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Aula Tema 2- Projeto De Extenção A Comunidade

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Por:   •  31/8/2014  •  1.578 Palavras (7 Páginas)  •  815 Visualizações

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Aula-tema 02: Os professores e seus direitos a ter vez nos currículos – Autorias, identidades profissionais.

Os projetos de extensão podem promover o diálogo entre os saberes dos educadores e da comunidade e possibilitar um movimento da escola para além de seus muros. Iniciativas nessa direção estão presentes nos projetos de extensão já desenvolvidos pela Anhanguera em seu Programa de Extensão Comunitária (PEC).

O PEC está sob a coordenação do Instituto de Ação Social e Extensão Comunitária (Iasec) desde a sua criação, em 2010. Os principais objetivos do PEC são:

a) Promover a aprendizagem dos alunos da Anhanguera com base na experiência prática.

b) Colaborar para a promoção de melhor qualidade de vida nas comunidades do entorno da organização.

O PEC atua em três eixos: Projetos e Programas de Responsabilidade Social com a comunidade externa; prestação de serviços à comunidade externa por meio dos laboratórios de graduação e pós-graduação; eventos acadêmicos complementares.

Pela atuação do PEC, o relacionamento com as comunidades se materializa por meio de projetos e ações direcionados, que são implantados ou aperfeiçoados a partir da verificação de sua eficácia e do estudo das características socioeconômicas das comunidades.

Os Projetos de Extensão Comunitária Institucionais são:

a) Alfabetização de Jovens e Adultos: esse projeto tem como objetivo contribuir para a construção da cidadania e consequente inclusão social dos jovens e adultos da comunidade, por meio da oferta de fundamentos básicos de escolarização e profissionalização.

b) Biblioteca Aberta Zilda Arns: esse projeto tem como objetivo mobilizar as comunidades, trabalhando para a formação de cidadãos leitores. A especialidade da biblioteca é literatura infanto-juvenil. Oferece suporte para a pesquisa e apoio aos professores do ensino fundamental e do ensino médio, das escolas estaduais e municipais do entorno da organização.

c) Ensino Responsável: o objetivo é prestar serviços especializados gratuitos que demonstrem as habilidades desenvolvidas pelos alunos de graduação dos diferentes cursos da faculdade Anhanguera; aliar o aprendizado universitário e as atividades acadêmicas à responsabilidade social.

d) Faculdade Aberta da Terceira Idade: tem como objetivo facilitar a inclusão social de pessoas da terceira idade por meio de um programa voltado ao desenvolvimento de habilidades para esse público, proporcionando melhoria de seus padrões de vida.

e) Inclusão Digital: o objetivo é proporcionar aos jovens e adultos a aquisição de conhecimentos básicos em informática que possibilitem o ingresso no mercado de trabalho.

f) Qualificação Profissional: o objetivo é proporcionar aos jovens e adultos da comunidade a aquisição de conhecimentos profissionais básicos que possibilitem o ingresso no mercado de trabalho.

g) Reforço Escolar: o objetivo é colaborar para o desenvolvimento educacional da rede pública de ensino visando a melhor compreensão do conteúdo das disciplinas do currículo escolar do ensino fundamental e do ensino médio.

Os projetos apresentados acima mostram possibilidades de ações na comunidade e na escola. Para desenvolvê-los foram realizados diagnósticos socioeconômicos nas comunidades que indicaram as suas principais demandas.

Para o desenvolvimento do projeto de extensão dessa disciplina a proposta será realizar um diagnóstico para a identificação das demandas, realizado por meio da parceria entre escola, comunidade e alunos da Pedagogia.

Esse diagnóstico deverá acontecer com a indagação sobre os problemas reais, ou seja, próximos das preocupações e das ideias dos alunos, educadores e pais. O caminho será a observação do contexto social, do percurso dessas pessoas e suas versões sobre sua própria realidade.

Essa abordagem da realidade implica, segundo Paulo Freire (1992), o respeito ao saber popular e ao contexto cultural, ponto de partida para o conhecimento por meio do qual as pessoas reconhecem o mundo. Por meio da problematização desse conhecimento, aprofunda-se sua tomada de consciência da realidade. Nesse diálogo, não há transferência de saber, “mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação dos significados”. (FREIRE, 1982, p.69).

A escola é um dos espaços para a realização desse diagnóstico, para o diálogo e interpretação de significados e para a organização de ações de transformação social. Entretanto, as relações estabelecidas na escola desconsideram os saberes contidos na diversidade cultural, social e linguística do seu público.

Em nossa formação histórica, segundo Miguel Arroyo (2011), a diversidade de coletivos sociais, étnicos, raciais, de gênero, campo e periferias foi segregada do currículo. Não apenas foi negado e dificultado a esses coletivos o seu acesso ao conhecimento produzido, mas seus saberes, culturas e modos de pensar não foram incorporados no conhecimento socialmente produzido e acumulado que as diretrizes curriculares legitimam como núcleo comum.

Contudo, encontramos nas escolas experiências desenvolvidas por alguns educadores que redefinem e ampliam o currículo por meio de novos projetos, que incorporam temáticas, experiências sociais e indagações desestruturantes que chegam dos próprios educadores, dos educandos e da dinâmica social, política e cultural. Essas iniciativas profissionais são tentativas de outros currículos na prática, mas que provocam um maior controle, que pode transformar-se em disputa política e de poder. Nessa aula-tema, trazemos os educadores como sujeitos centrais dessa disputa, que, segundo Arroyo (2011), para tal necessitam conformar sua autoidentidade profissional e fortalecer a sua autoria e criatividade docente.

Conformar sua autoidentidade profissional é contar-se a própria história na história social; é recuperar a função educadora na docência, no currículo e no convívio com os alunos e sua realidade; é compreender o processo histórico das lutas que mudam de foco e de frentes; é considerar os direitos dos educandos à educação.

O fortalecimento da autoria e criatividade docente compreende abrir novos tempos-espaços, práticas coletivas e aprofundar o entendimento das estruturas e das concepções que limitam essa autonomia, para se contrapor e poder avançar. Esse movimento envolve a defesa da gestão democrática das escolas e do direito dos educadores e dos alunos à abertura dos currículos para

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