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Analise Critica Dos PCNs

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Por:   •  15/10/2014  •  2.708 Palavras (11 Páginas)  •  2.648 Visualizações

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Análise crítica dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s)

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) são uma reunião de documentos que influenciam na maneira de educar das escolas e instituições estudantis de todo o Brasil. Para uma análise mais profunda, é necessário explicar inicialmente o que são eles e por que têm tanta importância para um pedagogo.

Unindo características da proposta da Pedagogia Moderna, com adaptações dos ideais de autores como Piaget, Valsiner, Vygotsky, que pressupunham, em geral, que o ensino lúdico e divertido seria mais eficiente que a velha e costumeira metodologia clássica com atributos rudes e opressivos, onde o professor era visto como o único ser com sapiência e moral dentro de uma sala de aula e os alunos eram tratados quase como prisioneiros de uma “maquina de ensinar” chamada escola, que mais alienava do que lecionava; viu-se necessário criar um parâmetro de ensino moderno para auxiliar de forma completa e complexa os professores e instituições à trabalhar com o aluno. Houve uma proposta que contou com a participação de professores do ensino fundamental, técnicos de secretarias municipais e estaduais de educação, membros de conselhos estaduais de educação, representantes de sindicatos e entidades ligadas ao magistério, para a realização dos PCN’s, que foram definitivamente formulados por uma equipe de especialistas do Ministério da Educação (MEC), com o objetivo de “estabelecer uma referência curricular e apoiar a revisão e/ou a elaboração da proposta curricular dos Estados ou das escolas integrantes dos sistemas de ensino” (Hênio Delfino,01/03/2008)

Os PCN’s orientam os professores de todo o país com a metodologia para ensinar, e não tem força de lei com a intenção de ser adaptado pelas diferentes regiões do Brasil, cada qual com suas limitações ou cultura que tem peso sobre o ensino e também como forma de oferecer uma padronização do mesmo; estão divididos e organizados por disciplina, o MEC disponibiliza os documentos com o objetivo de disponibilizar uma boa qualidade de ensino para todos no país.

Essa motivação a favor da educação foi uma ótima forma de mudar o conceito de ensino, regular a aprendizagem da forma mais eficaz sem agredir a sociedade e completamente adaptado à realidade brasileira. O que mudou a forma de pensar daqueles que já começaram a aprender em escolas que seguiam esses parâmetros, que seriam passados para as próximas gerações, realizando uma mutação positiva em massa da sociedade quando voltada para o lado psicológico. É comum escutar que a “educação é a base de tudo”, que não deixa de ser uma verdade dogmática, pois quando se transforma um alicerce, como a educação, há uma reconstrução de todo o acabamento, nesse caso a sociedade. Obviamente essa mudança não é exageradamente abrupta e repentina, pois ainda existem aqueles que se recusam a mudar um método clássico em que aprendeu a viver, por acha-lo eficiente, com aquela frase comum “foi assim que eu aprendi, é assim que vou ensinar”, que não deixa de ser um erro, pois a sociedade muda naturalmente e é necessário ensinar os novos a viver nessa nova sociedade, e não prepara-los para viver num tempo do passado.

Esses PCN’s encontram um bloqueio ainda comum, que necessita ser quebrado: A falta de ajuda da família. Com essa ótima orientação curricular e influencias de metodologia na escola, ainda existe dificuldades em colocar os pais para participar da vida estudantil dos filhos. Esse seria um dos motivos pelo qual a mudança social não foi repentina, pois a família e seu apoio (e o entendimento da modernidade como uma evolução e não como uma regressão) são também parte da base. Se a educação é o alicerce da vida em sociedade, é necessário lembrar que educação não é tida apenas nas escolas. Existem muitas outras instituições com a finalidade de ensinar, como a família, grupos, ligações religiosas em geral e a própria experiência do aluno com sua vida e aquilo que o circula. Mudar a metodologia das escolas é uma enorme mudança, mas é válido lembrar que as influencias das outras formas de ensino permanecem influenciadas pela maneira antiga do ensino.

O passo primordial já foi dado. Com esses novos parâmetros de ensino nas escolas, a preservação do aluno como pessoa aparece como objetivo, trazendo mais efetividade de ensino por evitar traumas e por tentar adaptar as vivências (mesmo que poucas) dos alunos, deixando o período de ensino menos “chato”. Atribuindo diversidade ao ensino, como materiais lúdicos, leitura, escrita, experiências praticas, métodos de inserir a vida real na sala de aula, o aprender se torna mais fácil e prático, oposto ao antigo método da repetição e da ordem quase militar dentro da sala. É visível que é importante, segundo os PCN’s, mostrar para o aluno que ele já faz parte da vida social, retirando dele o sentimento de exclusão por ser uma “mera criança” num “mundo dos adultos”.

É notável a importância dada às praticas de brincadeiras, com o objetivo de tornar a vida dentro da escola interessante e estimulante o suficiente para que aquilo que foi aprendido realmente seja lembrado. Muito diferente do que se pensava nos métodos antigos, onde uma palmatória era a forma de fazer o aluno lembrar, que o fazia querer não esquecer para não ser punido fisicamente num ambiente hostil. Fazer lembrar por meio da alegria e atividades é mais eficiente e mais “humano” do que com a dor, humilhação e vergonha.

Os PCN’s foram divididos em ensino fundamental e ensino médio, para maior aplicabilidade, devido à diferença de idade e de disciplinas que esses períodos têm; há também os RCN’s, para a educação da pré-escola.

A escola é vista como uma preparatório para uma vida em sociedade, sendo que o aluno nunca esteve vivendo fora dela, entretanto, não tem experiência suficiente para agir completamente sem ajuda. Para isso, as dinâmicas entre os estudantes, o ambiente com pessoas diferentes, a necessidade de fazer amigos, o ensino da prática do esforço/recompensa, a pratica de compartilhar as coisas entre muitos outros, fazem com que a vida (não necessariamente vida futura) de cada um seja menos comprometida por erros com consequências sociais (exclusão de um grupo de amigos, brigas, desprezos, ser mal visto, etc).

Esses PCN’s visam estruturar essas brincadeiras e jogos para que não sejam apenas “brincadeiras e jogos”, ou seja, o professor instruído pelos parâmetros deve saber que mostrar ao aluno o objetivo do jogo ou a moral da história faz toda diferença, pois esta se torna uma experiência prática a ser aplicada. Cabe, então, ao educador orientar toda a dinâmica de uma aula lúdica. Vale ressaltar

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