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Administração De Materiais E Logística

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Por:   •  16/10/2013  •  3.823 Palavras (16 Páginas)  •  1.535 Visualizações

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S U M Á R I O

1. Administração dos Recursos Materiais e Patrimoniais ................................................ 04

1.1 Importância e relevância de gerir bem os recursos materiais e patrimoniais de uma empresa ........................................................................................................................ 06

2. Logística integrada ............................................................................................................ 07

2.1 Como administrar o sistema de logística integrada de uma empresa ........................... 07

2.2 Gestão de estoque e compras e sua importância na empresa ....................................... 08

3. Administração Patrimonial de Instalações na prática ................................................... 10

3.1 Empresa A (Atividade: Planos de Saúde) .................................................................... 10

3.2 Empresa B (Atividade: Órgão Público) ........................................................................ 11

3.3 Empresa C (Atividade: Padaria e Confeitaria) ............................................................. 12

3.4 Relatório das entrevistas ............................................................................................... 14

4. Principais Pontos da SUPPLY CHAIN MANAGEMENT (Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos) no contexto das organizações .................................................................. 14

5. Referência Bibliografia ..................................................................................................... 17

1. PRINCIPAIS CONCEITOS SOBRE ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS.

“Como é sobejamente conhecido, sem, contudo ser demais repetir, Henry Fayol diz que administrar é prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Entendemos também que a administração compreende três campos básicos: pessoal, material e financeiro”.

Assim, depreende-se que a administração de material é uma ramificação da Administração Geral.

Numa conceituação moderna, a “administração de material é uma atividade que abrange a execução e gestão de todas as tarefas de suprimento, transporte e manutenção do material de uma organização”, correspondendo, no seu todo, “ao planejamento, organização, direção, coordenação e controle de todas as tarefas necessárias à definição de qualidade, aquisição, guarda, controle e aplicação dos materiais destinados às atividades operacionais de uma organização, seja de natureza militar, industrial, comercial ou de serviços”.

Segundo literatura à disposição, notamos que a administração de material tem por objetivo:

- Preços baixos;

- Alto giro de estoques;

- Baixo custo de aquisição e posses;

- Continuidade de suprimento;

- Consistência de qualidade;

- Pouca despesa de pessoal;

- Relações favoráveis com os fornecedores;

- Aperfeiçoamento do pessoal;

- Bons registros.

A abrangência de atuação da Administração de Material está integrada à atividade de Logística Empresarial.

Neste âmbito, “os materiais podem ser classificados conforme a necessidade e cultura de cada empresa”, segundo diversos critérios, à saber:

- Quanto à utilização – equipamentos, material de consumo, matérias primas e insumos;

- Quanto ao valor econômico – facilidade de obtenção, produção nacional ou estrangeira, possibilidade de substitutivos, multiplicidade de emprego, etc.

- Quanto ao valor estratégico – utilização ligada a segurança nacional, existência ligada a escassez ou abundância de jazidas minerais ou vegetais.

A política de material de cada empresa varia de acordo com suas características e contexto.

A padronização é uma técnica básica da política de materiais em uso nas organizações, assim como o acompanhamento do ciclo de material.

De suma importância dentro desta sistemática é o processo de procura e obtenção do material, tendo em vista que a globalização ampliou as fontes fornecedoras.

Outros fatores de relevância dentro do processo de controle do material são o transporte, a armazenagem e a administração do estoque.

Para tudo isso, é necessário que a organização esteja muito bem organizada, a fim de que alcance os níveis de eficiência na sua atividade.

Nesse ínterim, destacamos abaixo algumas providências e técnicas que levam à a tal eficiência:

- Organização e Métodos – estudos e métodos administrativos e de produção, além da adequação aos métodos otimizados e vice-versa. Ex.: reengenharia, otimização de processos;

- Qualidade – atendimento à necessidade do cliente. Incentivará a mudança da cultura organizacional, passando pela renovação individual, levando à quebra de paradigmas;

- Informatização – implantação de ferramentas eficientes para a administração e gestão modernas, mediante o levantamento das necessidades de informação, delimitação das possibilidades versus custo e investimento em pessoal, instalação, programas e equipamentos.

Enfim, em resumo, como bem nos orientam MARTINS e ALT (2011), “a administração dos recursos materiais engloba a sequencia de operações que tem seu início na identificação do fornecedor, na compra do bem, em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento, em seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e, finalmente, em sua distribuição ao consumidor final”.

No tocante à administração de recursos patrimoniais, os autores supramencionados, primeiramente, conceituam “patrimônio” como o “conjunto de bens, valores, direitos e obrigações de uma pessoa física ou jurídica que passa a ser avaliado monetariamente e que seja utilizado na realização de seus objetivos sociais”.

De acordo com este magistério, “administrar o patrimônio significa gerir os direitos e obrigações, ou, de outro modo, os ativos e passivos da empresa. Pode ser representado pela equação que segue:

Patrimônio líquido = Ativo – Passivo

Assim, define-se administração de recursos patrimoniais como a “sequencia de operações que, assim como a administração de recursos materiais, tem início na identificação do fornecedor, passando pela compra e recebimento do bem, para depois lidar com sua conservação, manutenção ou, quando for o caso, alienação” (Ob. cit p. 5).

1.1 Importância e relevância de gerir bem os recursos materiais e patrimoniais de uma empresa.

A gerência de materiais é um conceito vital que pode resultar na redução de custos e no aperfeiçoamento do desempenho de uma organização de produção, quando é adequadamente entendida e executada. É um conceito que deve estar contido na filosofia da empresa e em sua organização.

Os materiais em geral representam a maior parcela de custo de produtos acabados, mostrando que são responsáveis por aproximadamente 52% do custo do produto numa média empresa e, em alguns casos, podem chegar a 85%. O investimento em estoque de materiais é tipicamente de 1/3 do ativo de uma empresa.

Administrar materiais é fazer um exercício de provedor, analista, pesquisador e programador. É, acima de tudo, colocar a empresa como um organismo viável a todos que dela participam.

Por igual forma, administrar patrimônio permite que a organização mantenha sob índice e níveis de qualidade e preservação de seus ativos, sendo sempre bom lembrar que, com crescente escalada dos custos é importante gerir bem seus estoques e seu patrimônio produtivo de forma a utilizá-los com a máxima eficiência e eficácia.

Como consequência, a empresa poderá se destacar em evolução contínua em seus produtos e serviços.

2. LOGÍSTICA INTEGRADA

2.1 Qual a melhor forma de se administrar o sistema de logística integrada de uma empresa, de maneira a controlar uma complexa rede de fatores, visando a produzir e distribuir produtos e serviços para satisfazer o cliente?

Segundo os ensinamentos de MARTINS e ALT (2011, p. 326), “a logística é responsável pelo planejamento, operação e controle de todo o fluxo de mercadorias e informação, desde a fonte fornecedora até o consumidor”. Nessa concepção os autores concluem que, “dentro do espírito da empresa moderna, o básico da atividade logística é o atendimento do cliente.

Contudo, para satisfação do cliente, desde a produção até seu atendimento final, houve um grande número de transações entre setores envolvidos, integrando-se em um grande sistema, gerando o que definimos como “Sistema Integrado de Logística”.

MARTINS e ALT nos orientam que, “para um melhor entendimento do sistema integrado de logística, devemos antes recordar três importantes conceitos. Primeiro, um sistema é uma série de grupos de atividades aparentemente independentes, mas que, agindo sinergeticamente, possibilitam a conclusão de um objetivo. O fato de todas estarem otimizadas não necessariamente significa a otimização do sistema. Segundo, grupos de atividades são áreas específicas de atuação dentro das diferentes empresas envolvidas no sistema, melhor ainda, subsistemas especialistas. Terceiro, interfaces são fronteiras, às vezes tênues, entre grupos de atividades que permitem fluxo de informações e materiais de forma sincronizada” (ob. cit, p. 328-9).

Assim, partindo desses conceitos básicos, para definirmos qual a melhor forma de se administrar o sistema de logística integrada de uma empresa, “três pontos devem ser estabelecidos: a) o que os clientes querem; b) o nível do serviço que os clientes recebem da empresa comparado com o que recebem dos concorrentes; c) como o serviço da empresa se compara (benchmarking) com os competidores diretos, indiretos e de outros mercados”.

Sequencialmente, “devem ser medido os custos da cadeia logística” e “estabelecer metas exequíveis”, ou seja, metas que possam ser alcançadas sem atrapalhar o desempenho da empresa.

Deve-se, ainda, adotar medidas confiáveis na maneira de comprar, fabricar, vender e entregar, ou seja, para melhora do desempenho logístico, usar ferramentas que assegurem que os elementos da cadeia logística sejam eficientes.

Enfim, “comprar ou desenvolver sistemas de informação necessários para entender, controlar e otimizar a cadeia logística com base no negócio real da empresa aprimora o desempenho da logística e ajuda a empresa na localização de áreas nas quais melhorias trarão lucros adicionais”.

“Cada vez mais se ouve a expressão: competitividade pelo tempo, isto é, a rapidez de resposta aos desejos do consumidor torna-se fator decisivo de diferencial competitivo entre as empresas”.

Assim, que a melhor maneira de conseguirmos administrar o sistema de logística integrada de uma empresa é “por meio do gerenciamento otimizado do sistema logístico, ou seja, tratando este sistema considerando os relacionamentos nele existentes”, a fim de estabelecermos métodos de melhorias que não signifiquem aumento dos custos.

2.2 Gestão de estoque e compras e sua importância na empresa.

MARTINS e ALT (2011, p. 167) dizem que “o estudo do papel dos estoques nas empresas é tão antigo quanto o estudo da própria administração. Como elemento regulador, quer do fluxo de produção, no caso do processo manufatureiro, quer do fluxo de vendas, no processo comercial, os estoques sempre foram alvo da atenção dos gerentes”.

E, mais, “visto como um recurso produtivo que no final da cadeia de suprimentos criará valor para o consumidor final, os estoques assumem papel ainda mais importante. Hoje todas as empresas procuram de uma forma ou de outra, obter uma vantagem competitiva em relação a seus concorrentes, e a oportunidade de atendê-los prontamente, no momento e na quantidade desejada, é facilitada por meio da administração eficaz dos estoques”.

MARTINS e ALT entendem que “os estoques devem funcionar como elemento regulador do fluxo de materiais nas empresas, isto é, como a velocidade com que chegam à empresa é diferente da velocidade com que saem (ou são consumidos), há necessidade de certa quantidade de materiais, que ora aumenta, ora diminui, amortecendo as variações” (ob. cit. p. 192).

Dentro desse contexto, os autores supracitados ressaltam, que: “quando administram estoques, os gerentes estão cuidando de parcela substancial dos ativos da empresa” (ob. cit. p. 174).

Sobre este importante aspecto da administração de estoques, ADILSON KOCH em seu artigo intitulado Logística de Armazenagem, Distribuição e Gestão de Estoques, ensina que “a utilização de modernas técnicas de gerenciamento de estoques adequadas à realidade da empresa, possibilita meios de minimizar impactos financeiros negativos pela imobilização desnecessária de capital em estoques, assegurando máximos níveis de atendimento aos clientes”.

Destaca, ainda, que “um dos princípios básicos de gestão de estoques é como os investimentos em estoques impactam os negócios da empresa o que representa capital imobilizado e sem liquidez imediata, representando custos financeiros para a empresa”.

Por fim, alerta que “o maior desafio é minimizar o risco entre a sobra ou a falta de produtos para atender o cliente, mas esse risco sempre existirá”, de forma que, “o segredo está em minimizá-lo”.

Quando o assunto é comprar, segundo KOCH (art. cit.), “cada caso deve ser avaliado conforme previsão de necessidade específica. Isso inclui análise de dados no que diz respeito à localização dos pontos de venda, tamanho do mercado, análise da concorrência, variações demográficas em termos de renda, sexo, idade, etc. A medida exata da compra desafia o profissional de compras a equilibrar os benefícios de um alto giro com o risco da falta de mercadorias”.

Entende que a “gestão de estoque e planejamento de comprar andam todo o tempo juntos”, pois “a gestão de estoques eficaz vai por água abaixo se não houver antes o planejamento das compras”.

Assim, seguindo os ensinamentos supramencionados, verificamos que “a manutenção de estoques traz vantagens e desvantagens às empresas. Vantagens no que se refere ao pronto atendimento aos clientes, e desvantagens no que se refere aos custos decorrentes de sua manutenção. Compete ao administrador de materiais encontrar o ponto de equilíbrio adequado à empresa em certo momento, embora os benefícios decorrentes do pronto atendimento sejam mais difíceis de ser avaliados do que os custos decorrentes”, passando por um bom controle e planejamento das compras.

3. ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAL DE INSTALAÇÕES NA PRÁTICA

3.1 EMPRESA A (não autorizada identificação)

Atividade: Planos de Saúde

a) Como a empresa recebe e processa o pedido do cliente.

Os pedidos de compra de materiais são recebidos via e-mail conforme solicitação dos setores, depois de recebido o pedido, o mesmo é encaminhado às empresas fornecedoras para que seja feita uma cotação, depois de realizada a cotação e identificado o melhor valor a cotação é finalizada e encaminhado o orçamento aos setores que solicitaram.

b) Como é realizada a compra de suprimentos, insumos e matéria-prima.

A compra dos materiais, suprimentos e insumos, é realizada conforme a demanda, qualidade do produto e valor, e conforme a urgência da solicitação dos mesmos.

c) Como são classificados e armazenados, na empresa, os suprimentos, insumos e matéria-prima.

Os suprimentos são classificados como itens X, Y e Z, ou seja, alto valor, médio valor e baixo valor, e são armazenados no estoque da empresa conforme determina a curva ABC, itens mais importantes, intermediários e menos importantes, onde a verificação é feita em um determinado espaço de tempo de consumo, ou seja, de 6 meses a 1 ano.

3.2 EMPRESA B: Ministério Público Estadual (Procuradoria-Geral de Justiça)

Atividade: Órgão Público.

a) Como a empresa recebe e processa o pedido do cliente.

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 127, define o Ministério Público (MP) como uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Em palavras simples, o Ministério Público é o advogado da sociedade, dos interesses sociais e individuais indisponíveis (como o de órfãos e interditos). Cabe ao MP, exigir dos poderes públicos e dos serviços de relevância pública respeito aos direitos elencados na Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia. O MP, portanto, é a instituição que a nossa Constituição atribui a defesa da sociedade, e para tanto atende o público em geral em suas mais diversas áreas de atuação, direta e indiretamente. Assim, é necessário toda uma estrutura (instalações físicas dotadas de materiais de escritório e expediente, de informática, etc...) para realizar referido atendimento.

b) Como é realizada a compra de suprimentos, insumos e matéria-prima.

Toda a compra de materiais e insumos necessários visa o atendimento das condições necessárias ao bom desempenho das funções dos membros (Promotores e Procuradores de Justiça) em suas atividades fins, bem como, todos os setores auxiliares.

Os pedidos diversos de materiais são regularmente recebidos pelo Departamento de Compras, que é subordinado à Diretoria de Administração do órgão, onde é montado um processo formal sendo definida a modalidade da compra, ou seja, direta (dentro da previsão orçamentária mínima) ou por processo licitatório, seguindo os moldes das Leis Federais nºs 8.666/1993 e 10.520/2002.

A compra de materiais de expediente, serviços de manutenção e demais produtos necessários, são adquiridos de acordo com a previsão anual de consumo, além da identificação setorizada de bens e equipamentos considerados imprescindíveis às atividades institucionais, a exemplo da renovação do parque de informática que precisa constantemente ser renovado. Utiliza-se, atualmente, o sistema de registro de preços em atas, onde as empresas fornecedoras cadastram previamente seus preços, quantidades e marcas, mantendo-os durante o prazo de 01 (um) ano, facilitando a aquisição de produtos comumente utilizados.

c) Como são classificados e armazenados, na empresa, os suprimentos, insumos e matéria-prima.

Os suprimentos e materiais de consumos são armazenados em quantidades suficientes para atendimento imediato das Promotorias e Procuradorias de Justiça, bem como secretarias e departamentos administrativos, por um período de até trinta dias. O sistema de armazenagem é classificado como

Quando detectada a baixa dos estoques dentro de determinado nível de segurança que não venha a comprometer a continuidade dos serviços públicos prestados, informa-se ao departamento de compras que, automaticamente, inicia novo processo de compras.

3.3 EMPRESA C: PADARIA DICO

Atividade: Padaria e Confeitaria.

a) Como a empresa recebe e processa o pedido do cliente.

A padaria atende seus clientes nas vendas de balcão, com atendimento direto ao consumidor, assim como processa seus pedidos via telefone ou sua página na internet, pelo site: www.panificadoradico.com.br . Faz entrega com veículo próprio e atende encomenda de eventos e outras empresas.

b) Como é realizada a compra de suprimentos, insumos e matéria-prima.

As matérias primas básicas para funcionamento do estabelecimento são: farinha de trigo, sal, açúcar, fermento, emulsificantes, enzimas, produtos para melhoria de massa e água.

A aquisição da farinha de trigo deve ser regularmente com características e propriedades homogêneas, devido à grande variedade de tipos e de qualidade oferecidos.

A escolha e compra de matérias primas obedece a critérios rigorosos, porque delas depende o volume, o sabor e a qualidade do produto oferecido que levam a manutenção do padrão de qualidade da padaria.

Um dos insumos mais importante para a padaria é a energia utilizada na produção e funcionamento dos fornos e armazenamento de produtos, tendo que ser constantemente monitorada.

Hoje, com a instalação de diversos fornecedores da área de panificação em nossa Capital, já é possível a aquisição à medida das necessidades, em tempo integral, evitando o comprometimento da área de produção.

c) Como são classificados e armazenados, na empresa, os suprimentos, insumos e matéria-prima.

O estabelecimento mantém um sistema informatizado de dados gerados pela produção e venda de produtos diários, imprescindíveis para controle de estoque, produção e vendas, produzindo informações valiosas sobre a administração da padaria, seja sobre o nível e giro do estoque, produtos mais vendidos, número de clientes, horários de maior

atendimento, etc.

Como mencionado no item anterior, com a variedade de fornecedores de produtos de panificação em nossa Capital, o estabelecimento não precisa mais manter grandes estoques, especialmente de produtos rapidamente perecíveis.

Entretanto, em relação a produtos com prazos de validade mais longos, a padaria mantém estoques reguladores que permitem a produção por até seis meses, prevenindo-se dificuldades de aquisição (mercado interno ou externo), bem como se resguardando contra alterações e variações de preços de mercado, a exemplo da farinha de trigo que tem seus preços dolarizados.

3.4 Relatório das entrevistas

Na entrevista com as empresas cada participante do grupo buscou nas empresas onde desenvolve suas atividades laborais, informações e dados sobre a cadeia logística e sistema de armazenamento.

No caso da empresa A, atuante no ramo de prestação de serviços e intermediação de planos de assistência médico-hospitalares, as informações advieram de um dos integrantes de um dos setores integrantes do departamento responsável pelo controle da logística, controle e manutenção de estoques.

Na empresa B, em verdade, um órgão público de fiscalização com atribuições constitucionais, as informações foram colhidas com diversos servidores públicos integrantes dos diversos departamentos integrantes dos departamentos responsáveis, que seguem regras próprias e pré-estabelecidas pela legislação federal para aquisição de bens e serviços por órgãos públicos.

Na empresa C, o controle de logística e armazenamento é feito diretamente por um dos proprietários, que apesar das alterações que o mercado exige e oferece, ainda mantém técnicas conservadoras e estreitamente ligadas administração familiar do negócio.

4. PRINCIPAIS PONTOS DA SUPPLY CHAIN MANAGEMENT (Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos) NO CONTEXTO ATUAL DAS ORGANIZAÇÕES.

De acordo com Nazário (1999) apud Souza, Carvalho, Liboreiro (2006), “maximizar a utilização de ativos, maximizar a utilização da atual cadeia de suprimentos incluindo a tecnologia da informação, temos nos anos 1970 preocupações voltadas à eficiência dos objetivos operacionais. Nos anos 1980, a eficiência estratégica foi a preocupação. Nessa época, sistemas como reservas de passagens aéreas funcionaram como uma forte vantagem competitiva. Hoje, a gestão da cadeia de suprimentos é um bom exemplo onde ambos, objetivos e utilização de tecnologias da informação, contêm aspectos de eficiência operacional e estratégica.”

A complexidade e multiplicidade de relacionamentos dentro da cadeia de comercialização têm que ser equacionadas para um mesmo objetivo, que é a missão da empresa. Essa missão do comprador tem que estar equacionada com a missão do fornecedor, suas práticas de mercado e padrão ético. O gerenciamento eficaz do SCM é baseado no relacionamento direto dos que trabalham diariamente, pois a idéia é reduzir os lead-times e estoques ao mínimo necessário.

Conforme Chopra e Meindi (2001), apud Souza, Carvalho, Liboreiro (2006), a informação é essencial para tomar boas decisões de gerenciamento da cadeia de suprimentos porque ela proporciona o conhecimento do escopo global necessário para tomar boas decisões. A tecnologia da informação proporciona as ferramentas para reunir essas informações e analisá-las objetivando tomar as melhores decisões sobre a cadeia de suprimentos. Strati (1995), apud Souza, Carvalho, Liboreiro (2006), confirma esta proposição argumentando que as organizações estão deixando de ser sistemas relativamente fechados para transformarem-se em sistemas cada vez mais abertos. As fronteiras estão se tornando cada vez mais permeáveis, e em muitos casos difíceis de se identificar. A separação entre empresa e o ambiente passa a ser delimitada por uma tênue linha divisória, incerta e mutável. Muitas vezes, a empresa se confunde com o ambiente, misturando fornecedores e clientes. Fica difícil saber onde termina a cooperação e começa a concorrência. Lambert, Cooper e Pagh (1998), apud Souza, Carvalho, Liboreiro (2006), entendem que o SCM pode ser considerado uma tentativa de estabelecer um corte transversal das fronteiras organizacionais visando viabilizar a gestão de processos entre corporações. Os próprios autores advertem que “gerenciar uma cadeia de suprimentos é uma tarefa desafiadora e que muito mais fácil escrever definições sobre esses processos do que implementá-los”.

Seguindo as conclusões de Oliveira e Longo (2008, Gestão da Cadeia de Suprimentos. IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras), um dos pontos principais é que o gerenciamento adequado da cadeia de suprimentos “possibilita a redução de custo sem que haja diminuição do lucro” e, consequentemente, do produto final.

Sob o mesmo enfoque, Oliveira e Longo (2008) apontam como é de grande importância “o processo de aquisição para o resultado final”, pois esta função, a ser desempenhada pelo setor de suprimentos, “definirá o diferencial de uma empresa para outra”.

Por fim, “com relação a cadeia de suprimentos, é de extrema importância a diminuição dos problemas de comunicação entre o setor de suprimentos e as obras. Para os processos internos, deverão utilizar computadores interligados entre si e formalizando processos administrativos de requisição de compras, facilitando a aquisição de serviços e/ou compra de materiais para a devida aplicação nas obras. A disponibilidade destas informações aumenta a flexibilidade com respeito a saber, quanto, quando e onde os recursos podem ser utilizados para obtenção de vantagem estratégica” (art. cit).

5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ATIVIDADE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO. Capítulo 1 - Administração de Materiais - Artigo 1 - Generalidades. (2013, 08). Disponível em: https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0B_JxzreNM-0wNzYwZDRjMmEtNGRkYi00MjNkLWJkNjEtNzc3ZTgxN2EzOWU0&hl=pt_BR. Acesso em 30 de agosto de 2013.

FRANCISCHINI, Paulino G.; GURGEL, Floriano C do A. Administração de materiais e do patrimônio. 1. ed. São Paulo: Pioneira, 2004.

KOCH, Adilson. Logística de Armazenagem, Distribuição e Gestão de Estoques. Publicado em 07/12/2008. Disponível em: https://docs.google.com/document/d/1Q9SF-81LBvKfoYtFtuFvz_ZuBV-4rvlGLX3YRo41qTM/edit?hl=pt_BR&pli=1. Acesso em: 28 de agosto de 2013.

MARTINS, Petrônio Garcia; ALT., Paulo R. C.. Administração de Materiais e Logística. PLT 222, partes 1, 2 e 3. 3ª ed. Especial Anhanguera. São Paulo: Saraiva, 2011.

OLIVEIRA, Marcos Berberick de; LONGO, Orlando Celso. Gestão da Cadeia de

Suprimentos. IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008. Disponibilizado pela Tutora Presencial Ivanilza Silva de Jesus em: 10 de setembro de 2013.

VIANA, João José. Administração de Materiais. São Paulo: Editora Atlas, 2008. Disponível em: https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0B_JxzreNM-0wNzYwZDRjMmEtNGRkYi00MjNkLWJkNjEtNzc3ZTgxN2EzOWU0&hl=pt_BR. Acesso em: 20 de agosto de 2013

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