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A Polêmica Do Aborto No Brasil

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Por:   •  16/12/2014  •  1.913 Palavras (8 Páginas)  •  376 Visualizações

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A POLÊMICA DO ABORTO NO BRASIL.

A expressão “aborto” se caracteriza pela morte do embrião ou feto, que pode ser espontânea ou provocada. Anomalias cromossômicas, infecções, choques mecânicos, fatores emocionais, intoxicação química acidental, dentre outros, podem ser considerados como sendo exemplos desse primeiro caso, que ocorre em aproximadamente 25% das gravidezes. Ele é caracterizado pelo término da gestação de menos de 20 semanas, sendo o sangramento vaginal um forte indício de sua ocorrência. Mais de 50% dessas situações diz respeito a alterações genéticas no embrião.

A polêmica voltou ao centro das atenções , revistas e jornais com a morte da grávida Jandira Magdalena dos Santos, de 27 anos, que saiu de casa para fazer um aborto na Zona Oeste do Rio há cerca de 20 dias e não voltou mais.

Apesar da reconhecida ilegalidade dessa prática, é sabido que muitas mulheres recorrem ao aborto utilizando-se de métodos caseiros; ou mesmo por atendimento em clínicas clandestinas. Deste ato, um número considerável destas sofre complicações, como hemorragias, infecções, perfurações abdominais, podendo desencadear em infertilidade, ou mesmo óbito (é uma das maiores causas de mortalidade materna); sendo por isso reconhecido como um problema sério de saúde pública.

Discussões sobre essa temática são, geralmente, polêmicas, já que é um assunto complexo e delicado. Argumentos como a interrupção da vida de um ser inocente frente à irresponsabilidade de sua genitora de um lado, versus a integridade do filho e da própria mãe diante de uma maternidade não desejada, são sempre pontuados.

Qual a opnião das mulheres em relação ao aborto? Dar instrução as mulheres faria com que elas não mudassem de opnião?

O aborto clandestino é realmente inseguro?A solução seria a legalização?

Qual a estatística de abortos no brasil? Educar é a melhor solução?

QUAL A OPNIÃO DAS MULHERES EM RELAÇÃO AO ABORTO? DAR INSTRUÇÃO ÀS MULHERES FARIA COM QUE ELAS MUDASSEM DE OPNIÃO?

Em 2012, foram realizados 1.542 abortamentos legais por razões médicas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Embora não haja estatísticas confiáveis, pois o assunto é tabu na sociedade e sua prática crime previsto em lei (um a três anos de detenção), calcula-se em mais de um milhão o número de abortos ilegais praticados por ano no Brasil, em geral consumados em locais que exibem péssimas condições de higiene. Além de mortes, os abortos mal sucedidos acabam provocando esterilidade nas mulheres e má formação nos fetos.

Para ter direito de realizar um aborto legal pelo sistema público de saúde, a paciente passa por uma avaliação médica para justificar que corre risco de morte – nem mesmo a gestação de um feto sem cérebro, ou seja, sem qualquer possibilidade de vida, garante a automática execução do procedimento. No caso de estupro, a mulher tem que acorrer à Justiça para provar a necessidade de interromper a gravidez decorrente de uma relação não consentida, algo extremamente constrangedor e traumático numa sociedade como a nossa, machista e misógina. Por isso, em sua grande maioria, nessa situação as vítimas preferem acudir-se em clínicas clandestinas ou em perigosas soluções domésticas.

No entanto, não são esses os principais motivos pelos quais as mulheres recorrem ao aborto, mas sim a gravidez imprevista, fruto de uma relação sexual fortuita ou de uma gestação indesejada. E aqui nos deparamos com o imenso abismo que segrega pobres e ricos no Brasil. As mulheres que possuem dinheiro para pagar esse procedimento obstétrico fazem-no com segurança em clínicas de alto padrão ou mesmo no exterior, com riscos mínimos. Já as de modesta condição financeira veem-se na contingência de submeter-se a charlatães ou a agulhas de tricô que rompem a bolsa amniótica e perfuram o útero. Todo ano, 250.000 mulheres recorrem ao SUS para executar curetagem pós-aborto – outras 10.000 perdem a vida, vítimas de septicemia ou de hemorragias inestancáveis.

Um dos temas mais levantados durante o segundo turno da campanha eleitoral para presidente neste ano, a interrupção da gravidez é hoje considerada crime no Brasil.

Na avaliação de 1.760 pessoas, das 2.200 entrevistadas pelo Vox Populi, a legislação sobre o aborto deve permanecer como está. Apenas 308 entrevistados (14%), são a favor da descriminalização dessa prática e 88 pessoas (4%) não têm opinião formada sobre o assunto ou não responderam.

Entre os habitantes das regiões Norte e Centro-oeste, 89% defendem punição a quem pratica o aborto. No Sudeste, o menor índice, 77% são contra a interrupção da gravidez. 

Segundo a pesquisa, nas grandes cidades, é mais fácil encontrar quem defenda a descriminalização do aborto (19%), do que nos pequenos municípios (9%). Em relação à taxa de rejeição dessa prática, ela é maior entre eleitores com nível superior e atinge altos patamares entre eleitores que se dizem religiosos (86% dos evangélicos são contrários). 

Para 72% dos entrevistados, a governo Dilma não deve sequer propor uma lei a esse respeito.

Com relação ao estudado, percebemos que quanto maior a escolaridade da mulher maior o percentual de mulheres favoráveis a legalização. As mulheres com escolaridade elevado levam em consideração o planejamento familiar e um filho indesejado desequilibraria todo planejamento.

O ABORTO CLANDESTINO É REALMENTE INSEGURO? A LEGALIZAÇÃO SERIA A SOLUÇÃO?

Desde que a pessoa tenha dinheiro para pagar, o aborto é permitido no Brasil. Se a mulher for pobre, porém, precisa provar que foi estuprada ou estar à beira da morte para ter acesso a ele. Como consequência, milhões de adolescentes e mães de família que engravidaram sem querer recorrem ao abortamento clandestino, anualmente.

A técnica desses abortamentos geralmente se baseia no princípio da infecção: a curiosa introduz uma sonda de plástico ou agulha de tricô através do orifício existente no colo do útero e fura a bolsa de líquido na qual se acha imerso o embrião. Pelo orifício, as bactérias da vagina invadem rapidamente o embrião desprotegido. A infecção faz o útero contrair e eliminar seu conteúdo.

O procedimento é doloroso e

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