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CONTABILIDADE COMERCIAL

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Por:   •  24/2/2015  •  4.449 Palavras (18 Páginas)  •  560 Visualizações

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CONTABILIDADE COMERCIAL

Itabira

2013

MIRIAN SOARES BITENCOURT

CONTABILIDADE COMERCIAL

Trabalho apresentado ao Curso Ciências Contábeis – Módulo III da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas Contabilidade Comercial, Matemática Financeira II, Teoria Contábil e Legislação Profissional, e Metodologia Cientifica.

Orientador: Prof. Fábio R. Proença, Valdeci S. Araujo, Joenice L.D. Santos, e Rodrigo M. Trigueiro.

Itabira

2013

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4

2 DEFINIÇÕES CONCEITUAIS DOS PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE 5

2.1 Entidade 5

2.2 Continuidade 5

2.3 Competência 6

3 REGIME APURAÇÃO 7

3.1 Caixa 7

3.2 Competência 7

4 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES (CONCEITOS) 8

4.1 PEPS 9

4.2 UEPS 9

4.2 Custo médio ponderado 10

5 OPERAÇÕES COM MERCADORIAS E IMPOSTOS 10

5.1 Reconhecimento da Receita 10

5.2 Deduções da Receita 11

5.3 Imposto e contribuições na compra e na venda (ICMS, PIS, COFINS) 11

6 OPERAÇÕES FINANCEIRAS 12

6.1 Capitalização Composta 12

6.2 Taxas Equivalentes 14

7 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 15

7.1 Comente sobre demonstrações contábeis obrigatórias (Balanço e DRE) 15

8 CONTABILIDADE E SUAS PERSPECTIVAS 16

8.1 Comente sobre as Tendências da Contabilidade 16

CONCLUSÃO 18

REFERÊNCIAS 19

INTRODUÇÃO

Este trabalho deseja demonstrar a contabilidade como fonte importante para o processo de gestão e a estreita relação entre as informações contábeis e as principais funções operacionais. O poder que a informação tem é algo inquestionável, no primeiro momento toda a organização utiliza a combinação de varias informações para definir, por exemplo: área de atuação, característica a ser produzidas, metas a serem atingidas e publico alvo, neste momento a informação contábil aparece como a mais confiável das fontes de informação.

Neste trabalho serão relatados os tópicos importantes sobre a Contabilidade Comercial. Um estudo voltado para Contabilidade Comercial que é uma ferramenta indispensável que mede o patrimônio comercial, ou seja, o conjunto de bens, direitos e obrigações do comerciante. O comércio e toda pessoa física ou jurídica que aproxima de vendedores e consumidores, levando-os a completar uma operação comercial.

Serão relacionados os aspectos teóricos básicos da contabilidade comercial aos aspectos legais e fiscais vigentes no Brasil, mantendo sempre um equilíbrio entre teoria, fundamentação legal e obrigações fiscais.

A finalidade fundamental da Contabilidade Comercial é procurar apresentar de forma ordenada o histórico das atividades da empresa, a interpretação dos resultados e através de relatórios produzirem as informações que se fizerem precisas para o atendimento das diferentes necessidades.

CONTABILIDADE COMERCIAL

2 – DEFINIÇÕES CONCEITUAIS DOS PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE

O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

Percebe-se que o Princípio da Entidade presente na resolução do CFC se assemelha muito ao Postulado Contábil da Entidade, destacando-se autonomia patrimonial em relação aos sócios, ou seja, o fato de que o patrimônio da entidade não se confunde com o de seus proprietários.

Na prática, este é um dos princípios mais desrespeitados pelos empresários, em especial nas micro e pequenas empresas, o que exige do contabilista que preste serviços a estes tipos de entidades uma atenção redobrada.

Ressalta-se ainda o reconhecimento do Patrimônio das entidades como objeto de estudo da Ciência Contábil, conforme se nota no caput do artigo referente a este princípio.

O principio da continuidade ou não da entidade, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas.

A continuidade influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível.

A observância do princípio da continuidade é indispensável à correta aplicação do princípio da competência, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado.

A Continuidade também é um caso de Postulado que fora “rebaixado” à categoria de princípio pela Resolução CFC 750/93. Mesmo assim, percebe-se a importância superior deste princípio na redação do § 2º, quando se evidencia que a aplicação da Continuidade é vital para a correta aplicação do Princípio da Competência.

As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.

O Princípio da competência determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do princípio da oportunidade.

O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração.

As receitas consideram-se realizadas:

I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à entidade, quer pela fruição de serviços por esta prestados;

II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;

III – pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros;

IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções.

Consideram-se incorridas as despesas:

I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para;

II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;

III – pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

Na maioria das vezes, este é o primeiro princípio aprendido pelos acadêmicos de Ciências Contábeis, até mesmo por ser um dos mais complexos para os olhares leigos.

O Princípio da Competência trata do reconhecimento das receitas e confrontação das despesas, evidenciando que as receitas devem ser reconhecidas no momento em que são auferidas e as despesas no momento em que são ocorridas, de modo com que as duas se confrontem, fato este que ocorre independentemente do desembolso financeiro.

Alguns doutrinadores acreditam que o reconhecimento das receitas e a confrontação das despesas são dois princípios distintos, no entanto, para fins de Resolução CFC nº 750/93, ambas estão englobadas em um único artigo.

No regime de competência, a receita bruta é apurada com base no valor do faturamento do mês, ou seja, com base na notas fiscais emitidas e/ou ainda nos serviços prestados, com ou sem emissão de documento fiscal. Assim, a apuração é fácil e objetiva.

3 – REGIME DE APURAÇÃO

No regime de caixa, a receita bruta ou base de cálculo é apurada com base nos valores efetivamente recebidos no mês, escriturados do livro caixa ou nas contas caixa e/ou bancos no livro razão. Também não é difícil, mas exige atualização da escrituração contábil, conciliação com os extratos bancários, controles de descontos de duplicatas, cheques devolvidos, cheques reapresentados, dentre outros.

Na apuração do resultado do Exercício devem ser consideradas todas as despesas pagas e todas as receitas recebidas no exercício, independentemente da data da ocorrência de seus fatos geradores.

Em outras palavras, por esse regime somente entrarão na apuração do resultado as despesas e as receitas que passaram pelo Caixa.

O Regime de Caixa somente é admissível em entidades sem fins lucrativos, em que os conceitos de receita de despesa se identificam, algumas vezes, com os de recebimento e pagamento.

Algumas das vantagens do Regime de Caixa:

Em um primeiro momento o recolhimento de tributos pelo o regime de caixa proporciona a redução no valor do imposto a pagar. As empresas que vendem a prazo ganham reforço de capital de giro, pois terão mais tempo para recolher o imposto. Também se beneficiam as empresas que possuem elevados níveis de insolvências (inadimplência) em suas operações comerciais.

Para se conhecer o resultado de um exercício é preciso confrontar o total das despesas com o total das receitas correspondentes ao respectivo exercício. É o regime contábil a ser adotado que definirá que despesas e receitas deverão ser consideradas na apuração do resultado do respectivo exercício.

Assim, são dois os regimes contábeis conhecidos que disciplinam a apuração do Resultado do Exercício: Regime de Caixa e Regime de Competência.

Regime de Competência, desse regime decorre o Principio da Competência de Exercícios, e por ele serão consideradas, na apuração do resultado do exercício, as despesas incorridas e as receitas realizadas no respectivo exercício, tenham ou não sido pagas ou recebidas.

De acordo com esse regime, não importa se as despesas ou receitas passaram pelo Caixa (pagas ou recebidas), o que vale é a data da ocorrência dos respectivos fatos geradores.

Nas entidades com fins lucrativos, as empresas são fundamentais os conceitos de custo e de receita, que envolvem o regime de competência, pois a elas não importa o que foi pago ou recebido, mas o que foi consumido e recuperado, para apuração do resultado do exercício.

No Brasil, as entidades com fins econômicos devem apurar seus resultados pelo Regime de Competência, enquanto a adoção do Regime de Caixa é mais comum nas entidades sem fins lucrativos

4 – MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES

A avaliação de estoque compreende a determinação do valor de mercadorias, matérias-prima, produtos acabados ou em fabricação.

Existem vários critérios para avaliação dos estoques, destacando-se entre eles aquele que recomenda tomar por base o menor preço entre ode custo e o de mercado.

O preço de custo e aquele pelo qual a mercadoria ou matéria-prima é adquirida pela empresa, e consta das notas ou faturas dos fornecedores; no caso de industria, é aquele pelo qual a mercadoria foi produzida, constando da ficha de produção.

O preço de mercado é o que custaria a mercadoria ou matéria-prima se adquirida no dia da elaboração do inventario.

A diferença entre o preço de mercado e o de custo ocorre em épocas anormais de altas ou baixas de preço; nas épocas normais as variações são pequenas, não tendo reflexos importantes no valor total do inventario.

Nas épocas anormais, entretanto, as variações podem ser grandes; isto esta ocorrendo em quase todos os países do mundo, pois a inflação é fenômeno quase universal, nos períodos de depressão econômica o fenômeno é inverso, isto é, os preços caem.

Entre os preços de custo e de mercado, recomenda-se a escolha do menor, como medida de precaução, pois se adotarmos o mais elevado poderemos não realizar os valores declarados no balanço; se considerarmos o preço menor estaremos formando reserva potencial, que contribuirá para consolidar a situação econômica da empresa no futuro.

Contudo, é preciso considerar que em épocas anormais os preços sobem, às vezes, de maneira astronômica, sem possibilidade de baixas imediatas. Nesta circunstâncias, a avaliação pelo preço de custo, muito menor que o de mercado, provocara a formação de reserva oculta, e não simplesmente de reserva potencial.

O método de avaliação escolhido afetará o total do lucro a ser reportado para um determinado período contábil. Permanecendo inalterados outros fatores, quanto maior for o estoque final avaliado, maior será o lucro reportado, ou menor será o prejuízo. Quanto menor o estoque final, menor será o lucro reportado, ou maior será o prejuízo.

Considerando que vários fatores podem fazer variar o preço de aquisição dos materiais entre duas ou mais compras (inflação, custo do transporte, procura de mercado, outro fornecedor, etc.), surge o problema de selecionar o método que se deve adotar para avaliar os estoques. Os métodos mais comuns são:

PEPS: Sigla traduzida para o vernáculo, o primeiro que entra é o primeiro que sai – FIFO first in, first out.

À medida que ocorrem as vendas, ocorre às baixas no estoque a partir das primeiras unidades compradas, o que equivaleria ao raciocínio de que vendemos/compramos primeiro as primeiras unidades compradas/produzidas. Justificando, a primeira unidade a entrar no estoque é a primeira a ser utilizada no processo de produção o ou a ser vendida. Entretanto, não é objeto do o procedimento em si, e sim o conceito do resultado (lucro).

Enumeram-se, algumas vantagens deste método:

Os itens usados são retirados do estoque e a baixa é dada nos controles de maneira lógica e sistemática;

O resultado obtido espelha o custo real dos itens específicos usados nas saídas;

O movimento estabelecido para os materiais, de forma contínua e ordenada, representa uma condição necessária para o perfeito controle dos materiais, especialmente quando estes estão sujeitos a deterioração, decomposição, mudança de qualidade, etc.

UEPS: traduzida da sigla LIFO – last in, first out, é um método de avaliar estoque muito discutido. O custo do estoque é determinado como se as unidades mais recente adicionadas ao estoque (últimas a entrar) fossem as primeiras unidades vendidas (saídas) (primeiro a sair). Supõe-se, portanto, que o estoque final consiste nas unidades mais antigas e é avaliado ao custo destas unidades. Segue-se que, de acordo com o método UEPS, o custo dos itens vendidos/saídos tende a refletir o custo dos itens mais recentemente comprados (comprados ou produzidos, e assim, os preços mais recentes). Também permite reduzir os lucros líquidos relatados por uma importância que, se colocada à disposição dos acionistas, poderia prejudicar as operações futuras da empresa.

Algumas considerações do método UEPS:

É uma forma de se custear os itens consumidos de maneira sistemática e realista; nas indústrias sujeitas às flutuações de preços, o método tende a minimizar os lucros das operações;

Em períodos de alta de preços, os preços maiores das compras mais recentes são apropriados mais rapidamente às produções reduzindo o lucro;

O argumento mais generalizado em favor do UEPS é o de que procura determinar se a empresa apurou, ou não, adequadamente, deus custos correntes em face da sua receita corrente. De acordo com o UEPS, o estoque é avaliado em termos do nível de preço da época, em que o UEPS foi introduzido.

Custo Médio ponderado: este método, também chamado de método da média ponderada ou média móvel, baseia-se na aplicação dos custos médios em lugar dos custos efetivos. O método de avaliação do estoque ao custo médio é aceito pelo Fisco e usado amplamente. Por esse critério, os estoques são avaliados pelo custo médio de aquisição, apurado a cada entrada de mercadorias, ponderado pelas quantidades adquiridas e pelas anteriormente existentes.

5 – OPERAÇÕES COM MERCADORIAS E IMPOSTOS

Uma receita deve ser reconhecida quando a maior parte do esforço de obtenção da receita já ocorreu, existe um preço de mercado que a valide os custos e despesas associados são estimáveis e existe a certeza probabilística da realização da receita

Normalmente uma receita é reconhecida no momento da transferência dos bens ou produtos ou da prestação de serviços para os clientes, porém, existem exceções:

• Reconhecimento da receita proporcionalmente ao decurso do tempo;

• Reconhecimento da receita em função de valoração dos estoques (antes da transferência);

• Reconhecimento da receita após o ponto de transferência (após a venda).

A receita é considerada realizada e, portanto, passível de registro pela Contabilidade, quando produtos ou serviços produzidos ou prestados pela Entidade são transferidos para outra Entidade ou pessoa física com a anuência destas e mediante pagamento ou compromisso de pagamento especificado perante Entidade produtora.

Segundo especialistas, as normas dão base para as empresas adiarem o registro de receitas para pagamento do Imposto de Renda (IR) para o momento da entrega efetiva do bem ou do serviço em vez de contabilizar a receita no momento do faturamento.

As receitas consideram-se realizadas:

1. Nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por esta prestados;

2 – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;

3 - pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros;

4 – no recebimento efetivo de doações e subvenções.

Da receita bruta poderão ser deduzidas as vendas canceladas, os descontos incondicionalmente concedidos e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante, e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviços seja mero depositário (IPI e ICMS Substituição Tributária).

Os Impostos ou Taxas Sobre Vendas incidem sobre vendas e guardam proporcionalidade com preço de venda. Portanto quanto maior for a venda, maior será os impostos ou taxas sobre vendas, por outro lado, se a empresa nada vender, não serão gerados impostos e taxas sobre vendas.

IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) – de competência da União (Governo Federal). A alíquota do IPI varia de acordo com o produto, ou seja, tratando-se de produtos de primeira necessidade, a alíquota é baixa ou até mesmo zero (produtos alimentícios, vestuário, calçados, matéria-prima básica, etc), tratando-se de produtos supérfluos, a alíquota é elevada, podendo chegar, como é o caso de cigarros, próximos dos 400%. Outros produtos de alíquotas elevadas são: bebidas alcoólicas, perfumes, automóveis, etc.

ICMS (Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) – de competência dos Estados e do Distrito Federal, alguns impostos vendas que eram de competência da União foram, com a Constituição de 1988, para o alcance do ICMS (por exemplo: Imposto Único Sobre Energia Elétrica, Imposto Único Sobre Minerais, Imposto Sobre Combustíveis e Lubrificantes). O ICMS incide, também, sobre a entrada de mercadorias importadas, ainda que se trate de bens destinados ao consumo ou ao ativo imobilizado das empresas.

São Taxas guardam proporcionalidade com Vendas:

PIS (Programa de Integração Social) – quando calculado pela aplicação de uma alíquota sobre a soma das receitas que entram no calculo do lucro operacional (Líquido) delas podendo ser excluídos alguns valores, tais como: as Vendas Canceladas, as Devoluções de Vendas, os Descontos Incondicionais o IPI as reversões de Provisões e Recuperações de créditos.

Cofins (Contribuição Para Financiamento da Seguridade Social)

De acordo com a Legislação Fiscal, deve ser excluído do custo de aquisição de mercadorias para revenda e de matéria-prima o montante do ICMS recuperável, destacado em Nota Fiscal. Tal procedimento implica registrar em conta própria de “ICMS a Recuperar”. A base de cálculo do ICMS é o preço da mercadoria.

Quando a venda se realiza, a empresa comercial deverá também cobrar o ICMS do comprador da mercadoria.

O Programa de Integração Social (PIS) é uma contribuição que as empresas em geral devem recolher, mensalmente, ao Governo Federal.

A base de cálculo da contribuição é o valor do faturamento, excluídos os valores relativos às Vendas Canceladas, aos Descontos Incondicionais Concedidos, às Receitas decorrentes da venda do ativo imobilizado e outros, conforme estabelece a Legislação própria.

A Contribuição para financiamento da Seguridade Social (COFINS) foi criada pelo Governo federal com a finalidade de carrear recursos para aplicação na área social. O valor dessa contribuição é calculado no final de cada mês, mediante a aplicação de uma alíquota (taxa) sobre o faturamento do respectivo mês.

6 – OPERAÇÕES FINANCEIRAS

No regime de capitalização composta, os juros produzidos num período serão acrescidos ao valor aplicado e no próximo período também produzirão juros, formando o chamado “juros sobre juros”. A capitalização composta caracteriza-se por uma função exponencial, em que o capital cresce de forma geométrica. O intervalo após o qual os juros serão acrescidos ao capital é denominado “período de capitalização”; logo, se a capitalização for mensal, significa que a cada mês os juros são incorporados ao capital para formar nova base de cálculo do período seguinte.

O conceito de montante é o mesmo definido para capitalização simples, ou seja, é a soma do capital aplicado ou devido mais o valor dos juros correspondentes ao prazo da aplicação ou da dívida. A simbologia usada será VF para valor futuro ou montante, VP para valor presente ou capital inicial, n para o prazo ou período de capitalização e i para a taxa. A dedução da equação para calcular o montante para um único pagamento é pouco mais complexa que a capitalização simples. Para facilitar o entendimento, vamos admitir o seguinte problema:

Calcular o montante de um capital de $ 1.000,00, aplicado á taxa de 4% ao mês, durante 5 meses.

Dados:

VP = 1.000,00

n = 5 meses

i = 4% ao mês = 0,04

VF = ?

capital no início do mês (VPt) juros correspondentes ao mês (jt) montante no final do mês (VFt)

1.000,00 1.000,00 x 0,04 = 40,00 1.040,00

1.040,00 1.040,00 x 0,04 = 41,60 1.081,60

1.081,60 1.081,60 x 0,04 = 43,26 1.124,86

1.124,86 1.124,86 x 0,04 = 45,00 1.169,86

1.169,86 1.169,86 x 0,04 = 46,79 1.216,65

Logo o montante será de R$ 1.216,65

No sistema de capitalização composta, ao contrario do que acontece no sistema de capitalização simples, duas taxas equivalentes não são necessariamente proporcionais entre si.

Daí a necessidade de obtermos uma relação que nos permita calcular a taxa equivalente, num certo período de tempo, a uma dada taxa de juro composto.

Em economia inflacionária ou em economia de juros elevados, é recomendada a aplicação de capitalização composta, pois a aplicação de capitalização simples poderá produzir distorções significativas principalmente em aplicações de médio e longo prazo, e em economia com altos índices de inflação produz distorções mesmo em aplicações de curto prazo.

Taxas Equivalentes são taxas que quando aplicadas ao mesmo capital, num mesmo intervalo de tempo, produzem montantes iguais. Essas taxas devem ser observadas com muita atenção, em alguns financiamentos de longo prazo, somos apenas informados da taxa mensal de juros e não tomamos conhecimento da taxa anual ou dentro do período estabelecido, trimestre, semestre entre outros. Em algumas situações relacionadas à Matemática Financeira temos que realizar operações de equivalência das taxas de juros. Em situações de longo prazo conhecemos a taxa mensal de juros, mas desconhecemos o valor da taxa anual ou dos juros acumulados no período estabelecido. Uma expressão matemática básica e de fácil manuseio que nos fornece a equivalência de duas taxas é:

1 + ia = (1 + ip)n, onde:

ia = taxa anual

ip = taxa período

n: número de períodos

Exemplo 1

Qual a taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês?

Temos que: 2% = 2/100 = 0,02

1 + ia = (1 + 0,02)12

1 + ia = 1,0212

1 + ia = 1,2682

ia = 1,2682 – 1

ia = 0,2682

ia = 26,82%

A taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês é de 26,82%.

Exemplo 2

Determine a taxa mensal equivalente a 0,2% ao dia.

Sabemos que 0,2% = 0,2 / 100 = 0,002

(1 + ia) = (1 + 0,002)30

1 + ia = 1,00230

1 + ia = 1,0618

ia = 1,0618 – 1

ia = 0,0618

ia = 6,18% ao mês

7– DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A contabilidade, por meio das Demonstrações Contábeis, permite aos gestores compreender a estrutura patrimonial das empresas por reunir relevantes informações necessárias para se administrar com competência suas atividades operacionais.

Essas demonstrações, quando publicadas, permitem ao público avaliar a situação das empresas, observando a qualidade da gestão por elas realizada.

Conforme Lei 6.404/76 (artigos 176 a 182 e artigo 187) e NBC T.3, o Balanço Patrimonial é constituído pelo Ativo, pelo Passivo e pelo Patrimônio Líquido. O Ativo compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela entidade, capazes de gerar benefícios econômicos futuros, originados de eventos ocorridos. O Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua liquidação. O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade, e seu valor é a diferença positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo. Quando o valor do Passivo for maior que o valor do Ativo, o resultado é denominado Passivo a Descoberto. Portanto, a expressão Patrimônio Líquido deve ser substituída por Passivo a Descoberto.

O artigo 187 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações) instituiu a Demonstração do Resultado do Exercício. A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente, de doze meses.

De acordo com a legislação mencionada, as empresas deverão na Demonstração do Resultado do Exercício discriminar:

• a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;

• a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;

• as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

• o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;

• o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;

• as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;

• o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

8– CONTABILIDADE E SUAS PERSPPECTIVAS

A moderna contabilidade, inserida em um mundo repleto de novas tecnologias e globalizado, está em constante atualização. Neste cenário é oportuna a análise das tendências da área contábil, uma ciência que tem a responsabilidade de fornecer dados cruciais para que empresas ou entidades possam avaliar o próprio crescimento, o desempenho, a situação financeira e patrimonial. Vale salientar que cabe também ao profissional da área contábil prestar contas e disponibilizar à comunidade e ao governo as informações contábeis periódicas das empresas.

Com o bom momento da economia brasileira e todas as mudanças ocorridas na legislação nacional, as empresas precisaram trocar ou ampliar o quadro profissional para se adequarem. “Essa necessidade de adequação foi o principal motivo de essas posições terem sido as mais demandadas e disputadas pelo mercado” afirma Marcela Esteves, gerente da divisão de Finanças e Contabilidade da Robert Half. “Até então, a tesouraria era a ‘menina dos olhos’ da área financeira”, conclui.

De acordo com o estudo, o mercado de Finanças e Contabilidade continuou aquecido, mas não tão latente como no ano passado, devido ao cenário econômico mundial. A fluência na língua inglesa ainda é um dos grandes desafios deste segmento, já que a maioria dos profissionais não a possui por ocuparem cargos considerados mais operacionais. Outra competência valorizada nos últimos dois anos é do profissional que saiba lidar tanto com a parte técnica como com a gestão de pessoas.

CONCLUSÃO

Pode-se dizer que o conhecimento sobre os conceitos contábeis por parte das pessoas com formação em áreas não-relacionadas à Contabilidade é importante para: análise e interpretação de dados financeiros; planejamento e controle do patrimônio (pessoal ou empresarial); cooperação, coordenação e comunicação com outras áreas da empresa.

Conclui-se neste trabalho que a Contabilidade Comercial tem como objetivo principal analisar as atividades contábeis de uma empresa e as modificações ocorridas em seu Patrimônio, podendo assim tomar posicionamentos seguros em futuros investimentos e ter a responsabilidade de tomar decisões para o sucesso da empresa.

Hoje, a contabilidade passa a ter mais relevância no cenário econômico, deixando de ser apenas um instrumento importante no auxílio prestado no cálculo e na identificação dos valores que servem como base para recolhimento dos tributos, para análise e concessão de crédito ou pagamento de dividendos, ocupando um espaço bastante importante na sociedade em razão das dimensões econômicas, ambientais e tecnológicas que passaram a integrar o patrimônio daquelas empresas que se adaptaram às mudanças dos tempos atuais.

O contador para o novo milênio é aquele que possui características dinâmicas, ou seja, domine a matéria técnica, atualizando-se constantemente, esteja aberto às diversidades e mudanças, tenha conhecimento sobre tecnologia da informação e microinformática, tenha formação multidisciplinar, além de possuir responsabilidade social e ecológica, agindo sempre com ética.

REFERÊNCIAS

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica Fácil. – 24. ed. – São Paulo: Saraiva, 2003.

ROHLOFF, Débora Bohrer. Matemática financeira II. Ed.2009.

http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=regcompe

http://universotributario.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=521&Itemid=191

http://pt.wikipedia.org/wiki/Estoque

http://www.significados.com.br/

http://www.brasilescola.com/matematica/taxas-equivalentes.htm

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