Analise Do Filme Gravidade

A)

Em Gravidade, o maior conflito que existe é dentro da Doutora Ryan Stone, ela é uma mulher que não tem mais vontade de viver, acredita que já perdeu tudo na vida. Enquanto o comandante Matt Kodalski é o oposto, uma pessoa alegre, brincalhona, que acredita ainda ter muito o que viver. Não existem dialogos profundos entre os personagens, eles são poucos, precisos, mas são justamente nesses dialogos que percebemos a forma que se dá a interação entre eles. Enquanto a Draª Ryan é apenas uma personagem sofrida, o comandante Matt Kowalsky é um astronauta experiente que sabe quais providências deve tomar e como agir emocionalmente para que Ryan se acalme. É possivel perceber alguns conflitos externos e internos durante o filme.

O Primeiro conflito é quando eles recebem instruções do comando da missão para abortar a missão e iniciar uma evacuação de emergência. Mas Ryan não obedece a ordem e continua tentando consertar o painel de comunicação, então Matt ordena que ela pare. Logo após isso eles começam a ver os detritos vindo em sua direção. Os detritos danificam seriamente a nave e deixam Ryan à deriva.

O segundo conflito é quando eles chegam a EEI, que Ryan consegue se segurar nas cordas do paraquedas e fica segurando Matt por um cabo, ele ao perceber que os cabos não iriam aguentar o peso dos dois pede para Ryan solta-lo, mas ela se recusa, então ele se solta, ficando a deriva.

Outros dois conflitos acontecem simultaneamente, quando Ryan percebe que a Tiangong está sem combustivel, tenta uma comunicação via rádio com a estação chinesa, mas acaba interceptando uma outra transmissão. Ao tentar dialogar com essa pessoa e não obter sucesso ela começa um dialogo cheio de signicados mostrando que acredita que vai morrer naquele momento e que mesmo assim ainda sente medo. Acredita que não tem ninguém na terra que se preocupe com ela, que vá orar pela alma dela. Ao ouvir a pessoa cantando para um bebê, lembra de sua filha e que cantava para ela dormir, então decide desistir e desliga o suprimento de oxigênio do módulo para cometer suicídio. Assim que Ryan está perdendo a consciência Matt reaparece e entra no módulo. Os dois tem um dialogo onde ele diz que ela pode usar os propulsores de voo para conseguir chegar até a Tiangong e durante a conversa ele a faz perceber que está na hora dela começar a viver, na hora de voltar para casa. Mesmo o aparecimento do comandante tendo sido uma mera ilusão, Ryan percebe que ele estava certo, que estava na hora dela parar de apenas existir na terra, mas sim de começar a viver, reabrindo assim o oxigênio e seguindo as instruções dadas por ele. Sem conseguir se atracar a Tiangong, ela se ejeta e usa um extintor para chegar a estação. Os detritos também atingiram a nave, que começa a cair em direção à Terra. Mas Ryan consegue entrar na cápsula Shenzhou enquanto a Tiangong vai sendo destruida. É a força de vontade e o instinto de sobrevivência que nascem de sua angustia que são os verdadeiros responsáveis pelo final que tem a Drª Ryan.

Em todos os conflitos que acontecem durante o filme, é possível perceber que a Drª Ryan vive em uma espécie de vazio emocional ocasionado por um trauma sofrido anos atrás na Terra, enquanto o comandante Matt Kowalsky é o alivio cômico da situação, um homem galante que adora a vida. Ao decorrer da história, ele mostra acreditar de que ela é capaz de conseguir voltar a terra sozinha. Para isso ela precisa se livrar do torpor, literal e emocional, para sobreviver. Mas ela só consegue isso depois que tem um ultimo dialogo com Matt que na realidade não passou de uma ilusão.

B)

A historia gira em torno das situações vividas pela Dra. Ryan, que apesar de ser a protagonista, deixa transparecer seus conflitos internos tonando-a sua própria antagonista em vários momentos. Durante a maior parte do filme quem a acompanha é o astronauta Matt Kowalski, que além de ser considerado co-protagonista, pois ajuda a personagem principal, mas apesar de orienta-la e possuir forte influência dando esperanças de voltar viva para a terra, desperta ainda mais os conflitos pessoais da protagonista e até mesmo em alguns momentos indo de contra aos seus pensamentos. Outros antagonistas encontrados na trama é o Espaço, pois além de ser o cenário principal é o maior rival no qual sempre ocorrem fatores que atrapalhe a missão a ser concluída, assim como o tempo cronológico que pode ser percebido através da respiração ofegante da personagem e pela sua visão através do capacete espacial.

C)

Sim, o filme é cheio de cenas que possuem exposição de informação. No ínicio do filme já é possivel notarmos isso quando eles colocam frases dando caracteristicas especificas do local que se passa a história. Quando Matt conta a história de que foi traído pela mulher durante uma viajem espacial que fez em 1996, mesmo ele mostrando durante o filme que é um cara galanteador e feliz, pode-se acreditar que ele só se soltou da Drª Ryan quando eles chegam a EEI porque queria realmente ficar a deriva no espaço -cometer suicidio- e não porque ele acredita que o cabo não vai aguentar os dois, como ele diz no filme. Na cena em que a Drª Ryan informa que eles já estão a uma semana no espaço. No momento em que a engenharia admite que a Drª havia informado sobre um problema no painel de comunicação, mas mesmo assim eles não fizeram nada, deixando assim então que o painel realmente tivesse um problema. Na hora que Houston fala que foi um privilégio trabalhar com Matt e pede para ele aproveitar sua útltima caminhada no espaço. Mesmo Matt sendo um astronauta experiente, ele pergunta a Drª Ryan quanto tempo durou o treinamento dela e ela responde que foram 6 meses, contando com as férias. Quando Ryan diz que trabalha em um laboratório e um pouco depois Matt pergunta a ela o que é o sistema de sondagem e ela explica que são apenas mais dois olhos para examinar os limites do universo. Diz que é usado em hospitais, mas que aquele é apenas um protótipo, então Matt diz que eles