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BACIA AMAZONICA

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Por:   •  23/8/2014  •  8.065 Palavras (33 Páginas)  •  326 Visualizações

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O Amazonas e a Bacia amazônica

A “descoberta” do Amazonas

Sabemos, por descobertas arqueológicas, que uma parte do Brasil atual foi habitada

12.000 anos atrás por grupos de caçadores e coletores.

A foz do Amazonas foi “descoberta” por europeus por volta de 1500. Quase ao mesmo tempo, o espanhol Vicente Yañez Pinzón e o italiano Américo Vespúcio exploraram a costa leste do ‘recém-encontrado’ mundo da América do Sul.É bem provável que os portugueses já conhecessem partes da costa brasileira antes de 1494. Imagine-se o seguinte: navios em pleno mar aberto, a 200 km da costa, e ainda cercados de água doce. Do lado costeiro, mais para o interior, uma gigantesca superfície de água doce com um labirinto de ilhas. Um “mar de água doce?” É um rio com 65 a 100 km de largura - o Amazonas.

Surgimento da Bacia Amazônica – uma hipótese geológica

A cerca de 100 anos atrás, cientistas constataram que os contornos da costa sul americana e da costa africana se encaixavam como duas peças de um quebra-cabeça, concluindo daí que os dois continentes já teriam sido, um dia, um único continente.

Supõe-se que até 130 milhões de anos atrás a nascente do antigo Amazonas estaria

localizada na África, no nordeste do atual Tchad. Esse super continente de Gondwana

abrangia então a África, a Índia, a América do Sul, a Austrália e a Antártica. O antigo

Amazonas corria na direção inversa, ou seja, de leste para oeste, e desaguava no

Pacífico. Quando o super continente se partiu, as plataformas se moveram em direções diferentes, separando o Amazonas da sua nascente. Quando então a plataforma sul americana se chocou com a do Pacífico, a violência do impacto fez surgir a gigantesca Cordilheira dos Andes. Com isso, o curso do rio também se inverteu - há cerca de 10 a 15 milhões de anos. Ao mesmo tempo, começava a erguer-se no meio da bacia amazônica um maciço de baixas altitudes, que dividiu o curso do rio. Nas encostas orientais, o Amazonas já corria para o Atlântico e, do lado ocidental, os rios que desciam dos Andes misturavam-se com a água das enchentes do Amazonas, dando origem a imensos lagos interiores. Foram necessários mais 5 milhões de anos para que os rios represados escavassem a serra e pudessem juntar-se à parte do Amazonas do lado oriental. Desenvolvia-se aí a imensa rede hidrográfica que, desde então, percorre a bacia amazônica de oeste para leste.

Esta é a razão pela qual o leito do Rio Amazonas se estreita perto da foz, quando o

normal seria que se estreitasse perto da nascente. Isso também explica por que a uma

distância de milhares de quilômetros da costa marítima, ainda se encontram no rio

animais como arraias, camarões, linguados, peixes-bois, golfinhos e até tubarões, que,

normalmente, vivem no mar.

Os animais chegaram ao Amazonas, quando o rio ainda desembocava no Pacífico,

perdendo, mais tarde, o acesso ao mar. Porém, o fato de não existir no continente

africano nenhum leito seco de rio, nem mesmo resquícios disso, torna essa hipótese questionável.

Significado do nome

A origem do nome nunca chegou a ser totalmente esclarecida. Talvez ele venha da

palavra indígena ‘Amassona” (destruidor de barco), que designava as ondas que se

formam no curso inferior do Amazonas. Por sua vez, o rio deu nome à bacia e à região

amazônica.

A onda do Amazonas atualmente conhecida como ‘pororoca’ (estrondo) é uma maré viva que se ergue em vagalhões e acontece durante a lua cheia (às vezes, também na

lua nova), quando grandes quantidades de água do Atlântico são empurradas para dentro da foz do rio. Com isso, a água rola em grande velocidade rio acima, na direção contrária ao fluxo natural, inundando as regiões ribeirinhas em até 100 m terra adentro. Os animais percebem o perigo instintivamente. Muito antes de os ouvidos humanos ouvirem o estrondo, os animais se afastam do rio e se abrigam na floresta. A onda impede o assoreamento do Amazonas. Com sua força, ela varre literalmente o fundo do Amazonas, transportando rio acima os sedimentos fluviais. A pororoca carrega consigo uma enorme quantidade de materiais flutuantes e lama fértil, rica em adubo.

O termo “índios” (para comunidades indígenas da América) surgiu da falsa suposição de Cristóvão Colombo, em 1492, de que teria descoberto a Índia: índio (em espanhol) – indígena. Embora Américo Vespúcio tenha esclarecido definitivamente o erro de Colombo, a designação “índios” foi mantida.

Índios da Amazônia

Grande parte dos índios brasileiros vive hoje na Amazônia. De acordo com o Censo 2010 do IBGE, vivem na Amazônia cerca de 306 mil indígenas, sendo que a maioria vive na zona rural.

Embora muitas tribos de índios da Amazônia possuam contato com a cultura externa, elas ainda mantém os principais aspectos de vida dos seus antepassados. Vivem da caça, pesca, extrativismo vegetal e agricultura.

Uma das principais figuras nas tribos é o pajé. Espécie de curandeiro, ele é também o sábio que conhece a cultura do povo e a transmite oralmente para os mais novos. É ele quem domina o contato com o mundo espiritual e faz os rituais religiosos, principalmente de cura.

Os povos indígenas da Amazônia podem ser divididos em seis troncos linguísticos: Tupi, Aruaque, Tukano, Jê, Karib e Pano.

Embora grande parte dos povos indígenas da Amazônia tenha suas terras demarcadas e protegidas por lei, eles ainda sofrem com a presença de garimpos na região, construção de hidrelétricas e rodovias e o avanço da agropecuária de grande porte.

Algumas tribos indígenas que vivem na Amazônia não possuem qualquer contato com outras tribos ou culturas. Estes povos vivem da mesma forma que seus antepassados de séculos atrás. Como não possuem contatos externos, não sabem o que há e o que se passa no mundo. Vivem da caça, pesca, coleta de vegetais e agricultura de subsistência.

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