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Surdez nas perspectivas médicas, educacionais e culturais

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Por:   •  21/4/2014  •  Seminário  •  1.718 Palavras (7 Páginas)  •  302 Visualizações

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A Surdez nas Perspectivas Médica, Educacional e Cultural, Abrangendo a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a Cultura Surda.

Hoje no Brasil temos aproximadamente 30 milhões de deficientes físicos, sendo 6 milhões de surdos, temos também brasileiros surdo-cegos.

A deficiência auditiva foi classificada em três grupos: pessoas incapazes de ouvir, com grande dificuldade de ouvir e com alguma dificuldade permanente de ouvir.

A deficiência auditiva pode ocorrer na gravidez, quando a mãe contrai algumas infecções congênitas, como: toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes e alguma síndrome genética que a criança pode ter.

Existem também as causas perinatal, como: anóxia ao nascimento, baixo peso ao nascimento ou algum trauma durante o parto.

Das causas pós-natal, algumas infecções virais e bacterianas que a criança pode vir a ter, entre elas, meningite caxumba, sarampo.

Assim que a criança nasce, pode ser feito testes objetivos para verificar se ela tem ou não deficiência auditiva.

Os problemas de comunicação estão presentes em vários setores da vida de uma pessoa surda, na vida escolar, social, familiar, afetiva e até mesmo no sistema de saúde.

Pacientes surdos tem medo de ir ao médico, medo de não serem compreendidos, algumas doenças acabam se agravando com a demora da visita do paciente ao médico, muitas pessoas não tem intérpretes disponíveis, e outras não aprenderam a escrita da Língua Portuguesa, o que ajudaria na comunicação entre paciente e médico onde na formação acadêmica do médico, o currículo não contempla as habilidades necessárias para atender essa população, o que seria de grande importância para estabelecer uma comunicação adequada, assim evitando erros nos diagnósticos das doenças e no tratamento.

Quando o INES (Instituto Nacional de Educação dos Surdos) foi criado, em 1857, não havia no Brasil, nada relacionado à educação dos surdos, mas com o passar do tempo isso foi mudando. Em 2002 a comunidade surda teve uma grande conquista, a Língua Brasileira de Sinais (Libras), foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão, onde em 2005 foi decretado à inclusão da Língua Brasileira de Sinais como disciplina curricular, o uso e a difusão da Libras e da Língua Portuguesa para o acesso das pessoas surdas à educação, a garantia do direito à educação e a saúde das pessoas surdas.

Isso não significa que os surdos deixaram de ter dificuldades na sua vida acadêmica, porém foi um grande passo, se comparado aos séculos passados, quando a sociedade pensava, via o surdo como doente, deficiente, incapaz de aprender e desenvolver.

Em 2008 o Ministério da Educação estabeleceu a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.

O ponto principal da política do MEC é o direito de quem tem deficiência de frequentar classes comuns das escolas regulares, em oposição à situação, em que os estudantes com necessidades educacionais especiais são destinados a classes também especiais.

De acordo com a política, todos têm direito de estar juntos na sala de aula, os que têm necessidades especiais e os que não têm. A apresentação do documento preconiza que estar junto aprendendo e participando é a forma de superar a discriminação, por isso a política se opõe a qualquer tipo de adaptação.

Porém muitos surdos não foram oralizados ou não tiveram acesso a Língua Portuguesa, por isso é importante que o surdo frequente a classe comum e participe de atividades complementares no contra turno, esse atendimento é um serviço que não substitui a escolarização, é suplementar com vistas à ampliação da autonomia do estudante.

Este serviço não é reforço, não tem o mesmo currículo da escola comum, ele é específico para a complementação das necessidades do aluno surdo ou com outro tipo de deficiência, as atividades podem ser: ensino da Língua Brasileira de Sinais, oralização, trabalhar comunicação alternativa aumentativa, braile, orientação aos cegos. Orientar o professor para que ele possa resolver problemas que um determinado aluno esteja tendo na sala de aula e que ele desconhece e muitas outras atividades que serão muito importantes para o desenvolvimento do aluno.

Inclusão de Deficientes auditivos nas escolas

Hoje em dia a educação especial assume uma importância cada vez maior dentro do processo de aprendizado de todos os cidadãos, sem descriminação de forma alguma. Deve-se levar em conta que todos têm o mesmo direito de aprender e, de uma educação de qualidade com bases formadoras para formação crítica.

Inclusão Social nada mais é que trazer aquele que é excluído socialmente por algum motivo, para uma sociedade que participe de todos os aspectos e dimensões da vida - o econômico, o cultural, o político, o religioso e todos os demais, além do ambiental.

Desta forma, toda preocupação se volta para os portadores de deficiências, em incluí-los de forma igualitária na escola regular, com a mesma qualidade de aprendizado oferecida aos demais alunos.

Em especial, mostrar a real situação de alunos que possuem deficiências auditivas e como os profissionais da área de educação estão preparados para lidar com esses alunos, para uma adaptação dos mesmos com a escola.

Existem algumas leis de ordem mundial que regulamentam a inclusão de deficientes, como a Declaração de Salamanca, aprovada pela ONU – Organização das Nações Unidas, que leva este nome por ser votada na cidade de Salamanca – Espanha, no ano de 1994. Que levanta aspectos do contexto brasileiro a serem considerados na adoção e na implantação do processo de inclusão.

Já que a educação especial, em seu primeiro momento, caracterizava-se pela segregação e exclusão, logo os portadores de necessidades especiais eram simplesmente ignorados, evitados, abandonados ou encarcerados e muitas vezes eliminados. Após a evolução histórica, a educação especial até 1990, passou a ser vista de outro modo após o evento que formalizou a "educação para todos" como plataforma básica para o sistema educacional.

Nesta declaração ficou proclamado o seguinte:

• toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem;

• toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são

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