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Aspectos Fisicos

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Por:   •  6/11/2013  •  2.575 Palavras (11 Páginas)  •  474 Visualizações

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Aspectos físicos, técnicos e táticos

da iniciação ao futebol

Especialista em Futebol.

Universidade Federal de Viçosa -

UFV/MG.

Fabrício Moreira Filgueira

fmfmoreira@terra.com.br

(Brasil)

Resumo

Em virtude do grande número de crianças e professores diplomados ou não envolvidos na prática do futebol, da proliferação das escolas especializadas, da formação de atletas, da competição no ambiente futebolista e de uma filosofia imediatista, a criança no futebol tem sido submetida a um alto nível de cobranças e exigências em relação ao seu desempenho de modo geral. Esta foi a inquietação geradora deste estudo, realizado através de uma pesquisa bibliográfica, em que se coletou as informações na literatura especializada sobre a iniciação esportiva no futebol. Os estudos apontam que a iniciação com crianças futebolistas na faixa etária de 07 a 13 anos, idade propícia para trabalhos multilaterais, ou seja, para adquirir habilidades corporais (movimentos naturais); treinamento variado e predominantemente com atividades aeróbias; aprendizagem das habilidades coordenativas motoras básicas e desenvolvimento da tática integrada aos processos de capacidades cognitivas. Os estudos sugerem que as atividades e treinamentos esportivos não devem ser sistematizados objetivando uma especialização precoce. Não devem ser enfatizados trabalhos que tendem a objetivar níveis máximos de capacidades psicológicas e fisiológicas da criança. A prática esportiva deve ser adequada às fases de crescimento e desenvolvimento da criança.

Unitermos: Criança. Futebol. Iniciação.

http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 11 - N° 103 - Diciembre de 2006

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Introdução

No Brasil, o futebol é um fenômeno que cativa e impressiona pela sua grandeza. Esse manifesto é natural, mas, para tudo na vida tem a sua hora, especialmente no que tange a prática de esportes na infância. O esporte na infância deve ser tratado de maneira adequada, respeitando a individualidade da criança, independente dos interesses ou objetivos das instituições formais ou informais.

O esporte deve se adaptar à condição técnica, física e psíquica da criança de forma compatível com as suas necessidades e possibilidades adequadas à sua maturação orgânica funcional. Mas, nem sempre esta perspectiva de respeito ao desenvolvimento infantil é o que acontece na prática, merecendo a atenção deste estudo, no sentido de captar, dentro da literatura especializada, as sugestões e propostas adequadas para intervenção nesta fase.

Iniciação Esportiva ao Futebol

Para aprender a jogar um esporte qualquer, uma criança deve ter a oportunidade de experimentar um número grande de situações. Cada situação dessas será responsável pela abertura de um grande número de possibilidades, sendo que, cada possibilidade dessas, quando for experimentada, poderá abrir outras tantas.

Ao final de um longo processo, o acervo de possibilidades motoras, intelectuais, sociais, morais, e assim por diante, disponível no jovem que se formou nesse esporte, será imensamente mais amplo que no jovem formado em uma equipe ou escolinha que lhe impôs um sistema de superespecialização (FREIRE, 2002).

O primeiro fator a ser considerado são as fases de desenvolvimento físico da criança. Existe uma série de transformações ou mudanças da estrutura física da criança na faixa de idade da iniciação no futebol, compreendida nas chamadas categorias menores de 07 á 13 anos de idade.

Conforme Figura 1, hoje, o futebol é dividido em categorias por idade cronológica, desde as chamadas categorias menores (fraldinha, dentinho, dente de leite):

É importante considerar, na iniciação esportiva, a idade biológica, o nível de coordenação motora e o grau de inteligência para a elaboração das atividades a serem desenvolvidas pela criança, a fim de contribuir com o maior número de vivências motoras possíveis.

Na formação de base, todas as coisas devem ser aprendidas por experiências as mais diversificadas possíveis (FREIRE, 2002).

Haveria outro caminho a seguir no desenvolvimento esportivo que não esse percorrido tradicionalmente, que inclui, nos casos extremos, especialização precoce, contusões, limitações da inteligência, excessos de treinamento? Claro que há, e foi seguido por vários excepcionais atletas do futebol, entre eles, Garrincha, Pelé e Maradona, que aprenderam enquanto brincavam, como qualquer criança de vida normal. Fossem nossos técnicos esportivos melhores observadores, encontrariam nesses fenômenos esportivos a orientação mais segura para suas pedagogias (FREIRE, 2002).

A prática do futebol, na iniciação esportiva, se manifesta através do jogo, nas diversas manifestações lúdicas que podem ser instituídas na aprendizagem do futebol.

O jogador de qualidade é aquele que vivencia um número enorme de possibilidades e, para cada situação do jogo, ele encontra a melhor. O jogador de hoje tem poucas possibilidades, imposta por rotinas exaustivas e limitadas, portanto, formando um jogador de pouca qualidade, o que torna o jogo de menor qualidade com movimentos estereotipados, sem qualidade. Por isso, estamos cada vez mais frequentemente vendo jogadores de baixo nível técnico e equipes de péssima qualidade.

Aspectos físicos

NEGRÃO (1980) alerta para os danos físicos que podem ser ocasionados pelo esporte altamente competitivo praticado em idade precoce.

O trabalho muscular intenso excessivo, associado a sobrecarga emocional que a competição provoca, pode ocasionar perturbações

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