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A Romã Pedra

Por:   •  4/4/2019  •  Projeto de pesquisa  •  1.037 Palavras (5 Páginas)  •  399 Visualizações

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A ROMÃ

Todo aprendiz maçom que inicia sua caminhada na busca do conhecimento e das verdades que a maçonaria lhe proporciona, inicialmente, com certeza fica fascinado com a riqueza de detalhes e simbolismos existentes no interior de um Templo Maçônico. Verifica por exemplo, a abóbada toda decorada, o oriente rico em detalhes, onde trabalha e conduz a loja o Venerável Mestre, as espadas, os aventais, as colunas do norte e do sul, a ritualística, enfim, é um mundo novo que requer argúcia e perspicácia para que o aprendiz consiga assimilar todos os seus significados e valores.

De minha parte, despertou-me atenção e curiosidade, provavelmente por ser um símbolo que pode passar despercebido num primeiro momento, o conjunto de três romãs existente no ápice das colunas do norte e do sul. Pois bem, é sobre o simbolismo e significado das romãs que pretendo falar, tentando desvendar para os irmãos aprendizes o seu significado.

Primeiramente, vamos conhecer a romã como fruto, para então, entendermos o por quê de sua escolha como um dos símbolos da Maçonaria Universal.

O nome científico da romã é punica granatun e é o fruto da romãzeira, arbusto originário da Ásia Ocidental que, quando cultivada e podada, transforma-se em uma árvore que pode atingir aproximadamente três metros de altura. Suas raízes são tóxicas e tem propriedades medicinais. Sua madeira é muito resistente. Suas folhas são brilhantes e alongadas. Seus ramos são harmoniosamente distribuídos em copas proporcionais. Tem extrema adaptabilidade a qualquer clima. O seu fruto tem forma arredondada, cores vivas e casca extremamente resistente. Deriva de uma flor vermelha coral em forma de coroa que acompanha o fruto, cuja polpa tem sabor agridoce devido à composição cítrica, misturada com um açucarado envolvente e é constituída de uma trama perfeita de centenas de grãos rubros alojados em muitas cavidades, como se cada um desses frutos fosse o resultado de um exaustivo trabalho artesanal. A romã também é utilizada na fabricação de perfumes, tintas, licores e vinhos.

E para nós maçons, qual seria o significado de tal fruto que aparece em citações até no Livro da Lei, como em Êxodos (29:31 a 35), em Números, em Reis, em Crônicas, no livro dos Cânticos, em Jeremias e no Livro de Samuel?

Por tudo que se pesquise e onde se pesquise sobre a romã, sempre haverá forte conteúdo simbólico. Assim, a Maçonaria Universal também adotou a romã como um de seus símbolos, sendo que muitas são as analogias existentes entre a nossa Ordem e esse fruto histórico das quais, resumidamente podemos citar:

  • as sementes da romã são o símbolo da fraternidade maçônica, como também da união e da solidariedade, sendo todas iguais, estreitamente unidas, apoiando-se uma nas outras e agrupadas pelo fruto como um todo que, por sua vez, representa as lojas.
  • a romã simboliza também a harmonia do povo maçônico que, por mais multiplicado que seja, constitui uma e a mesma família por que só com as sementes apoiadas reciprocamente é que o fruto toma sua verdadeira forma. Como as romãs, dentro de nossas lojas somos as sementes: maiores, menores, de aparências diversas, de aspectos diferentes, de pensamentos próprios, nem mesmo professando a mesma religião mas, unidos em torno de uma verdade.
  • as romãs podem ainda Ter simbolismo equivalente ao Feixe de Esopo, pois, da mesma forma que uma lasca de lenha é fácil de ser quebrada, um feixe de lascas não o é; assim, a união de todas as frágeis sementes faz desse fruto um dos mais fortes e resistentes, que mesmo sendo esmagado mantém por muito tempo a sua tonalidade natural, parecendo isento à corrupção da matéria. Pode secar mas, dificilmente apodrece.

Na Mitologia Clássica, também encontramos uma fábula rica em simbolismos para a romã. Diz a lenda que Plutão, que reinava nas profundezas da terra, um dia raptou Persetone, filha do Deus Júpiter e da Deusa da agricultura e da fertilidade Ceres, já que Plutão era um Deus feio e temido, e assim sendo, nenhuma deusa queria servi-lhe de esposa espontaneamente. Ceres a mãe de Perséfone, desesperada, percorreu o mundo à procura da filha e, já imaginando o ocorrido, amaldiçoou o solo, tornando-o estéril. Plantas e animais morreram e as sementes não germinaram. Para fazer voltar a fecundidade à terra, Júpiter pediu a Plutão que devolvesse Perséfone à sua mãe. Porém, enquanto esteve no mundo dos infernos, Persefone havia comido por oferta de Plutão, seis grãos de romã, fruta que simbolizava o casamento, e ao comer essas sementes, sem saber, havia ela contraído núpcias com Plutão e agora não as podia desfazer. No entanto, Júpiter conseguiu um acordo com Plutão, mediante o qual Persefone poderia passar dois terços de cada ano com sua mãe e o restante com o marido, representando assim os períodos de frutificação (primavera e verão) e os períodos de esterilidade (outono e inverno).

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