Anencefalia

ANENCEFALIA

A anencefalia é um “defeito” no tubo neural, havendo a ausência das porções craniana e cerebral. Essa ausência ocorre logo cedo no desenvolvimento fetal e danifica o tecido que formará o cérebro e a medula espinhal. Quando a porção superior do tubo neural não se fecha, o resultado é a anencefalia.

Ainda não se sabe o que de fato a causa. Há vários fatores de risco: se um casal teve um filho com anencefalia, a chance de ter outro com a doença são de 4%, ou 40 vezes maior que na população geral; a carência de ácido fólico antes e no início da gravidez aumenta o risco em duas a oito vezes. Outros fatores são defeitos no metabolismo do ácido fólico, diabetes materna, falta de vitamina B12, uso de certos anticonvulsivantes, obesidade e febre na gravidez.

Para o melhor entendimento, o ácido fólico é uma vitamina do complexo B presente no espinafre, aspargo, brócolis, vegetais de folhas verde-escuras, fígado, frutas cítricas e gema de ovo. Consumindo 400 microgramas desse ácido, de três meses antes da concepção até o terceiro mês de gestação, pode haver uma redução no risco em até 70%.

Muito se discute o aborto de fetos anencéfalos, mas pouca atenção se dá à prevenção da malformação. Embora haja óbito geralmente até a primeira semana de vida, pode ocorrer à sobrevivência, em alguns casos, por até meses após o nascimento.

O aborto deveria sim ser favorável, pois não seria justo submeter a mãe carregar consigo um feto que infelizmente não tem nenhuma perspectiva vida futura. Para que haja a retirada de um feto anencéfalo é preciso entrar na justiça para conseguir uma autorização para o aborto, pois a legislação brasileira só autoriza o aborto imediato em casos de estupro e risco a gestante.

Para que não haja qualquer preocupação com a gestação, não existe melhor caminho se não a prevenção. Planejar uma gravidez é um ato de amor e responsabilidade que as mães devem ter, para que o seu futuro bebê possa crescer e se desenvolver de forma mais adequada possível.