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Aplicação da ética no trabalho e a prática profissional

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Por:   •  29/10/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.433 Palavras (6 Páginas)  •  501 Visualizações

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APRESENTAÇÃO

Um dos assuntos que mais se tem debatido e chamada a atenção quando se fala em negócios, em política, em relacionamentos humanos, é o posicionamento ético ou moral das pessoas. Frases como: “É importante ter ética nos negócios”, “o comportamento desta ou daquela pessoa não foi nada ético”, “a ética pode ser esquecida”, são muito comuns e apareceram seguidas vezes nos noticiários.

Isto significa que a ética está mais atual do que nunca. Mas o que significa mesmo ética? Não é nada fácil pôr o pensamento em discussão e a tarefa torna-se mais complicada quando se considera que se vive hoje numa época dominada pelo comportamento, muitas vezes individualista, subjetivista e relativista dos indivíduos. As resistências e os questionamentos são extremamente contundentes.

INTRODUÇÃO

Tema atual, a ética, está presente em quase todos os setores, seja nos negócios, nos esportes, na justiça, nas empresas, enfim, no dia-a-dia. São freqüentes as queixas sobre falta de ética na sociedade, na política, na indústria e até mesmo nos meios esportivos, culturais e religiosos.

A sociedade contemporânea valoriza comportamentos que praticamente excluem qualquer possibilidade de cultivo de relações éticas. É fácil verificar que o desejo obsessivo na obtenção, possessão e consumo da maior quantidade possível de bens materiais é o valor central na nova ordem estabelecida no mundo e que o prestígio social é concedido para quem consegue esses bens. O sucesso material passou a ser sinônimo de sucesso social e o êxito pessoal deve ser adquirido a qualquer custo. Prevalece o desprezo ao tradicional, o culto à massificação e mediocridade que não ameaçam e que permitem a manipulação fácil das pessoas.

Um dos campos mais carentes, no que diz respeito à aplicação da ética, é o do trabalho e exercício profissional. Por esta razão, executivos e teóricos em administração de empresas voltaram a se debruçar sobre questões éticas. A lógica alimentadora desse processo não é idealista nem "cor de rosa". É lógica do capital que, para poder sobreviver, tem que ser mais ético, evitando cair na barbárie e a autodestruição são os próprios pressupostos da disputa empresarial que forçam a adoção de um modelo mais ético.

O individualismo extremo, muitas vezes associado à falta de ética pessoal, tem levado alguns profissionais a defender seus interesses particulares acima dos interesses das empresas em que trabalham, colocando-as em risco. Os casos de corrupção e investimentos duvidosos nas empresas públicas e privadas são os maiores exemplos do que estamos dizendo.

1. ÉTICA

Definição de ética: “Ciência do que o homem deve ser em função daquilo que ele é” (cf. Sertillanges, 1916:35).

A ética é uma característica inerente a toda ação humana e por esta razão, é um elemento vital na produção da realidade social. Todo homem possui um senso ético, uma espécie de "consciência moral", estando constantemente avaliando e julgando suas ações para saber se são boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas.

Existem sempre comportamentos humanos classificáveis sob a ótica do certo e errado, do bem e do mal. Embora relacionadas com o agir individuais, essas classificações sempre têm relação com as matrizes culturais que prevalecem em determinadas sociedades e contextos históricos.

A ética está relacionada à opção, ao desejo de realizar a vida, mantendo com as outras relações justas e aceitáveis. Via de regra está fundamentada nas idéias de bem e virtude, enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se traduz numa existência plena e feliz.

O estudo da ética talvez tenha se iniciado com filósofos gregos há 25 séculos. Hoje em dia, seu campo de atuação ultrapassa os limites da filosofia e inúmeros outros pesquisadores do conhecimento dedicam-se ao seu estudo. Sociólogos, psicólogos, biólogos e muitos outros profissionais desenvolvem trabalhos no campo da ética.

A ética estabelece um dever, uma obrigação, um compromisso. Mas qual é o seu fundamento? É o próprio ser do homem: é da sua natureza que surge a fonte de seu comportamento. Ela brota dentro do ser humano, daqueles elementos que o caracterizam sua essência como humano, diferenciando-o dos outros seres, ela exige antes a determinação de sua realidade ontológica para, a partir daí estabelecer a forma de comportamento.

A construção da ética parte das exigências ou necessidades fundamentais da natureza humana; estas não são aleatórias, mas existem no ser humano, limitando-o e identificando-o para que ele possa descobrir-se e satisfazer o que lhe é solicitado para sua realização. “Ética vem do vocábulo grego ‘ethos’ que em primeiro lugar significa ‘morada’”. (Cf. Pessani, 1997:76). Daí Heidegger dar ao “ethos” o significado de “morada do ser”. Portanto é uma questão de ética o desenvolvimento das potencialidades humanas, um deslanchamento de suas virtualidades. Antes de o homem perguntar: O que devo fazer? Como devo me comportar?, deve-se perguntar: o que sou? Quais são minhas energias humanas que não podem ficar represadas, mas devem ser impulsionadas? Como descobrir isto? Da mesma maneira como descobre qualquer coisa: usando de sua racionalidade. Assim deve-se descobrir a sua essência, seus valores e princípios universais, suas faculdades ou capacidades, determinando também como vivê-las.

Estas constatações mostram que o objetivo da ética é apontar rumos, descortinar horizontes para a realização do próprio ser humano; ela é a construção constante de um “sim” a favor do enriquecimento pessoal; por isso que a ética deve ser pensada como eminentemente positiva e não proibitiva; por exemplo: o mais importante é “respeitar a vida” do que “não matar”.

Desta maneira a ética não se torna uma imposição ou obrigação aleatória e até extrínseca ao ser humano: seus fundamentos objetivos têm que ser assimilados ou conscientizados pelo indivíduo humano concreto.

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