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Analise Custo/volume/lucro

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Por:   •  4/5/2013  •  4.043 Palavras (17 Páginas)  •  1.662 Visualizações

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ANÁLISE CUSTO/VOLUME/LUCRO

Sabe-se que o processo de planejamento empresarial envolve a seleção de objetivos, bem como a definição dos meios para atingir tais objetivos. Neste sentido, cabe assinalar que a maximização dos lucros constitui o objetivo mais relevante e clássico de qualquer organização empresarial com fins de lucro. Contudo, o lucro é uma variável-resultado, ou seja, é a conseqüência final da gestão empresarial, para qual concorrem muitas outras variáveis tais como receitas, custos, despesas, volume ou nível de atividade etc. Por esta razão, para a alta administração das organizações empresariais, é de vital importância dispor de uma técnica de análise que permita estudar os inter-relacionamentos entre as variáveis acima mencionadas, bem como a influência das mesmas em relação ao lucro., Tal técnica existe e é conhecida como Análise de Custo-Volume-Lucro, doravante denotada por ACVL.

A ACVL está baseada numa série de supostos simplificadores, dentre os quais cabe mencionar os seguintes:

a) Os preços de venda permanecerão constantes para qualquer nível de atividade ou, em outras palavras, não há interdependência entre o preço unitário e o volume de produção. Este suposto garante que a receita será uma função linear, que dependerá apenas do volume de vendas e, conseqüentemente, poderá ser representada, graficamente, por uma reta.

b) Todos os custos e despesas podem ser decompostos em uma parte fixa e outra variável ou, em outras palavras, qualquer custo e/ou despesa poderá ser classificado como custo ou despesa variável, ou como custo ou despesa fixo. Este suposto inclui os custos e despesas semi-variáveis ou semi-fixos, os quais deverão ser decompostos para efeitos da análise.

c) O montante dos custos fixos permanecerá constante para qualquer nível de atividade, ou seja, os custos fixos totais independem do volume de produção. É importante salientar que este suposto diz respeito aos custos fixos totais e não aos custos fixos por unidade, dado que, neste último caso, haverá uma relação inversamente proporcional entre o volume de produção e o custo fixo por unidade.

d) O montante dos custos variáveis será diretamente proporcional ao volume de produção ou, em outras palavras, será uma função linear que dependerá apenas do nível de atividade, e poderá ser representado por uma linha reta. Igual ao caso anterior, este suposto refere-se aos custos variáveis totais e não aos custos variáveis unitários, dado que, estes últimos, deverão permanecer constantes para qualquer nível de atividade.

e) Os preços dos insumos permanecerão constantes para qualquer volume de compras ou, em outras palavras, não haverá interdependência entre o preço unitário dos insumos e a quantidade de insumos comprados e/ou utilizados.

f) Durante o período de tempo correspondente ao horizonte de planejamento, não haverá mudanças na política administrativa, no processo produtivo, na eficiência de homens e máquinas, nem no controle de custos. Este suposto garante que o comportamento dos custos e despesas não sofrerá modificações durante o período de planejamento.

g) No caso de empresas multiprodutoras, a participação dos diversos produtos na receita total, durante o período de planejamento, obedecerá a uma relação predeterminada. Este suposto garante que a participação de cada produto na receita total, permanecerá constante, mesmo que a receita aumente ou diminua.

h) O volume de produção e o volume de vendas apresentarão um alto grau de sincronização, isto é, não haverá mudanças significativas dos níveis de inventário.

É evidente que a validade de alguns supostos é maior do que a de outros, e que esta validade diminui, em geral, gradativamente na medida que o horizonte de planejamento é maior. Por esta razão, é importante que quem efetua, ou interpreta, a ACVL, tenha presente os supostos a fim de compreender suas limitações.

A ACVL pode ser utilizada com sucesso para subsidiar a tomada de decisões, bem como para auxiliar os processos de planejamento e controle empresariais. Entre as decisões que podem ser abordadas satisfatoriamente por esta técnica cabe mencionar, por exemplo, decisões de fabricar ou comprar, substituição de equipamentos, decisões de fechamento de empresas, introdução de novas linhas de produtos e/ou eliminação de outras, determinação de preços de venda etc.

Em relação ao planejamento e controle empresariais, a ACVL fornece importantes subsídios que facilitam a elaboração de orçamentos, bem, como a projeção do lucro, dado que a análise supõe conhecido o comportamento dos custos e despesas, em relação ao nível de atividade, o qual constitui um requisito indispensável para a elaboração de qualquer orçamento.

Finalmente, cabe salientar que a ACVL pode ser aplicada tanto em empresas industriais, quanto em empresas de serviços, públicas ou privadas, com fins lucrativos ou sem eles.

SUPOSIÇÕES DA ANÁLISE CUSTO-VOLUME-LUCRO

A análise CVL está baseada num conjunto de suposições que limitam suas conclusões e especificações:

 Preço de venda não se altera com a quantidade vendida;

 A empresa trabalha com um único produto;

 Os custos podem ser segregados em fixos e variáveis e o comportamento destes obedece a uma expressão linear;

 A produtividade e eficiência são constantes;

 A quantidade produzida é igual à quantidade vendida.

Formação de resultado diante do comportamento dos custos fixos e variáveis

A análise do comportamento dos custos, diante de parâmetros definidos, tais como volume de produção ou outras medidas físicas, constitui relações objetivas nos modelos de planejamento, controle e tomada de decisões. Alguns custos são tradicionalmente identificáveis, como, por exemplo, o custo de material direto, que possui comportamento bastante definido em relação às unidades produzidas, o que denominamos de custo variável. Os custos variáveis mudam em proporção às mudanças no nível de produção.

Os custos fixos são aqueles que, durante períodos de tempo, não se alteram em função do volume de produção. É o caso do salário do chefe da fábrica, que não varia em função da produção ou do volume de vendas.

O fator crítico para compreender o comportamento

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