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A ética na contabilidade

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Por:   •  21/9/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.286 Palavras (14 Páginas)  •  483 Visualizações

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A ÉTICA NA CONTABILIDADE

1. INTRODUÇÃO

É dever fundamental de todo ser humano, combater a mentira e ter a firme convicção para viver a verdade; não participando de atos ilícitos e não se envolvendo em processos de sonegação, corrupção, fraudes e roubos. Esse compromisso com a verdade deve nos levar a evitar suborno e a preferir o certo ante o errado. Não é por modismo nem tão pouco por idealismo. Discutir a questão da ética é uma ordem para a sobrevivência, são anseios da humanidade. O principal regulador do desenvolvimento histórico-cultural da humanidade tem sido mantido através das atitudes éticas. Ex. Eu posso fazer isto, mas não devo! Respeitar a interdição do ato é a 'nossa morada', optarmos por uma atitude ou comportamento é muito diferente de não fazê-lo, porque existia uma proibição normativa (moral).

Ética implica em assumirmos a responsabilidade da escolha por nós mesmos! Porém, é verdade que a ética por si só não garante o progresso moral da humanidade. Os seres humanos podem concordar sobre princípios como: justiça, igualdade de direitos, dignidade da pessoa humana, cidadania plena, solidariedade, etc. Isto conduz a possibilidades para que esses princípios possam ser colocados em prática, todavia não garante que todos cumpram sua parte. Desta maneira, cidadania tem relação com conquista de qualidade de vida que preserva a dignidade humana, a natureza e o meio ambiente. São indagações profundas que implicam respostas complexas, mas cujas saídas podem estar neste compromisso ético com cada um de nós, em nosso comportamento.

2. COMPORTAMENTO ÉTICO

O comportamento ético tem sido o principal regulador do desenvolvimento histórico-cultural da humanidade. Sem um comportamento ético, ou seja, sem a referência a princípios humanitários fundamentais comuns a todos os povos, nações, religiões, etc., a humanidade já teria se despedaçado até à autodestruição.

As regras éticas estabelecidas pela sociedade, muitas vezes não são obedecidas. Os meios de comunicação, especialmente a televisão, retratam cotidianamente essas cenas. O Brasil já viveu uma fase de crise ética e moral, na qual o valor máximo da sociedade caracterizava-se pelo que ficou conhecido como a 'LEI DE GERSON' (alusão a um infeliz anúncio de cigarros protagonizado por um conhecido jogador de futebol, na qual ele afirmava que o 'o importante é levar vantagem em tudo'). E esta máxima parecia dirigir os comportamentos, passamos a viver em cidades onde os mínimos conceitos de cidadania, de respeito aos direitos do próximo, como parar um automóvel em um sinal vermelho no trânsito, não jogar lixos na rua passaram a serem práticas idiotas. De repente, como acontece com a moda do vestuário, a ética entrou na moda, ou seja, todos falam de ética, todos condenam Gerson, todos parecem preocupar-se com a recuperação de padrões mínimos de comportamento social. O importante é que se compreenda o modismo, pois da mesma forma que a moda do vestuário é determinada não pelo comportamento espontâneo do consumidor, mas por todo trabalho da mídia, a 'moda ética' tem muita a ver com interesses de setores econômicos, sendo que para que essa moda pegue é preciso que cada cidadão e cidadã incorporem esses princípios como uma atitude prática diante da vida cotidiana, de modo a pautar por eles seu comportamento. Isso traz uma consequência inevitável: frequentemente o exercício pleno da cidadania (ética) entra em colisão frontal com a moral vigente. Até porque a moral vigente, sob pressão dos interesses econômicos e de mercado, está sujeita a frequentes e graves degenerações.

É necessário destacar que o estabelecimento de regras no seio de uma sociedade busca proteger o direito das pessoas e da própria sociedade. É de se entender que a violação de uma dessas regras implica em algum tipo de penalidade, mesma que seja somente uma condenação moral. Não só no Brasil se fala muito em ética, hoje. Mas existem motivos de sobra para preocupação, porque o fato é que em nosso país assistimos a uma degradação moral acelerada, principalmente na política.

O tipo de desenvolvimento econômico vigente no Brasil tem gerado estruturalmente e sistematicamente situações práticas contrárias aos princípios éticos: gera desigualdades crescentes, gera injustiças, rompe laços de solidariedade, reduz ou extinguem direitos, lança populações inteiras a condições de vida cada vez mais indignas.

A falta de ética mais prejudica a quem tem menos poder (menos poder econômico, menos poder cultural, menos poder político). A transgressão aos princípios éticos acontece sempre que há desigualdade e injustiças na forma de exercer o poder. Isso acentua ainda mais a desigualdade e a injustiça. A falta ou a quebra da ética significa a vitória da injustiça, da desigualdade, da indignidade, da discriminação. A falta de ética prejudica o doente que compra remédios caros e falsos; prejudica a mulher, o idoso, os negros, o índio, recusados no mercado de trabalho ou nas oportunidades culturais; prejudica o trabalhador que tenta a vida política; prejudica os analfabetos no acesso aos bens econômicos e culturais; prejudica as pessoas com necessidades especiais (físicas ou mentais) a usufruir a vida social; prejudica com a discriminação e a humilhação os que não fazem a opção sexual esperada e induzida pela moral dominante etc.

A atitude ética, ao contrário, é tolerante e solidária: não apenas aceita, mas também valoriza e reforça a pluralidade e a diversidade, porque plural e diversa é a condição humana. A falta de ética instaura um estado de guerra e de desagregação, pela exclusão. A falta de ética ameaça à humanidade. Mas não há como negar que, na vida política, a falta ou quebra da ética tem o efeito mais destruidor. Isto se dá porque o político deve ser um exemplo para a sociedade.

A política é o ponto de equilíbrio de uma nação. Quando a política não realiza sua função, de ser a instância que faz valer a vontade e o interesse coletivo, rompe-se a confiabilidade e o tecido político e social do país.

Do outro lado, uma vida política saudável, transparente, representativa, responsável, verdadeiramente democrática, ou seja, ética, tem o poder de alavancar a autoconfiança de um povo e reerguer um país ameaçado pela desagregação. A ética é um comportamento social, ninguém é ético num vácuo, ou teoricamente ético. Quem vive numa economia aética, sob um governo antiético e numa sociedade imoral acaba só podendo exercer a sua ética em casa, onde ela fica parecendo uma espécie de esquisitice.

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