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Por:   •  15/3/2015  •  6.659 Palavras (27 Páginas)  •  196 Visualizações

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1. Introdução

SAMUEL KLEIN,UMA TRAJETÓRIA DE SUCESSO.

Polonês de origem judaica, Samuel conheceu logo cedo os horrores da guerra e do nazismo. Sobreviveu, mas decidiu ir embora da Europa. Veio ao Brasil, onde enxergou a possibilidade de fazer algo grandioso, e hoje é o fundador das casas Bahia.

2. BIOGRAFIA

Segundo a pesquisa realizada pelo site, Convibra 07, Samuel Klein nasceu em 15 de novembro de 1923, na pequena aldeia Zaklikov, na Polônia, filho de uma família da comunidade judia que representava 30% da população de três mil habitantes do local. Aprendeu com o pai o oficio de marceneiro e com a mãe a importância da fé; a rezar pela manhã em agradecimento por ter acordado e poder viver um novo dia; e à noite, em agradecimento por encerrar mais um dia de vida. Pelas manhãs, quem guiava as orações era Sucher, o chefe da família que as encerrava sempre da mesma forma: ‘’ Que tenhamos sempre força e saúde para seguirmos nossas vidas ‘’. O que o pequeno Samuel não sabia ao ouvir aquelas palavras todas as manhãs, era de quanto ainda precisaria de força para enfrentar o sofrimento que estava por vir.

2.1. INFÂNCIA E A SOBREVIVÊNCIA DO HOLOCAUSTO.

Os pais de Samuel, Sucher e Szeva, criaram os 9 filhos com dificuldades, sem exageros ou desperdícios, com muito trabalho e rigidez. Sucher, marceneiro habilidoso, fabricou móveis da casa enquanto Szeva se dedicava à educação dos filhos, ao trabalho doméstico e à alimentação da família. Para Klein, o descanso acontecia apenas aos sábados, em respeito ao ‘’ Shulham aruh ‘’- Código oficial do povo de Israel que determina que os judeus devem repousar no ‘’ Shabath ‘’ que representa o sinal e a aliança criados por Deus que em seis dias criou o céu e a terra e no sétimo, descansou.

Na Europa daquele conturbado início de século, sob ameaça constante de golpes de estados, nazismo, fascismo e comunismo, a Polônia católica era preconceituosa e anti-semita, e com isso houve a mudança da família Klein para a cidade de Lippe, onde até o trânsito pelas ruas eram perigosos. A nova cidade em nada lembrava a anterior. A presença dos judeus eram raras, o que tornava o ambiente mais hospitaleiro e familiar, ou seja, mais um obstáculo a ser superado. Samuel aos dez anos de idade, sofreu o primeiro ato de violência na escola, foi atingido na cabeça por uma pedra arremessada por um colega. Desse dia em diante passou a trabalhar com o pai na marcenaria e abandonou os estudos fugindo do preconceito e da perseguição aos judeus na época.

Em 1º de novembro de 1939, Samuel completava 16 anos em plena segunda guerra mundial, o exército alemão invadiu a Polônia, as tropas de Hitler, sob a égide de barbárie, chegaram à Lippe dias depois. Quase três anos após a invasão, vivendo sob frequente tensão, em outubro de 1942 o governo alemão tirou dos judeus o direito à liberdade, nessa ocasião dois dos irmãos de Samuel, Césia e Sloma fugiram primeiro para Varsóvia, depois para a União Soviética e o resto da família continuava unida. Foi nesse mesmo mês de outubro, numa sexta-feira, que Samuel viu sua vida desmoronar.

As batidas na porta da casa anunciavam a chegada dos alemães, os Klein como todos os judeus do local foram agrupados na sinagoga, um local de culto da religião judaica, deixando todos os seus pertences para traz. Na manhã seguinte, os alemães se agruparam na entrada do prédio e anunciaram uma seleção entre os judeus. Os Klein foram separados, a parte masculina da família, Sucher, Samuel e Isaac de um lado, a parte feminina de outro lado. Samuel sabia o que estava acontecendo e que dificilmente voltaria a rever a mãe e as irmã. Isaac, quatro anos mais novo, foi também separado do irmão e permaneceu na sinagoga enquanto Samuel e o pai foram encaminhados a um trem, ao lado de outros judeus, sem destino informado.

Esther, sua irmã de quatorze anos, num lance de sorte, conseguiu fugir e recuperou na casa dos Klein algumas joias que transformou em dinheiro, passou a se chamar Julia e manteve o disfarce por alguns meses, até ser capturada e enviada à Alemanha. Os demais membros da família foram levados a um campo de extermínio em Treblinka, onde os judeus eram mortos em câmaras de gás.

A sorte de Samuel foi ser jovem e forte, pois isso fez com que os nazistas o mandassem para um campo de trabalhos forçados em Budzin, a 200 kms de Varsórvia, Capital da Polônia, onde sobreviveu com o seu pai trabalhando como escravos, passaram por todo tipo de sofrimento possível; frio, cansaço, sede, humilhação, recebiam uma alimentação de 190 calorias diárias e eram obrigados a cantar o dia todo, isso impedia os judeus de organizar qualquer tipo de fuga. Samuel e Sucher trabalhavam como marceneiros, o que os permitiu um tratamento ‘’ menos cruel ‘’, pois eram considerados bons no ofício e, por conseguinte, úteis. Em junho de 1944, os alemães deixaram a região de Lublin, fugindo dos soviéticos, nessa oportunidade levaram junto alguns judeus, dentre eles Samuel e o pai. Durante a fuga, Samuel aproveitou a distração dos soldados alemães e partiu, sentindo apenas por abandonar o pai. Já de volta à Lippe o sofrimento não foi menor, o local devastado pela guerra, não era mais o lar da família Klein, mas lá reencontrou a irmã Césia, que junto com o Sloma, estava na União Soviética na época da invasão, tendo ambos se livrado assim da reclusão aos campos de concentração. Sloma agora fazia parte do Exército da Libertação da Polônia e havia grande possibilidade de se unir aos irmãos em breve.

Samuel e Césia, chegaram à Lublin no início de 1945, onde se instalaram em um quarto de uma pensão, Sloma, afastado do exército, se juntou a eles e em seguida chegou a irmã Esther, que por sua vez sobreviveu a guerra sob o disfarce de Julia Tobler- polonesa, trabalhou como semi-escrava em fazendas de agricultores alemães, em troca de abrigo e comida. Os quatro Kleins estavam juntos novamente, numa felicidade que acreditavam que não sentiriam nunca mais. Em agosto de 1945, os alemães se renderam e entregaram sua última arma, o que não facilitou muito a vida dos judeus, pois naquele momento viviam sob o comando do exército soviético de Joseph Stalin, não muito menos cruel do que os alemães, mas ao menos tinham uns aos outros e estavam novamente livres. Em seguida Samuel foi para Munique , na Alemanha em busca do pai. O velho estava numa enfermaria, pesando 45Kg,

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