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Análise De Custos

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Por:   •  25/9/2014  •  4.620 Palavras (19 Páginas)  •  300 Visualizações

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Análise de Custos

Capítulo 1

Como objetivos de aprendizagem, este capítulo desenvolve:

➢ Os conceitos, finalidades e tipos de custo padrão;

➢ As diferenças entre o custo padrão e os custos orçados e estimados;

➢ Critérios para a construção do custo padrão dos elementos do custo de um produto;

➢ Metodologia para a apuração e a análise das variações entre o custo real e o custo padrão;

➢ Considerações sobre o custo padrão, tecnologias e conceitos de produção e o sistema de informação contábil.

Definido o método de custeio, a etapa seguinte consiste em escolher a forma ou o sistema de custeio. Como já vimos, a forma de custeio está ligada à teoria e aos modelos de mensuração. Nesse momento, trata-se de optar pelo padrão monetário a ser utilizado dentro do método de custeio.

O modelo de mensuração natural parece ser obviamente o custo real. Nos primórdios da contabilidade de custos, isso era uma verdade. Contudo, a consolidação dos conceitos de planejamento, orçamento, administração por metas ou objetivos, desenvolvimento de produtos trouxe a necessidade gerencial de antecipação da informação do custo futuro dos produtos e serviços. Tendo em vista que para calcular o custo real é necessário o uso de informações passadas, surgiu o conceito de custo padrão. O custo padrão é calculado com base em eventos futuros de custos ou eventos desejados de custos, que podem ou não acontecer na realidade da empresa.

1.1 Definição

Segundo Peleias (1999), um padrão representa medidas físicas e monetárias, relativas a elementos de receita e ao custo dos eventos, transações e atividades adequadamente mensurados, que deveriam ser atingidos a partir de condições preestabelecidas, vinculadas à decisão de elaborar uma unidade de produto ou serviço, em um determinado momento de tempo (PELEIAS, Ivan Ricardo. Contribuição à formulação de um sistema de padrões e análise ótica do modelo Gecon. São Paulo, FEA/USP, Teste de Doutoramento, 1999, p. 102.)

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O custo padrão tem as seguintes características:

➢ Compõe-se de elementos físicos e monetários;

➢ Utiliza, dados e informações que devem acontecer no futuro;

➢ Deve ser cuidadosamente predeterminado, dentro de basesunitárias;

➢ Aplica-se basicamente a operações repetitivas, servindo como medida predeterminada estável para processos e atividades organizacionais específicas;

➢ Deve servir como modelo de comparação ou meta.

Custos orçados ou estimados

A diferença entre custos orçados ou estimados e custo padrão é que os custos orçados procuram identificar os custos que deverão ocorrer no futuro, enquanto que o custo padrão pode incorporar metas de realização de custos. Os custos orçados têm por base antecipar os gastos que deverão ocorrer e que afetarão o custeamento dos produtos. Em outras palavras, os custos orçados ou estimados têm como foco os custos que devem acontecer, enquanto o custo padrão tem como foco os custos que deveriam acontecer.

1.2 Finalidades do Uso do Custo Padrão

O custo padrão é uma das técnicas para avaliar e substituir a utilização do custo real. Independentemente de a empresa utilizar o método do custeio direto ou do custeio por absorção, ela pode fazer uso do conceito de custo padrão. O custo padrão se diferencia do custo real no sentido de que ele é um custo normativo, um custo objetivo, um custo proposto ou um custo que se deseja alcançar.

Por isso, na elaboração do padrão, a empresa pode incorporar metas a serem atingidas pelos diversos setores fabris e operacionais, de modo que tais avaliações de custos sejam alcançadas. Nesse sentido, o custo padrão é uma ferramenta indispensável para o controle dos custos, das operações e das atividades.

O custo padrão pode ser utilizado para diversas metas ou objetivos. Entendemos, porém, que o maior objetivo do custo padrão está ligado aos conceitos de controle empresarial. Assim, os objetivos mais importantes do custo padrão seriam:

a) Determinação do custo, que deve ser o custo correto;

b) Avaliação das variações ocorridas entre o real e o padronizado;

c) Definição de responsabilidades e obtenção do comprometimento dos responsáveis por cada atividade padronizada, servindo como elemento motivacional;

d) Avaliação de desempenho e eficácia operacional;

e) Base para o processo orçamentário.

Além disso, podemos identificar outros aspectos importantes, como veremos a seguir.

Substituição do custo real

O custo real representa ocusto ocorrido. Como instrumento de planejamento estratégico ou operacional, o custo real não tem nenhum significado. O custo real para a avaliação de inventário serve apenas para atender às necessidades legais e fiscais da contabilidade empresarial.

O custo real tem validade apenas no sentido de que, após a análise de sua variabilidade, em cima de um custo padrão, identificam-se as causas das variações e, por meio delas, possibilita-se a correção dos rumos atuais.

Para o dia-a-dia, o custo padrão tem muito mais utilidade que o custo real. Além disso, o custo real apresenta muita variabilidade unitária, uma vez que depende do volume de atividade, produção ou venda.

Adicionalmente, sabe-se que um sistema de apuração do custo real para todas as atividades, processos, produtos e serviços tende a ser lento e caro.

Outra vantagem na substituição do custo real é a de que o custo padrão não precisa ser calculado mensalmente. O seu cálculo pode ser feito em períodos de tempo maiores, como seis meses ou um ano. A sua atualização pode ser feita pelos critérios de inflação interna da empresa.

Formação de preços de venda

É uma das melhores utilizações do custo padrão. Embora, teoricamente, seja o mercado quem dá o preço de venda

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