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O Sr Humano Vitima Da Humilhação Social E Invisibilidade Publica

Trabalho Universitário: O Sr Humano Vitima Da Humilhação Social E Invisibilidade Publica. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  25/9/2013  •  2.337 Palavras (10 Páginas)  •  629 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA

POLO UNIDERP INTERATIVA

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

DISCIPLINA DE PSICOLOGIA SOCIAL

O SER HUMANO VÍTIMA DA HUMILHAÇÃO SOCIAL E INVISIBILIDADE PÚBLICA

Alexsandra Suzana Soares de Brito (RA 396533)

Anne Jadielle Felix Ribeiro Pereira (RA 397652)

Gracielma Rozário Furtado (RA 396073)

Luma Cordeiro Sales (RA 391270)

Tutora: Joana Darc Nunes dos Santos

São Luís-Ma

2013

Introdução

A condição de marginalidade social vivida devido à atividade tem implicações e determinações de diversas ordens - econômicas, sociais, culturais e psíquicas. Neste contexto, a Psicologia Social, que atua visando à saúde biopsicossocial do homem – ser social, psicológico, histórico e grupal, enquanto disciplina, articula conhecimentos da Psicologia, das Ciências Humanas de forma geral, bem como Sociologia e Antropologia para entender essas questões e suas consequências.

Ferreira e Mendes (apud BARROS; MENDES, 2003) definem o sofrimento como uma vivência intensa e duradoura, na maioria das vezes inconsciente, de experiências dolorosas como angústia, medo e insegurança, oriundas do conflito entre necessidades de gratificação do indivíduo e restrição no ambiente de trabalho. No decorrer deste trabalho abordaremos essas questões complexas e presentes no meio em que vivemos.

O Homem Pobre Vítima de Humilhação Social e Invisível ao Poder Público

A pobreza é uma característica da exclusão social, sentida frequentemente pela classe pobre que é invisível aos olhos da sociedade. A exclusão gera grandes obstáculos sociais, onde o pobre é sempre visto como um ser inferior a prestar serviços e receber ordens com exigências e reclamações, onde o trabalhador é tratado rigorosamente, é angustiante o sentimento de não possuir efetivamente direitos e de não existir no meio de outras pessoas. A humilhação social conhece, em seu mecanismo, determinações econômicas e inconscientes. Deveremos propô-la como uma modalidade de angústia disparada pelo enigma da desigualdade de classes, trata-se de um fenômeno ao mesmo tempo psicológico e político. O humilhado atravessa uma situação de impedimento para sua humanidade, uma situação reconhecível nele mesmo, em seu corpo e gestos, e também reconhecível em seu mundo, em seu trabalho e em seu bairro.

Para o estudo da humilhação social, um dos temas da psicologia social, é necessário entender que se trata de fenômeno histórico, observado pela exclusão recorrente das classes pobres e desprivilegiado do ponto de vista da iniciativa e da palavra. Assim, os estudos de Marx (voltados ás determinações econômicas) e de Freud (voltados ás determinações puncionais), contribuem no sentido de contextualizar o homem em situação Inter Humana, ou seja, o homem havendo-se com outros homens mais do que com mecanismos.

A visão dos bairros pobres parece, às vezes, uma visão de ambientes arruinados: não são bairros que o tempo veio corroer ou as guerras vieram abalar, são bairros que mal puderam nascer para o tempo e para a história. Um bairro proletário não é feito de ruínas, as formas de um bairro pobre não figuram como destroços ou como edifícios decaídos. No bairro pobre, o espetáculo mais parece feito de interrupção, as linhas e as formas estão incompletas, não puderam se concluir. O resultado destas carências e frustrações é que os poderes mesmo da fabricação humana ficam perdidos ou nunca são alcançados; lançam-se em situações sem suporte, gastam-se no ar, sem resposta, são neutralizados. Faltam os instrumentos, faltam os materiais que suportariam o trabalho humano para a configuração de um mundo, para a fisionomia de uma cultura.

A desigualdade é vista pela sociedade como algo normal, e para determinados indivíduos é obtida socialmente, onde as divisões de classes são determinadas pela classe financeira e questões sociais e políticas. O trabalhador tem que trabalhar porque tudo depende do trabalho, numa cidade em que os laços públicos tendem a perder suas qualidades concretas e humanas, absorvidas que estão por imperativos do mercado. A exploração do trabalho alheio, no qual se depara o trabalho das classes pobres em que o auxiliam, a riqueza é para poucos, na política são excluídos de qualquer ato ou decisões governamentais, onde é necessário suportar a brutalidade humana. O trabalho faz experimentar de uma forma extenuante o fenômeno da finalidade devolvida como uma bola; trabalhar para comer, comer para trabalhar. A grande dor do trabalho manual é que são obrigados a se esforçar por longas horas seguidas, simplesmente para existirem.

Fernando Braga da Costa faz uma psicologia critica que pode ser chamada de psicologia com compromisso social. No livro Homens invisíveis relatos da humilhação social, Costa (2004) trata da invisibilidade social de perto. Costa (2004) pesquisou sobre os garis que trabalhavam na Universidade de São Paulo e ao acompanhar a rotina destes garis ele pode perceber e vivenciar as dificuldades dessa atividade tão desqualificada socialmente. A pesquisa traz relatos do autor e dos garis, sendo importante destacar o compromisso que Costa (2004) exerce com a sociedade ao desenvolver este projeto e como desta forma propicia um resultado crítico, uma psicologia crítica, denunciando comportamentos preconceituosos e excludentes por parte da sociedade. Um projeto com compromisso social não deve perder de vista os contextos sociais e políticos nos quais os sujeitos se inserem e é neste segmento que Costa (2004) desenvolveu sua pesquisa.

No livro, Costa (2004) abandona uma prática unicamente tecnicista e volta seu olhar para a diversidade - desigualdade inerente ao seu contexto cultural, valorizando a subjetividade dos sujeitos da sua pesquisa. Ele estabelece uma relação com os garis e busca aprender a realidade deles, a todo o momento, a cada ação, cada gesto; nada pode escapar. O projeto de Costa (2004) é transformação social. Este psicólogo revela sujeitos invisíveis e uma desigualdade que insiste em manter-se invisível para tantas pessoas.

O tema da invisibilidade social aparece na obra de Fernando

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