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Acidente Vascular Encefálico

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Por:   •  16/1/2014  •  2.656 Palavras (11 Páginas)  •  966 Visualizações

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1. ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

O acidente vascular cerebral é uma patologia que pode ocasionar diversas incapacidades ao paciente. O acidente vascular cerebral (AVC) é definido como a perda súbita da função cerebral em decorrência da irrigação sanguínea insuficiente para uma determinada região do cérebro. Esta patologia pode ser dividida em duas categorias: isquêmica, quando o fluxo é impedido de passar por uma obstrução no vaso sanguíneo, e hemorrágica, quando um vaso sanguíneo é rompido e há extravasamento de sangue, podendo, ambas causar incapacitações temporárias ou permanentes ao paciente (SMELTZER; BARE, 2002).

A saúde no Brasil apresenta um perfil epidemiológico caracterizado por um aumento nas mortes por doenças cerebrovasculares, devido não só à cardiopatia isquêmica do coração, mas também o crescente número de pessoas com deficiência e doenças têm gerado impacto crônico em todos os aspectos da vida.

É neste contexto que os dados de morbidade e mortalidade de doença sistema circulatório têm relevância no país. O que se destaca são as doenças cerebrovasculares, incluindo acidente vascular encefálico ou cerebral (AVE/AVC), que representa a terceira principal causa de morte nos países industrializados e a principal causa de incapacidade entre adultos. AVE, também chamada de doença silenciosa do século que tem o maior impacto e tem uma maior morbidade no grupo de doenças vascular. Ela aparece como a principal causa de invalidez e morte e também com uma consequência importante é a incapacidade dos pacientes afetados em cerca de 40 a 50% das pessoas que sofrem acidentes vasculares cerebrais morrem após seis meses e a maioria dos sobreviventes mostram déficits neurológicos e deficiência residual significativo, o que torna esta doença é a principal causa da deficiência ocidental funcional no mundo. Oliveira (2007) classifica o derrame como isquêmico ou hemorrágico. O primeiro ocorre por obstrução embólica ou trombótica de um vaso a um infarto isquêmico, tendo como principais etiologias a arteriosclerose e hipertensão arterial. O segundo AVE, hemorrágico, ocorre com hemorragias intracranianas ou subaracnóideas, sua causa mais frequente é a hipertensão arterial, a ruptura de aneurisma e malformação arteriovenosa. De acordo com Brasil (2001), os acidentes vasculares cerebrais (AVEs) constituem a primeira causa de morte entre as doenças cardiovasculares no Brasil, principalmente entre mulheres, onde os coeficientes são dos mais elevados quando comparados a países do hemisfério ocidental. Conforme Leal (2009), as pesquisas realizadas mostram que aproximadamente 80% dos AVEs são causados por um baixo fluxo sanguíneo cerebral (isquemia) e outros 20% por hemorragias tanto intraparenquimatosas como subaracnóideas.

1.1. Anatomia e fisiologia

O tecido nervoso depende totalmente do aporte sanguíneo para que as células nervosas se mantenham ativas, uma vez que não possui reservas. A interrupção da irrigação sanguínea e consequente falta de glicose e oxigénio necessários ao metabolismo, provocam uma diminuição ou paragem da atividade funcional na área do cérebro afetada (Rocha, 2003). Se a interrupção do aporte sanguíneo demorar menos de 3 minutos, a alteração é reversível, no entanto, se ultrapassar os 3 minutos, a alteração funcional pode ser irreversível, provocando necrose do tecido nervoso. O AVC pode ser causado por 2 mecanismos distintos, por uma oclusão ou por uma hemorragia (Cohen, 2001).

Um AVC isquêmico ocorre quando um vaso sanguíneo é bloqueado, frequentemente pela formação de uma placa aterosclerótica ou pela presença de um coágulo que chega através da circulação de outra parte do corpo (Cohen, 2001). A arteriosclerose produz a formação de placas e progressiva estenose do vaso. As suas sequelas são então a estenose, ulceração das lesões arterioscleróticas e trombose (Sullivan, 1993). A trombose cerebral refere-se à formação ou desenvolvimento de um coágulo de sangue ou trombo no interior das artérias cerebrais, ou de seus ramos. Os trombos podem ser deslocados, “viajando” para outro local, sob a forma de um êmbolo (Sullivan, 1993). Os êmbolos cerebrais são pequenas porções de matéria como trombos, tecido, gordura, ar, bactérias, ou outros corpos estranhos, que são libertados na corrente sanguínea e que se deslocam até as artérias cerebrais, produzindo a oclusão e enfarte (Sullivan, 1993).O AVC pode ainda ocorrer por um ataque isquémico transitório. Este, refere-se à temporária interrupção do suprimento sanguíneo ao cérebro (Sullivan, 1993).

Um AVC hemorrágico (acontece em 10% dos AVC’s) ocorre devido à ruptura de um vaso sanguíneo, ou quando a pressão no vaso faz com que ele se rompa devido à hipertensão. A hemorragia pode ser intracerebral ou subaracnoideia. Em ambos os casos, a falta de suprimento sanguíneo causa enfarto na área suprida pelo vaso e as células morrem (Cohen, 2001).

1.2. Sinais e Sintomas

Os sinais e sintomas dos AVEs são os mais variados. Qualquer alteração neurológica que apareça de maneira súbita pode ser conseqüência de um AVE. Os achados mais comuns são: fraqueza de membros, dificuldade para caminhar, alterações na fala, alterações visuais, formigamentos pelo corpo, tonteiras e/ou vertigens. Em alguns casos, ocorre rebaixamento do nível de consciência, podendo o paciente entrar em coma. No caso particular das hemorragias intracranianas, a única manifestação clínica pode ser uma forte dor de cabeça, de início agudo. A sutileza de alguns sintomas é, às vezes, a principal causa do retardo na procura de auxílio médico.

Os sinais neurológicos variam, conforme a localização do AVE, no cérebro. Em geral, os pacientes terão paralisia, confusão, desorientação e perda de memória. Um paciente com um AVC num lado do cérebro terá paralisia no lado oposto do corpo (himiplegia), porque as vias nervosas motoras atravessam o cérebro de um lado para outro, no tronco cerebral. Além disso, pacientes com AVE que envolva o hemisfério cerebral esquerdo podem apresentar dificuldades na fala ou na compreensão da palavra falada (afasia) e pacientes com danos ao hemisfério direito do cérebro tendem a apresentar problemas de percepção. De acordo com André (2008), o AVE é a primeira causa de incapacitação funcional no mundo ocidental e constitui a terceira causa de morte no mundo, atrás somente das cardiopatias em geral e do câncer.

Através dos exames complementares permitem direcionar o tratamento e devem ser realizados paralelamente à avaliação clínica. O sinais e sintomas do AVC se apresentam através dormência ou fraqueza da

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