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Atualidade Social

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Por:   •  8/10/2013  •  1.840 Palavras (8 Páginas)  •  418 Visualizações

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QUESTÃO SOCIAL NA CONTEMPORENIEDADE

1. INTRODUÇÃO

Para entender-se, a profissão de serviço social não pode deixar de considerar e de apreender de maneira mais ampla. Partindo desse pressuposto, apreender a dinâmica na qual a profissão se insere, juntamente com o campo sobre o qual atua a

questão social. Particularmente, na contemporaneidade, é necessário investigar como essa questão se manifesta no cotidiano profissional e se aproximar das suas várias expressões. As reflexões sobre a inserção do Serviço Social no processo de transformação da produção e da reprodução das relações sociais, considerando que só com o entendimento de como a profissão se insere nesse processo e, por meio dele, se transformam e transformam a realidade. É somente na interlocução com esta realidade, que se pode apreender não só as questões atuais que perpassam a formação e o exercício profissionais, mas também visualizar outros rumos que ela poderá ou não assumir. Em seguida, inserem-se algumas considerações acerca da Questão Social e das formas diferenciadas como ela vem se expressando. Desta forma, analisaremos como a questão social adquirindo novas configurações no decorrer do percurso histórico. Assim, as diferentes formas de manifestação dessa impulsiona a profissão a repensar suas relações, suas aproximações, seus compromissos.No bojo dessas expressões,intervenção teórico - prática do serviço social.Não se trata de captar as determinações da dinâmica social em toda a sua Dimensão, mesmo porque a realidade só se permite ser explicada aproximadamente e, buscando compreender alguns elementos que aqui são considerados centrais. Desta forma, certamente surgirão novas reflexões que vão exigir novas problematizações e assim, uma continuidade dessas discussões.

2. DESENVOLVIMENTO

É nesse mesmo direcionamento que encontramos nas colocações afirmação de que, no período histórico atual, existem “transformações societárias que afetam diretamente o conjunto da vida social”, incidindo sobre as profissões, as áreas que lhes concernem e as funções que lhe cabem; e ainda que, por isso, precisam ser estabelecidas “estratégias profissionais minimamente adequadas para responder às problemáticas emergentes”. Na conjuntura atual, o Serviço Social, apresentando-se como profissão inserida na divisão sócio-técnico do trabalho, recai sobre ele inúmeros desafios, colocados ao trabalho e às relações que ele enseja. Aliada a estes desafios, encontram-se também as reconfigurações no âmbito da sociedade de modo geral, o que torna imprescindível tratar das transformações no campo da profissão sempre fazendo uma relação com o processo de desenvolvimento das forças produtivas, no seu aspecto de totalidade, pois é essa relação que permite reconhecer a dinâmica de surgimento de novos desafios,novas demandas, novos espaços de atuação e, necessariamente, qual o caráter político tais configurações trazem para o Serviço Social.

O primeiro deles é a necessidade de “romper com uma visão endógena, focalista, uma visão “de dentro” do Serviço Social, prisioneira em seus muros internos” (p.20); o segundo trata-se de “entender a profissão hoje como um tipo de trabalho na sociedade [...], uma profissão particular inscrita na divisão social e técnica do trabalho coletivo da sociedade” (p.22); e o terceiro significa que “tratar o serviço social como trabalho supõe privilegiar a produção e a reprodução da vida Trabalho aqui entendido enquanto categoria social ontológica, conforme a perspectiva marxiana, nas suas dimensões concreta e abstrata. Ver a esse respeito, Iamamoto (1998).

Nesse processo o capitalismo globaliza não só a produção, a distribuição, a troca e o consumo, mas também as coisas, gentes, idéias, cultura, o Estado, as instituições, desterritorializando- os e/ou reterritorializando- os conforme seus objetivos e estratégias fundamentais. Como parte desse contexto, a questão social mundializa- se, passa a ter novos significados e características, ganha dimensões globais expressas, por exemplo, no aumento do desemprego em todo o mundo, nos crescentes processos migratórios envolvendo diferentes países e na assunção, cada vez maior, de processos de trabalho flexíveis, precários e sem garantia de proteção social. No horizonte da globalização encontram-se as propostas neoliberais, promovidas ou sustentadas por governantes de países capitalistas desenvolvidos ou não.Suas propostas e estratégias de reordenamento do capitalismo, sustentadas no“ endeusamento do mercado” e na “quebra da condição salarial” dos trabalhadores,conquistada, em especial, até a metade do século XX, visam dar novos fundamentos a esse modo de produção face às crises do capitalismo e ao novo reordenamento geopolítico,econômico e cultural dos países pós Guerra Fria. Para uma análise da Questão Social como objeto de intervenção do Serviço Social, a mesma é entendida aqui como:

O conjunto de expressões da desigualdade da sociedade capitalista madura, que tem como raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação de seus frutos mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade (IAMAMOTO, 1998, p.27).

Se estivermos tratando dos aspectos de transformação da sociedade, da profissão e da sua matéria de intervenção – a questão social -, é pertinente afirmar que, se hoje o Serviço Social se apresenta, diferentemente de quando surgiu, pois hoje o Serviço Social é uma profissão comprometida com a defesa dos direitos da classe trabalhadora e à medida que a luta entre as classes se torna mais acirrada, aumenta a desigualdade, a questão social também se modifica, uma vez que tem a apropriação desigual de bens como ponto de partida de sua existência.

Desde o século XIV, existiam intervenções públicas que prestavam assistência aos indigentes e cuidavam da ordem pública. Castel chama de social- assistencial, às intervenções públicas através das quais o Estado agia como fiador da organização e do trabalho e regulador da mobilidade laboral. Os destinatários dessa assistência diferiam pelo fato de poderem ou não trabalhar e o tratamento que lhes é dado é substancialmente distinto. Em modos de produção pré-capitalistas, a pobreza e as desigualdades sociais eram intimamente ligadas à escassez, consoante o baixo grau de desenvolvimento das forças produtivas e das relações de produção associadas àquelas. Já no capitalismo, adquirem uma nova

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