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AD 1 - FORMAÇÃO ECONÔMICA BRASILEIRA - 2014-2º

Pesquisas Acadêmicas: AD 1 - FORMAÇÃO ECONÔMICA BRASILEIRA - 2014-2º. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  23/8/2014  •  961 Palavras (4 Páginas)  •  582 Visualizações

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Avaliação a Distância – AD1

Período - 2014/2º

Disciplina: FORMAÇÃO ECONÔMICA BRASIÇEIRA

Pesquise no material didático recomendado para o curso e discuta as seguintes questões:

1. Examine as causas fundamentais da crise da economia colonial no Brasil; (3,0 pontos).

Resposta:

A crise da economia colonial agrícola decorreu de dois aspectos complementares, um de caráter interno, e outro, externo. O primeiro foi a expansão dos mercados na colônia, resultado direto do aumento da população e do incremento da produção. Surgiram, em consequência, conflitos de interesses entre colonos e metrópole. Até então, os colonos sentiam-se portugueses em terras brasileiras, tendo, em um mercado pouco expressivo, privilégios garantidos pelo monopólio (exclusivo) comercial e suas restrições à concorrência externa. Com o aumento da produção e o crescimento do mercado interno – sobretudo após o início do ciclo do ouro –, os interesses particulares da colônia foram aumentando de maneira significativa. O pacto colonial passou a ser, então, um empecilho à expansão dos negócios e, portanto, ao potencial de ganhos dos colonos.

O segundo aspecto, referente ao plano externo, eram os efeitos da Revolução Industrial, cada vez mais visíveis na Europa. O processo de acumulação de capital, naquele contexto, centrava-se fortemente na esfera de produção da indústria, com uma rápida incorporação de novas técnicas produtivas que ampliavam largamente seu horizonte de crescimento. O aumento da produtividade na atividade industrial era absolutamente fantástico. Assim, a necessidade de busca e incorporação de novos mercados pelas unidades industriais em formação tornou-se um traço típico da dinâmica capitalista.

2. As experiências de utilização da mão-de-obra imigrante na cafeicultura brasileira (sistemas de parceria e colonato) foram substancialmente diversas. Analise suas diferenças e os principais determinantes do fim do sistema de parceira e do deslanche do sistema de colonato; (4,0 pontos)

Resposta:

O sistema consistia de uma proposta divulgada na Europa por agentes contratados por Vergueiro visando contratar trabalhadores dispostos ao serviço na lavoura, recebendo em troca lotes de pés de café adultos – preparados, portanto, para a produção. Metade do valor da colheita (cotas de pagamento) seria dos imigrantes, logicamente após a dedução dos custos de transporte, impostos e comissões – daí a definição de parceria. Ao trabalhador caberia ainda a exploração de lotes de subsistência – e, se houvesse excedentes, seriam também repartidos com o proprietário. Apesar do conceito de parceria, todo o processo de comercialização e contabilidade fi cava a cargo do proprietário. No entanto, o que acontecia era uma situação completamente distinta daquela apregoada pelos agentes de Vergueiro no recrutamento dos imigrantes na Europa. Começava pelas péssimas condições do traslado.

Muitos imigrantes morreram antes de chegar ao Brasil, devido à falta de higiene, que proporcionava o desenvolvimento de uma série de doenças. Ao chegar, a primeira novidade para os “colonos” (como o Senador denominava esses imigrantes) era a obrigação de pagamento de todo o custo de seu transporte, além do pagamento de juros de 6% ao ano pelo adiantamento oferecido para a manutenção dos trabalhadores durante o primeiro ano de sua chegada. Os imigrantes eram obrigados, por contrato, a permanecer pelo menos quatro anos na fazenda. Além disso, a família imigrante era a responsável legal por cada um de seus membros, de maneira que, se algum morresse, os outros deveriam arcar com o pagamento de sua dívida.

Não é difícil perceber, portanto, que esse sistema não apresentava condições de sobrevivência em longo prazo. As raízes do fim estavam fincadas nas próprias bases do processo.

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