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A Sociedade do Espetáculo - Guy Debord

Por:   •  16/6/2017  •  Resenha  •  924 Palavras (4 Páginas)  •  623 Visualizações

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Lançado na França em 1967, A Sociedade do Espetáculo tornou-se inicialmente livro de culto da ala mais extremista em Paris, hoje ele já é um clássico em vários países. Em um prefácio de 1982, o autor escreveu que o seu livro não necessitava de nenhuma correção. O “espetáculo” de que fala Debord vai muito além da onipresença dos meios de comunicação de massa, que representam somente o seu aspecto mais visível e mais superficial.

Na obra, o autor apresenta 221 teses, que nos mostram diversas formas onde a realidade pode se formar de espetáculos. Com isso podem ser usadas nos âmbitos de ordens, cultural, econômica, social, política e filosófica. Citando padrões estabelecidos por uma sociedade obsoleta, onde existe inversão e modificação de valores, assim como a visão do ser humano, como “humano” no sentido literal da palavra. Debord explica que o espetáculo é uma forma de sociedade em que a vida real é pobre e fragmentária, e os indivíduos são obrigados a contemplar e a consumir passivamente as imagens de tudo o que lhes falta em sua existência real.

O espetáculo apresenta-se ao mesmo tempo como a própria sociedade, como uma parte da sociedade, e como instrumento de unificação. Enquanto parte da sociedade, ele é expressamente o campo que concentra todo o ver e todo o discernimento. Pelo próprio fato de este campo ser separado, ele é o lugar do olhar iludido e do falso discernimento, e a unificação que realiza não é nada além de uma linguagem oficial da separação generalizada. O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediada por imagens.

As imagens que se apresentam na vida, constituem um mundo à parte, ou seja, as imagens possuem uma própria realidade, que acabam por sua vez, encerrando na construção de diversas realidades que se cruzam em um movimento dinâmico. O espetáculo unifica a sociedade, onde o espetáculo não é um conjunto de imagens, porém uma relação social entre pessoas. Dessa maneira o espetáculo pode intervir no real, mas não de forma abstrata, mas no seu contexto de acabado, por constituir a realidade em produto, portanto é real, mesmo sendo abstrato.

O autor relata ainda que o espetáculo são imagens que viram uma interação social entre pessoas, mediante o espetáculo. É a irrealidade de uma sociedade real. Sob todas as formas como a propaganda, publicidade, e o consumo direto do entretenimento, assim o espetáculo constitui de uma forma única de consumo.

Segundo o autor, na fase inicial da economia há um desdobramento de definições sociais, onde o ser perde espaço para ter. Já na contemporaneidade, o ter perde espaço para validar o parecer, transformando imagens em realidade social, sendo, portanto, uma reconstrução material da ilusão religiosa trazendo à tona a necessidade de sonhar e nesse mundo de sonho, o sistema econômico separa o trabalhador de sua produção, ocasionando uma produção circular de isolamento.

O surgimento do espetáculo é a perda da essência do mundo, e a expansão gigantesca do espetáculo moderno revela o quão grande foi essa perda. Todo trabalho particular e a produção geral, se traduz perfeitamente no espetáculo. Desse modo, levando a sociedade espectadora a se distanciar do conhecimento de sua própria existência. O espetáculo na sociedade corresponde a uma fabricação concreta

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