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Além Do Pib

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Por:   •  3/10/2013  •  1.358 Palavras (6 Páginas)  •  249 Visualizações

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Além do PIB: uma visão crítica sobre os avanços metodológicos na mensuração do desenvolvimento sócio econômico e o debate no Brasil contemporâneo.

(Carmem Aparecida Feijó, Envio Valente, Paulo de Carvalho)

Para o acompanhamento da performance econômica de um país, os indicadores chaves são: o PIB, a taxa de desemprego e a taxa de variação dos preços. O PIB é o mais utilizado, já que indica a evolução da produção de bens e serviços, dando-nos a ideia do ritmo do país na produção de riqueza. Porém, mesmo com a importância e popularidade o PIB é objeto de críticas por parte de acadêmicos, políticos e formadores de opinião de maneira geral.

O PIB é definido como o indicador que mede o valor total de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos dentro de um território econômico de um país durante determinado período, ele não foi criado para medir o progresso, o bem-estar ou a qualidade de vida, somente para medir o crescimento econômico.

Os argumentos utilizados nas críticas ao PIB são:

1. Há um conjunto de atividades tais como o trabalho doméstico, o trabalho voluntário etc., que não são consideradas no cálculo do PIB;

2. O PIB não leva em conta a destruição de riqueza (especialmente ambiental), necessária à produção de riqueza (bens e serviços mercantis);

3. O PIB contabiliza transações que diminuem ou refletem queda do bem-estar da sociedade;

4. O PIB não contabiliza a produção ilegal, oculta/ subdeclarada que faz parte da economia informal;

5. Em consequência, o PIB não é um bom indicador do bem-estar das sociedades.

Entretanto, mesmo em meio as críticas, o PIB é reconhecido internacionalmente e definido como a derivada de um sistema de contabilidade aplicado para organizar informações econômicas de forma a se aprender sobre o funcionamento de uma economia monetária do ponto de vista agregado, permitindo organizar a produção de demais estatísticas econômicas. Exalta-se que em grande parte dos países, a produção da estatística do PIB é de responsabilidade de órgãos públicos que realizam levantamentos estatísticos sistemáticos junto a domicílios e empresas, tanto nas áreas rurais como urbanas, com o objetivo de coletar informações para alimentar o sistema de contabilidade nacional, dentre outros fins.

Ao analisar que o crescimento econômico não implicava necessariamente desenvolvimento social, os órgãos produtores de estatísticas desenvolveram um conjunto de indicadores sociais em complemento ao PIB. Combinando indicadores de expectativa de vida, rendimento e educação, o IDH (Índice de desenvolvimento humano) tornou-se a principal referência. O índice, de alguma forma, mensuraria o bem-estar da sociedade, porém há críticas principalmente quanto as mudanças de metodologia e sua não adoção como estatística oficial pelos institutos de estatística. Além do IDH existem: O IPH (Índice de pobreza humana), o IDG (Índice de desenvolvimento ajustado ao gênero), o ISH (Index Social Health), entre outros.

Há um número cada vez maior de estudos e um certo esforço pelos órgãos oficiais de estatística dos países de incorporar o uso de recursos naturais e à degradação ambiental nas contas nacionais. As propostas variam da construção de contas periféricas (mantendo inalterada o cálculo do PIB convencional), até a formulação completa de um novo sistema de agregação de informações que não se restrinja apenas às transações de natureza econômica.

O bem-estar está associado à ideia de que o desenvolvimento deve englobar as dimensões econômica, social e ambiental. Várias tentativas de elaboração de indicadores de bem-estar foram desenvolvidas, com o objetivo de mensurar a evolução da qualidade de vida. A noção de felicidade sugere uma ideia mais abrangente do que a do bem-estar, porém há questionamentos quanto ao conceito e o índice correto, o qual poderia ser mensurado o índice de felicidade da população de determinado país.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos em determinada região, porém sem considerar o êxito e o benefício para a população. Ou seja, há controvérsias quanto ao cálculo do índice, uma vez que, não há distinção entre o que é ou não produtivo. O PIB é utilizado apenas para medir o fluxo de riqueza, não levando em conta os custos sociais e ambientais envolvidos na sua produção. O Brasil, por exemplo, é um país rico em recursos naturais porém estes não são contabilizados.

O índice deve ser compatível com os tempos atuais. Paralelamente, novos indicadores foram criados para complementar os dados indicados pelo PIB, uma vez que a ideia de riqueza e o conceito de desenvolvimento foram se modificando. Há estudos sendo realizados para que sejam encontrados os cálculos corretos para medição de dados que seriam importantes para a conclusão da análise de desenvolvimento da região, como o bem-estar e a felicidade da população.

Vários recursos deveriam ser analisados e destacados, não observando apenas a produção e sim a renda e o consumo. É importante destacar que não é mensurado no indicador as atividades pessoais, saúde, a educação e especialização, entre outros dados importantes. Diante dos fatos, um planejamento de pesquisas aprimoradas seria parte da solução para encontrar o real cálculo do índice de desenvolvimento da região. Porém, há dúvidas se seria

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