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Acao Social

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Por:   •  10/11/2014  •  550 Palavras (3 Páginas)  •  300 Visualizações

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ACÇÃO SOCIAL LOCAL NUM MUNDO GLOBAL Joaquim Paulo Silva[1] É no local, no quotidiano das vivências reais que os problemas, na sua multidimensionalidade são percebidos, simultaneamente com a necessidade de articulação entre respostas, entre sistemas, em formas de redes e parcerias, cujo escopo passe pelo reforço da condição de cidadania efectiva e activa, dos indivíduos em situação de exclusão social. É, também, no local, que mais e melhor, deve se realizar a democracia, numa matriz de intervenção participada, entre agentes e sujeitos, enquanto actores sociais, concretizando em cada território um “mundo” mais justo, humanizado e solidário. Sublimando as forças da cooperação em detrimento da competição. A acção social local, quando realmente próxima, quando se expressa de forma verdadeira, pela vontade articulada, quando estimulada politicamente e pela acção cívica, quando qualificada por profissionais de forma multidisciplinar, representa uma mais valia, não só para a coesão social, mas para a vida comunitária no global. No entanto, como pode a acção social local ser tudo o que foi supra referido, num mundo globalizado pela via do mercado, da tecnologização, da informatização, impondo limites cada vez mais estreitos à acção do Estado, e portanto, ainda mais às formas de organização local, obscurecendo a ideia do local como decisão, participação, mais democratização e, por último, mas não o menor, de humanização? A globalização libertou os mercados e actuou sobre os Estados, impondo uma forma única, qual Big-brother, de relações humanas, baseada nas trocas e no consumo, no Ter, na desumanização. A comunidade tende a manter, reorganizar identidades, as relações baseadas noser, impondo o humanismo às trocas e ao mercado. É com dificuldade que, no local, a acção social pode organizar-se, perante a fragilidade das estruturas sociais, públicas e privadas. O Sujeito confronta-se consigo e com o seu papel e identidade social, desorganizada, fragilizada por diversas feridas bio-psiquicas, sociais, culturais e espirituais. Só será possível inverter este caminho por uma reacção conjunta dos intervenientes na acção social, instituições, técnicos, políticos, investigadores, docentes, capaz de envolver os cidadãos, oferecendo a estes Sentido e Comunidade, Solidariedade e Humanismo.Construir comunidade, valorizando o sujeito, inovando as formas políticas de acção social á semelhança dos sistemas de informação, organizados em rede (ou redes), sendo a Comunidade o valor mais importante da inclusão, por isso urge reforçar, em circuitos concêntricos, estas redes de modo a tornar mais céleres, acessíveis, menos burocráticos os mecanismos de acesso à cidadania e consequente ás condições de inclusão social.Terão de ser redes comunicantes de pessoas, com pessoas para pessoas, abertas, criativas, de partilha, onde não pode haver lugar a protagonismos mesquinhos, mas a verdadeiras partilhas, redes que se constroem a si próprias, em função dos diagnósticos das avaliações, do empowerment que vai sendo construído. A Acção Social, não pode se vincular a paradigmas político-sociais neo-liberais. Não existe economia sem pessoas. A economia só tem sentido posta ao serviço de todos os seres humanos. A competição louca cria mais economia menos pessoa, promovendo mais pessoas à qualidade de não existência no contexto global do mercado. É no local que podemos começar a inverter estes conceitos. Pôr a economia ao serviço das pessoas. Mais cooperação, menos competição, pela partilha de recursos, bens, emprego, saúde, etc. Mobilizar, cooperar, solidarizar a economia, ecologizar o social, partilhar a diversidade cultural, ao invés de guetizar, SER COM e não TER SEM.

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