralmente

não são nem percebidos como seres humanos, e sim apenas como “elementos” que realizam

trabalhos a que um membro das classes superiores jamais se submeteria. Em conseqüência, o

que não é reconhecido não é visto. O símbolo mais evidente é o uniforme utilizado, indicador

deste “elemento” que trabalha sem qualificação suficiente para pertencer à hierarquia social

dominante. Em paralelo, trabalhos manuais - especializados ou não -, embora fundamentais,

também não têm o devido reconhecimento pela sociedade. Uma das premissas é que, por

serem geralmente sujos, as pessoas os consideram trabalho marginal, além de repetitivo e

destituído de inteligência. São vistos como inferiores pela sociedade em geral, apesar de sua

importância econômica.

INTRODUÇÃO

O presente artigo tem por finalidade analisar a invisibilidade social na sociedade de

consumo. Para tanto, este texto fundamenta-se em relatos acadêmicos e profissionais, que

apontam o fato de que a falta de percepção e preconceito levam as pessoas, no que diz

respeito a trabalhos manuais - especializados ou não –, a não terem o devido reconhecimento

dos mesmos. Embora sendo fundamentais e imprescindíveis, são por muitos considerados

secundários e que, por serem repetitivos, seriam destituídos de criatividade.

Com o intuito de apresentar situações verídicas, o texto apresenta relatos de cinco

autores, dos quais dois foram utilizados como ponto de partida para explicar o teor do título

“o conceito de Invisibilidade

Social tem sido aplicado, em geral, quando se refere a seres socialmente invisíveis, seja pela

indiferença, seja pelo preconceito, o que nos leva a compreender que tal fenômeno atinge tão

somente aqueles que estão à margem da sociedade.”para minha minha colega, o

indivíduo que é socialmente invisível e sua identidade social. a identidade é definida pela relação do indivíduo com os que estão à sua volta, em seu

convívio. É na relação entre o eu e o outro que se constrói a identidade do eu.Dessa forma, podemos definir a Invisibilidade Social como sintoma de uma crise de

identidade nas relações entre os indivíduos das sociedades contemporâneas, protagonista a ‘Cultura do Consumo’, na qual ‘você é o que você consome’. Tomando o

considerando-se

os efeitos da estruturação sócio-econômica advinda do Neoliberalismo, que tem como

aspecto sócio-econômico como bússola para a defesa de uma teoria que justifique o fenômeno

da Invisibilidade Social nos tempos atuais, surge a questão: Seria o “consumismo” um dos

fatores determinantes da invisibilidade humana, por estabelecer padrões de consumo que

ofuscam as individualidades de cada um?o único meio de se construir uma

identidade é através de consumo de bens materiais. Isto se torna explícito nos planos de

“marketing” da maior parte das empresas fornecedoras de bens de consumo. Assim, pode-se

extrair que, quem não possui condições financeiras para pertencer a estes grupos de consumo

de bens materiais, não é percebido pelos membros destes grupos, tornando-se, em

conseqüência, um ser invisível mercadologicamente; e que, para ser reconhecido, terá que se

enquadrar no modelo imposto pelo formato de consumo do grupo ou, pior ainda, no formato

de consumo imposto pela sociedade.

Quando Fernando Braga da Costa (2004) cursava a disciplina Psicologia Social II na

sua graduação na Universidade de São Paulo, recebeu, como incumbência, realizar, por um

dia, um trabalho desprovido de qualificação, isto é, que não exigisse nenhuma formação

escolar ou técnica. A opção de Costa foi pela profissão de gari, ou seja, varredor de rua.

No decorrer do curso de Psicologia, Costa juntou-se em caráter fixo ao grupo de garis

que varriam as calçadas e as ruas da Escola de Engenharia Civil da USP. Durante nove anos,

trabalhou ao menos uma vez

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