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CULINÁRIA ISRAELITA

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Por:   •  26/8/2014  •  2.770 Palavras (12 Páginas)  •  158 Visualizações

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COZINHA INTERNACIONAL MEDITERRÂNEA

CULINÁRIA ISRAELITA

CURITIBA

2014

::: OCUPAÇÃO JUDAICA NA PALESTINA :::

A ocupação judaica na palestina começou a ganha forças no século XIX, no período do neo-colonialismo, onde o petróleo havia se transformado na principal fonte de energia e determinante para o desenvolvimento industrial, principalmente após a primeira guerra mundial e a queda do império turco.

Dentro desse contexto, nasceu o movimento sionista, com a publicação do livro "O estado judeu" e o primeiro congresso sionista mundial em 1897. Liderado pela comunidade judaica, tinha como objetivo de construírem um lar na palestina. Após a primeira guerra mundial, os ingleses se comprometeram a ajudar os judeus de construir um estado livre, com o objetivo de enfraquecer os árabes e conquistar vantagens econômicas na região, sendo um deles os judeus utilizavam o modelo de desenvolvimento capitalista definido a partir da revolução industrial europeia, algo que o povo árabe não possuía. Entre os anos 1930 e 1940, intensificou-se a imigração judaica para a palestina, devido aos ingleses permitirem compra de terras na palestina por ricos judeus de todo o mundo.

As vésperas da segunda guerra mundial, o estado livre teve vários problemas: A imigração descontrolada de judeus e a falta de delimitação das áreas de assentamento entre judeus e palestinos, o que resultou em graves hostilidades entre ambos. Entre outros conflitos, tem o interesse econômico, pela palestina ser uma região estratégica, e o conflito entre israelenses e palestinos, não somente de terras, mas de cultura e valores (RECCO, 2008).

::: COMUNIDADE JUDAICA :::

Durante o século XIII, os judeus que estavam na Alemanha foram obrigados a se confinarem em um mesmo bairro das cidades para escaparem de perseguições e massacres coletivos devido a consequências da propaganda religiosa ao tempo das cruzadas. Isolados, os judeus se diferenciaram do resto da população, tanto que começaram a falar uma forma especial da língua alemã, se transformando no idioma iídiche. Este isolamento despertou a fantasia popular, acusando o povo judeu de práticas demoníacas. a desigualdade somente deixou de existir em todo território nacional em 1871. Quando a depressão econômica atingiu a Alemanha, o anti-semitismo voltou a força devido a revolta com uma minoria beneficiada pela industrialização. Assim os judeus foram transformados em símbolo do capitalismo apátrida e egoísta.

A derrota das antigas classes dirigentes na Primeira guerra mundial e o surgimento da República ajudaram muito os judeus. caíram as barreiras contra participação em certas profissões e funções públicas, junto com a proibição de emigração para outras cidades. A rápida ascensão dos judeus apontava-os como beneficiados da vitória dos aliados. Neste mesmo cenário, os generais alemães publicaram suas memórias, culpando o povo judeu por toda a ruína da Alemanha e responsabilizando eles pelo sentimento de fraqueza e inferioridade.

Todo esse ódio fortaleceu mais ainda o movimento anti-semitismo, ocorrendo o holocausto sob a doutrina do III Reich. Estima-se que foram mortos 6 milhões de judeus. Um ano após Hitler ter assumido o poder ocorreu o boicote econômico e as leis anti-judeus. Após a expulsão dos judeus poloneses na Alemanha, Ernst Von Rath, secretariado da embaixada alemã, foi morto em Paris. Após isso, ocorreram várias perseguições, resultando em 20 mil judeus sendo levados a campos de concentração, centenas de sinagogas incendiadas, 7 mil lojas destruídas e uma condenação a pagar indenização de 1,5 bilhão de marcos.

O holocausto passou a ser explorado pela comunidade judaica, apelando para um sentimentalismo para reforçar a imagem dos judeus como "vítimas". Desde então, a política do estado de Israel se baseia nessa tendência reforçando o direito dos judeus, principalmente na Palestina (RECCO, 2008).

::: ISRAEL :::

Com o fim da Segunda guerra mundial, os britânicos delegam a Organização das Nações Unidas (ONU), a tarefa de solucionar os problemas entre árabes e judeus na Palestina. Sem consultar previamente a população da Palestina, a ONU decide pela divisão do território em dois Estados: os judeus receberiam 57% do território, enquanto que os árabes, que constituíam a maioria, ficariam com 43%. O Estado judeu foi criado em 1948, mas o árabe jamais foi, sempre impedido pela ação de Israel com os Estados Unidos, em total desrespeito a resoluções das Nações Unidas. A fundação de Israel não foi aceita pelos Estados árabes, que no mesmo dia atacaram o recém-fundado país, iniciando a primeira guerra árabe-israelense, que terminou em 1949 depois de seis meses, com a derrota da Liga Árabe (Egito, Síria, Líbano, Transjordânia e Iraque). Israel estendeu seus domínios sobre a Galiléia e o deserto de Neguev.

Mais três guerras seguiram-se entre as décadas de 1950 e 1970. Em 1956, o Egito presidido pelo arabista Gamal Abdel Nasser nacionalizou o canal de Suez (controlado pela Inglaterra), impedindo o seu uso por navios israelenses e isolando o porto de Eliat, maior receptor de petróleo para Israel na época. Israel declarou guerra ao Egito, ocupando a península do Sinai, a faixa de Gaza e reabrindo o porto de Eliat, enquanto o canal de Suez era atacado pela França e pelo Reino Unido. As forças dos três países foram obrigadas a se retirar, sob pressão da ONU, dos Estados Unidos e da União Soviética, fazendo com que Israel recuasse às fronteiras estabelecidas em 1949. Em 1977, Israel iniciou conversações com o Egito, que intermediadas pelo presidente dos EUA, Jimmy Carter, culminaram na assinatura do acordo de Camp David (1978), pelo qual Israel se retirava do Sinai e o Egito se tornava o primeiro país do mundo árabe a reconhecer o Estado de Israel (RECCO, 2008).

::: GASTRONOMIA ISRAELITA E RESTRIÇÕES JUDAICAS :::

O povo Judeu, em vários séculos de existência, procura através de sua alimentação, equilibrar o corpo, a mente e a alma. Há mais de 2500 anos foi criado para os judeus o código rabínico-sacerdotal de leis e regulamentos dietéticos. Estas leis revelaram a preocupação excessiva, por parte dos judeus, dos seus valores religiosos.

Segundo a Torá, desde a criação do mundo, do homem, da mulher e a confiança em ambos depositada pelo Criador, se definiu qual deveria ser o padrão de conduta para merecer o recebimento das bênçãos Divinas: um compromisso estabelecido, uma

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