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ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL

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Por:   •  14/5/2014  •  1.259 Palavras (6 Páginas)  •  210 Visualizações

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ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL

No ano de 2003, vários jornais e revistas anunciaram o fracasso da escola brasileira, devido à alfabetização dos alunos em relação à leitura e escrita, essas notícias foram resultados de duas avaliações relacionados às habilidades de leitura das crianças e jovens brasileiros. A primeira é desenvolvida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), sendo este, o Sistema de Avaliação da Educação Básica, o SAEB. A segunda é desenvolvida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), sendo este, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) e envolve diferentes países como EUA, Federação Russa, Espanha, Portugal, Brasil, etc.

Os resultados de acordo com os dados do PISA não são nada bons, as habilidades em leitura de estudantes de quinze anos é expressivamente inferior a todos os outros países que participaram da avaliação e, de acordo com os dados da avaliação do SAEB, realizada em 2001 e divulgada em 2003:

“Apenas 4,48% dos alunos de 4ª série do Ensino Fundamental possuem um nível de leitura adequado ou superior ao exigido para continuar seus estudos. Uma parte deles apresenta um desempenho situado no nível intermediário: 36,2%, segundo o SAEB, estão começando a desenvolver as habilidades de leitura, mas ainda aquém do nível exigido para a 4ª série. A grande maioria se concentra, desse modo, nos estágios mais elementares de desenvolvimento: 59% dos alunos da 4 série apresentam acentuadas limitações em seu aprendizado da leitura e da escrita. Dito de outra forma: cerca de 37% dos alunos estão no estágio crítico de construção de suas competências de leitura (o que significa que têm dificuldades graves para ler) e 22% estão abaixo desse nível, no estágio muito crítico (o que significa que não sabem ler).” (Ciclo Inicial de Alfabetização, p.12, 2003).

E, uma comparação feita por pesquisadores entre os resultados do SAEB com alunos de Ensino Fundamental (4ª e 8ª) séries e Ensino Médio (3º ano), também mostra um resultado nada satisfatório, pois o aumento da habilidade de leitura de uma série para outra é bastante pequeno, o que torna assustador o número significativo de alunos que não aprendem a ler na escola brasileira, produzindo uma grande quantidade de analfabetos ou analfabetos funcionais, significa que, embora as pessoas dominem as habilidades básicas de ler e escrever, não são capazes de usar a escrita na leitura e na produção de textos, na vida cotidiana ou escolar que satisfaçam as exigências do aprendizado.

Porém, devemos nos perguntar por que muitas crianças não tem se alfabetizado? Diante dos vários problemas educacionais acreditamos que no tempo dos nossos avós as coisas eram melhores, que os professores eram mais qualificados, os alunos mais disciplinados e as escolas alfabetizavam com sucesso. Entretanto, os problemas que enfrentamos nos dias atuais têm exatamente a ver com esse passado, pouco antes da Independência, estima-se que apenas 0,20% eram alfabetizadas, o que suponha que ler e escrever eram privilégios da elite. Com o passar do século, pouco a pouco a população se alfabetizavam, em 1872 quando ocorreu o primeiro senso nacional, o índice de alfabetizados de acordo com o artigo de Ferraro (2002) é de 17,7% entre pessoas de cinco anos e mais. A partir do século XX, esse índice começa a aumentar, em 1920 o índice de alfabetizados era de 28,8% e no ano de 1960 foi invertido a proporção, o número de alfabetizados era de 53,3% e até o ano de 2000 83,3% da população eram alfabetizados.

Com base nos resultados do SAEB e posteriormente confirmados pela Prova Brasil surgem às primeiras avaliações externas com foco na alfabetização, devido ao baixo desempenho dos alunos nas séries finais do Ensino Fundamental o que atribui a uma alfabetização que não foi processada adequadamente.

“O propósito básico era o de diagnosticar mais cedo (antes da 4ª série, como até então era comum fazer), para que as intervenções pudessem acontecer também mais cedo. Diferentemente das avaliações do SAEB e da Prova Brasil, que verificam apenas habilidades de leitura, a avalição de Minas Gerais também verificou algumas habilidades de escrita. A partir dessa primeira experiência, Minas Gerais deu continuidade ao programa de Avaliação da Alfabetização regularmente, avaliando crianças no segundo ano de escolaridade e, nos anos subsequentes, também as de terceiro e quarto ano. A meta fixada era a de que toda criança estivesse alfabetizada aos oito anos de idade.” (CAFIERO, ROCHA, p. 80, 2008).

Para isso em 2006 foi realizada em Minas Gerais uma avalição com 27. 066 alunos do segundo ano de escolaridade e somente 0,16% não acertaram nada no teste, nem se quer mostraram habilidades básicas como distinguir letras e números de outros sinais gráficos, somente 7,53%

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