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A VIDA HUMANA

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Por:   •  14/10/2013  •  894 Palavras (4 Páginas)  •  431 Visualizações

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Deus me quer defendendo e promovendo a vida hoje, num tempo em que a vida não é mais um valor reconhecido como deveria, é banalizada e maltratada... Ele me envia aos homens de todos os tempos e culturas, sobretudo quando estes se recusam a aceitá-lo. Não podemos usar a rejeição que nos dão como justificativa para nos acomodarmos. Nossa ação em favor da vida não pode parar. Cristo, para os homens de seu tempo e de sua cultura, andou na contramão, porque confiou no sonho de Deus para cada um daqueles que nãoJean-Paul Sartre escreveu que a esperança é “uma das forças dominantes das revoluções e insurreições”; citando-o, quero dizer que a esperança ainda é capaz de nos oferecer uma visão diferente do futuro que queremos para a humanidade. O apogeu de humanização ainda está por se construir, e ele pode ser conforme os planos de Deus para nós, aliás o que chamamos progresso e humanização, Deus sonha para nós, chamando de “plenitude”, de “vida em abundância”. Deixemo-nos conduzir pelas moções do “Espírito que habita em nós e que vem em auxílio de nossa fraqueza” (Cf. Rm 8, 26), para sermos plenamente felizes.

UMA PROPOSTA DE LIBERDADE PARA OS DIAS EM QUE VIVEMOS

Num documentário de Silvio Tendler (“Um encontro com Milton Santos: o mundo globalizado visto do lado de cá”), Milton Santos diz que ainda “estamos fazendo ensaios do que será a humanidade” e por isso, para que esses “ensaios” se concretizem, ele apresenta seu pensamento como “uma proposta libertária para os dias tumultuados em que vivemos”. Antes, porém, vejamos como ele foi perspicaz, ao apresentar sua visão de mundo.

Segundo ele, “existem três mundos num só”: o primeiro é o mundo que nos apresentam – e não é este o verdadeiro; este é aquele mostrado pela propaganda, pela TV, pela internet etc. Ou seja, este mundo não passa de uma fantasia, uma fábula; o segundo mundo é o que é, tal como o vemos nas praças, nas ruas, nos presídios, nos hospitais etc. é o mundo no qual realmente vivemos. Ele é o fruto de uma “globalização de perversidade”; e enfim, o terceiro é o mundo como ele pode ser, possível graças a uma “outra globalização”. Como dissemos no início, como vão indo as coisas nos nossos dias, é impossível deixar de verificar que em nenhum outro momento histórico as condições técnicas e científicas favoreceram tanto a promoção da dignidade humana e que, ao contrário do que deveria ser, em nenhum outro momento foram tão pouco usadas para esse fim; ao invés disso, usaram-nas para a perversidade.

Se Deus me quer defendendo o evangelho da vida hoje, é porque sabe que tenho condições de mudar o mínimo que seja desta horrível realidade. Se não assumirmos uma responsabilidade que é nossa, abriremos espaço para que o processo de evolução destrutiva continue a oprimir, a ser essa “fábrica de perversidade”, nome dado por Milton à globalização usada inconsequentemente. Essa “fábrica” que é capaz de, sempre mais, produzir desemprego de forma crônica, de fazer a pobreza aumentar, de fazer com que a qualidade de vida da classe média caia, de fazer aumentar a fome e diminuir o salário mínimo etc. Esse fruto é concreto. Não podemos permitir que coisas horrendas continuem a serem vistas como “normais e naturais” (“é normal que haja pobres,

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