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Análise Dupont

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Por:   •  31/5/2014  •  1.962 Palavras (8 Páginas)  •  1.104 Visualizações

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Planilha do Sistema de Análise DuPont

O sistema de análise DuPont funciona como uma técnica de busca para localizar as áreas responsáveis pelo desempenho financeiro da empresa. Este sistema funde a demonstração do resultado e o balanço patrimonial em duas medidas-sínteses da lucratividade: as taxas de retorno sobre o ativo total e sobre o patrimônio líquido.

Inicialmente, o sistema DuPont reúne a margem líquida, a qual mede a lucratividade sobre as vendas, com o giro do ativo total, que indica a eficiência da empresa na utilização dos seus ativos para geração de vendas. Na fórmula DuPont, o produto desses dois índices resulta na taxa de retorno sobre o ativo total.

O segundo passo no sistema DuPont relaciona a taxa de retorno sobre o ativo total à taxa de retorno sobre o patrimônio líquido. Esta última é obtida multiplicando-se a taxa de retorno sobre o ativo total pelo multiplicador de alavancagem financeira, que representa o índice de endividamento geral da empresa.

O sistema DuPont tem sido, há muitos anos, usado pelos administradores financeiros como uma estrutura para analisar as demonstrações financeiras e avaliar a situação econômica-financeira da empresa.

O modelo DuPont

O modelo DuPont é uma maneira de decompor o ROE em três fatores que, analisados individualmente, representam a margem líquida, o giro dos ativos e a alavancagem da empresa. O modelo DuPont pode ser expresso como:

ROEt = margem líquidat × giro do ativot × alavancagemt

em que:

ROEt: retorno sobre o patrimônio líquido no ano t;

ROAt: o retorno sobre o ativo no ano t;

LLt: lucro líquido no ano t;

Vendast: receita bruta total apurada no ano t;

ATt-1: ativo total no ano t -1;

PLt-1: patrimônio líquido no ano t-1;

ML: margem líquida;

GA: giro do ativo;

AL: alavancagem.

O retorno sobre os ativos (ROA) reflete o lucro gerado pela empresa com relação ao emprego de seus ativos para tal. Essa medida, entretanto, não faz distinção da proporção de lucro que foi gerado pela rentabilidade das suas vendas e pela eficiência com que utilizou seus ativos para produzir. A decomposição do ROA em margem líquida, uma medida de rentabilidade, e giro do ativo, uma medida de eficiência, serve para melhor descrever os resultados encontrados.

O fator margem líquida (a divisão do lucro líquido pela receita bruta) demonstra quanto a empresa obteve de lucro sobre as vendas realizadas no período. Considerando que o lucro é a diferença entre receitas e despesas, pode-se dizer que empresas com alto grau de margem líquida são, em geral, portanto, aquelas que conseguem administrar a relação entre sua estrutura de custos (menores despesas) e seu esforço de marketing (maior receita), de forma que seus preços possibilitem manter grande a distância entre receitas e despesas. Quanto maior a margem líquida, mais lucro a empresa gera por venda realizada.

Uma empresa pode, também, mensurar o grau de eficiência com que utiliza seu ativo, ou seja, dividindo-se a receita bruta por seu ativo consegue-se perceber quanto os bens e direitos da empresa geram de receita para ela. Mais eficiente é a empresa que mais receita gera utilizando-se de menos ativos quanto for possível e maior é seu giro dos deles.

Os índices de margem líquida e de giro do ativo medem construtos diferentes e, dessa maneira, possuem diferentes propriedades, pois, enquanto o primeiro advém principalmente de características mercadológicas da empresa (posicionamento, marca forte e nichos de mercado, por exemplo), o segundo aponta o grau de eficiência operacional, ou seja, na utilização dos ativos (máquinas, equipamentos etc.) (SOLIMAN, 2004).

A alavancagem evidencia a medida com que o ativo total da empresa é financiado por capital próprio, dividindo-se o primeiro pelo patrimônio líquido. Quanto maior for essa relação, portanto, menor é a participação do capital próprio da empresa no financiamento dos ativos.

Alguns teóricos argumentam que o modelo DuPont tradicional apresenta algumas limitações quanto à sua estrutura e capacidade de análise dos índices que o compõem. Os ativos incluem tanto ativos operacionais quanto ativos financeiros. O lucro líquido inclui ganhos advindos de atividades operacionais, bem como receitas e despesas com juros, que são consequências de decisões financeiras. Assim, ao considerar o ROA (margem líquida x giro do ativo), a análise mistura o resultado operacional com o resultado financeiro da empresa. Ainda, o índice de alavancagem utilizado não reconhece o fato de que o Caixa e os Investimentos de Curto Prazo de uma empresa são "débitos negativos" em sua essência, visto que podem ser usados para reduzir a dívida bruta na empresa no balanço (PALEPU; HEALY, 2007).

2.3 O modelo alternativo (DuPont modificado)

Considerando as limitações do modelo DuPont apresentadas acima, Palepu e Healy (2007) apresentam o seguinte modelo alternativo de decomposição e análise do ROE de maneira a isolar os resultados operacionais e financeiros dos componentes do modelo DuPont:

ROEt=ROAop + Spread ×AFL

em que:

ROAop: retorno sobre ativos operacionais líquidos;

Spread: efeito econômico incremental decorrente da introdução de dívida na estrutura operacional. É calculado como ROAop - Taxa de juros efetiva após imp.;

AFL: alavancagem financeira líquida.

Especificamente, têm-se:

(i) ROAop. =

(ii) Taxa de juros efetiva após imp. =

(iii) Alavancagem finaceira líquida =

O Quadro 1, abaixo, apresenta a definição das principais variáveis utilizadas nesse estudo:

O ROA operacional captura a lucratividade operacional sem conter os efeitos da alavancagem financeira da equação anterior (SOLIMAN, 2008), sendo uma medida do grau de lucratividade com que uma empresa gera lucros operacionais

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