Analise Horizontal E Vertical

1. IMPORTÂNCIA DA PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DOS DADOS DE ANÁLISE

A padronização dos dados de análise devem atender os requisitos estabelecidos pela Lei 6404/1976.

A padronização das demonstrações financeiras tem como finalidade facilitar o desenvolvimento dos processos de análise. Conforme afirma Ribeiro (2011).

A elaboração de demonstrações padronizadas para fins de análise é importante, pois as demonstrações elaboradas pelas Entidades, publicadas ou não, contêm um número excessivo de contas. Essas contas, se forem analisadas de forma em que se encontram, poderão causar embaraços ao analista. Assim, a sintetização das contas e dos grupos de contas extraídos dos grupos originais e transportados para demonstrações padronizadas agilizam o processo de análise e facilitam as tarefas dos analistas.

Seguindo essa linha de raciocínio, Bramili (2007) apresenta as seguintes vantagens proporcionadas pela padronização:

Simplificação: transcrição das contas para o modelo de padronização reduz o número de contas do balanço;

Comparabilidade: só faz sentido analisar um balanço após o seu enquadramento num modelo que permita comparação com outros balanços;

Adequação aos objetivos da análise: existe pelo menos uma conta que deve sempre ser reclassificada “Duplicatas Descontadas” do Ativo Circulante para o Passivo Circulante;

Precisão nas classificações de contas: o analista pode encontrar balanços e demonstrações de resultado com falhas nas classificações de contas, portanto deverá reclassificá-las.

Descoberta de erros: há sempre erros, intencionais ou não, verificados nas demonstrações financeiras. No caso de desconfiança das demonstrações financeiras deve-se suspender a análise até que se esclareçam as dúvidas;

Intimidade do analista com as demonstrações financeiras da empresa: a padronização obriga o analista a pensar em cada conta das demonstrações financeiras e decidir sobre sua consistência com outras contas, sobre a classificação que deve dar a ela, enquanto a transcreve para o modelo predefinido de padronização.

Ribeiro (2011) faz algumas considerações importantes no que tange a padronização:

• Na padronização foram efetuados ajustes para melhor adequar a demonstração à Análise de Balanços.

• Não constam, na padronização, contas retificadoras, pois as contas principais já devem ser informadas com seus saldos devidamente ajustados. É feita exceção à conta Duplicatas Descontadas, que deve ser, reclassificada no Passivo Circulante.

• As contas do Ativo Circulante e do Passivo Circulante foram reclassificadas em Operacional e Financeiro.

• O total do grupo Receitas Diferidas, deve ser adicionado ao grupo das Reservas de Lucros.

• Para facilitar a coleta de dados, pode-se, no Balanço Padronizado, englobar os subgrupos Investimentos, Imobilizado e Intangível do Ativo Não-Circulante em um só, que poderá receber a denominação de Ativo Fixo, ou de “Ativo Não-Circulante – Realizável a Longo Prazo”.

Na padronização das demonstrações contábeis é importante considerar a inflação, pois caso não seja considerada a poderá distorcer os resultados da análise, pois haverá perda do poder aquisitivo.

2. ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL

A análise vertical e horizontal devem ser utilizada em conjunto, são mais detalhadas, na qual englobam todos os itens das demonstrações, apontando possíveis falhas.

Segundo Bramili (2007) os objetivos da análise vertical e horizontal são:

Análise vertical: mostrar a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e, através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores, permitir inferir se há itens fora das proporções normais.