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A ocorrência de quantidades ulcerativas

Projeto de pesquisa: A ocorrência de quantidades ulcerativas. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  2/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.390 Palavras (6 Páginas)  •  322 Visualizações

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INTRODUÇÃO

As úlceras por pressão são definidas como lesões de pele ou parte moles originadas basicamente de isquemia tecidual prolongada. Qualquer posição mantida por um paciente durante um longo período de tempo pode provocar lesão tecidual, principalmente em tecidos que sobrepõe uma proeminência óssea, devido à presença de pouco tecido subcutâneo nessas regiões. A compressão dessas áreas diminui o fluxo sanguíneo local facilitando o surgimento de lesão por isquemia tecidual e necrose. (IRION, 2005; SMELTZER; BARE, 2005).

A ocorrência de Úlceras por Pressão (UPs) em pacientes hospitalizados é um grande problema de saúde, podendo acarretar desconforto físico para o paciente, necessidade de cuidados intensivos de enfermagem, aumento do risco para o desenvolvimento de complicações adicionais internação hospitalar prolongada, com consequente aumento dos custos no respectivo tratamento (KELLER, ET AL., 2002). O desenvolvimento da úlcera por pressão (UP) é fenômeno complexo e multifatorial, relacionados com o paciente e com o meio externo, sendo a imobilidade o fator de risco de maior importância nos pacientes hospitalizados. Pacientes em cuidados intensivos são propensos a UPs devido à sedação, alteração do nível de consciência, suporte ventilatório, uso de drogas vasoativas, restrição de movimentos por período prolongado de tempo e instabilidade hemodinâmica (FERNANDES,2000).

As UPs têm prevalência e incidência elevadas no tratamento agudo e de longo prazo em pacientes hospitalizados e/ou acamados, podendo se desenvolverem 24 horas ou espaçar cinco dias para sua manifestação. As estimativas internacionais estimam que entre 3% a 14% de todos os pacientes hospitalizados atualmente desenvolvem UP, e nos pacientes com doenças crônicas e residentes em asilos para idosos a incidência fica entre 15% e 25% (SOUSA, ET AL., 2006). No Brasil, os estudos epidemiológicos sobre o tema ainda são isolados, com casuísticas pequenas, valendo-se de métodos diferentes, o que não possibilita a comparação dos dados. Vale citar o estudo de Rogenski e Santos (2005) que verificaram a incidência de UPs em 39,8% dos pacientes internados em um Hospital Universitário.

Segundo Declair (2002, p. 6):

Nos Estados Unidos em média, 2,1 milhões de pessoas apresentam UP no ano, equivalendo a um custo hospitalar mensal de 4 a 7 mil dólares por paciente. Para tal, no Brasil não existem estatísticas do número de pacientes que desenvolvem UP, pois os casos não são registrados ou notificados a um órgão responsável.

Analisando o estudo de Declair pode-se conferir que a omissão de casos de UP é um agravo para a saúde hospitalar e até mesmo a óbitos. Não havendo, assim, o monitoramento preciso para a redução deste caso.

A determinação do risco do paciente para o desenvolvimento da úlcera é a primeira medida a ser adotada para a sua prevenção. Deve ser realizadas na admissão do paciente e pelo menos a cada 48 horas, ou quando ocorrer alteração em suas condições de saúde, principalmente em pacientes criticamente enfermos que apresentam grande número de fatores de risco. A Escala de Braden, desenvolvida nos Estados Unidos por BERGSTRON et al. (1987), é a mais utilizada mundialmente para a avaliação do risco, e foi validada para a língua portuguesa por Paranhos e Santos (1999), para o uso na população brasileira.

A Escala de Braden apresenta seis sub-escalas (BERGSTRON et al., 1987; PARANHOS e SANTOS, 1999):

1. Percepção sensorial – verifica a capacidade de reagir significativamente à

pressão relacionada ao desconforto;

2. Umidade – refere-se ao nível em que a pele é exposta à umidade;

3. Atividade – diz respeito ao grau de atividade física;

4. Mobilidade – mensura a capacidade do paciente em mudar e controlar a posição de seu corpo;

5. Nutrição – retrata o padrão usual de consumo alimentar;•.

6. Fricção e Cisalhamento – mostra a dependência do paciente para a mobilização e posicionamento e sobre estados de espasticidade, contratura e agitação que podem levar à constante fricção.

As cinco primeiras sub-escalas são pontuadas de um (menos favorável) a quatro (mais favorável) e a sexta sub-escalas, fricção e cisalhamento, é pontuada de um a três. A somatória total fica entre os valores de seis a 23. Ao final da avaliação de risco do paciente, realizada pelo enfermeiro, o risco é interpretado da seguinte forma: abaixo ou igual a 11 significa um risco elevado, de 12 a 14 risco moderado, de 15 a 17 risco pequeno e maior ou igual 18 risco baixo. Assim, pode-se dizer que quanto menor a pontuação maior o risco para o desenvolvimento da UP (BERGSTRON et al., 1987; PARANHOS e SANTOS, 1999).

A Escala de Braden é um instrumento eficaz no auxílio ao enfermeiro no processo de decisão das medidas preventivas a serem adotadas, de acordo com o risco de cada paciente, pois as UPs sempre foram um problema a ser enfrentado pelos enfermeiros, aos quais eram atribuídas as maiores responsabilidades no reconhecimento dos clientes de risco e por sua associação com a deficiência na qualidade da assistência associada aos fatores predisponentes intrínsecos (percepção sensorial, tolerância tissular aspecto nutricional, envelhecimento, doenças degenerativas) e extrínsecos (umidade, fricção e cisalhamento), que acabam por elevar os índices de UP em clientes hospitalizados

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