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CUSTOS

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Por:   •  9/3/2015  •  4.418 Palavras (18 Páginas)  •  243 Visualizações

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A Problemática e a Solução para os Custos Invisíveis e Custos Ocultos

18/12/2005 – autor Tomislav Femenick – prof. Celso – agosto/2013

Resumo: O problema dos custos empresariais vai muito além dos custos que podem ser registrados pela Contabilidade. Eles rompem essa barreira e se fazem presente em todas as decisões relacionadas com a gestão do negócio. Isto porque os ganhos possíveis e não realizados também são considerados custos, custos que as organizações dos tempos globalizados do Século XXI não podem se dá ao luxo de tê-los. Esses custos são de duas naturezas: “custos invisíveis”, quando causados por problemas estruturais internos ou externos à empresa e se evidenciam em grau comparativo com a concorrência, ou “custos ocultos”, quando gerados por ineficiência de gestão e que resultam na queda do faturamento da organização.

Palavras chaves: custos comparativos; custos econômicos; custos de oportunidade; globalização; tributação; logística; eficiência de gestão.

1. INTRODUÇÃO

Os estudantes dos cursos que formam administradores e gestores empresariais recebem instrução acadêmica e profissional para identificar os custos em suas categorias mais tradicionais: custos diretos e indiretos e custos fixos e variáveis. Quando aprimoram seus conhecimentos, eles ficam sabendo dos custos semi-diretos e semi-indiretos e dos semi-fixos e dos semi-variáveis. Aprendem ainda sobre o custo marginal (o custo de se produzir unidades adicionais de um produto), os custos médios e que, a longo prazo, todos os custos são variáveis. Na sua caminhada em direção ao saber, aprendem os sistemas de custeio Padrão, ABC e outros tais que adentram nos campos do Ponto de Equilíbrio e da Margem de Contribuição. Por essas classificações e sistemáticas, os custos são facilmente mensurados e alocados aos produtos.

No entanto a dinâmica da economia hoje vivenciada, a economia globalizada, exige muito mais dos executivos das organizações empresariais. Nesse mercado mundializado, qualquer produto, elaborado em qualquer parte do mundo, concorre com produtos similares, produzidos também em várias partes do mundo. Um melão, uma camisa, um automóvel ou um avião Made in Brazil, por exemplo, concorre com outros feitos na China, na Argentina, nos Estados Unidos, na Coréia, em Singapura, na Europa, na África ou em qualquer outro lugar do planeta. O que faz a diferença, o que determina a realização da sua comercialização, além da qualidade (óbvio) é o preço de venda.

Tem-se que voltar ao ponto inicial e crucial do problema: o elemento básico da formação do preço de venda de qualquer produto é a natureza e a composição dos custos para se fazer tal produto. Se os custos de uma determinada empresa, localizada em um determinado lugar, em um determinado país, for o menor, aquilo que por ela for fabricado possui um dos elementos chaves para garantir a sua presença no mercado.

E o que a economia globalizada exige a mais dos executivos, mais especificamente dos administradores de custos? Exige que eles olhem, enxerguem, vejam, eliminem ou minimizem custos que aparentemente são invisíveis e ocultos. O grande problema é que esses custos não são facilmente identificáveis, pois eles nem sempre são registrados, já que nem sempre são “custos contábeis”.

2. CUSTOS INVISÍVEIS

Os “custos invisíveis” são custos que estão nas organizações, mas não são mensurados, não são medidos pelos sistemas tradicionais de custeio. Alguns deles têm origem externa, fora da empresa, enquanto outros nascem e se desenvolvem dentro dela. Em muitos casos os custos invisíveis são na verdade “escalas comparativas de custos”, isto é, o resultado da comparação dos custos de uma determinada planta de produção com outra de igual natureza ou, então, com a média de um segmento específico de mercado.

Daí a necessidade de compreensão dos princípios dos “custo comparativo” e “custo de oportunidade ou de substituição”. No primeiro caso a análise envolve o estudo das condições objetivas em que se dá a elaboração de uma dada mercadoria. Aplicado mais comumente nos estudos econômicos sobre a divisão territorial do trabalho e das trocas internacionais, desenvolvido principalmente por David Ricardo (1978, p. 149 a 167), atualmente é também utilizado de forma mais ampla e busca evidenciar não o “custo absoluto”, o custo nominal, mas o custo obtido pela relação das vantagens comparativas de uma determinada empresa e de seus concorrentes.

Por sua vez, o conceito de custos de oportunidade era compreendido como sendo “o sacrifício das alternativas renunciadas, ao se produzir uma mercadoria ou um serviço” para se fabricar outra (SELDON e PENNANCE, 1977. p 124 a 126), evoluiu para o entendimento de que o “custo de oportunidade visa evidenciar como dado País, setor ou empresa utiliza as condições e oportunidades que lhe são disponíveis para elaborar certos produtos”.

Essas condições e oportunidades podem ser invisíveis, quer sob o ponto de vista econômico, contábil ou administrativo. A seguir estão elencados algumas dessas situações.

2.1 CUSTOS TRIBUTÁRIOS DIFERENCIADOS

Dentre eles se destacam aqueles contra os quais as empresas pouco podem fazer, pois decorrem de ações governamentais. Há vários casos. Vejamos alguns exemplos:

a) Incentivo fiscal – Se duas empresas produzem uma mesma mercadoria e uma delas receber incentivo governamental na forma de isenção ou redução fiscal e a outra não, está última terá um “custo invisível” que deve ser levado em consideração no preço de venda de seus produtos.

b) Diferença de alíquotas – Se uma delas está localizada em uma região em que um determinado tributo seja inferior ao cobrado em outra localidade, a empresa que estiver nessa última situação também deve levar em conta esse fato, quando for fazer os cálculos do seu preço de venda.

c) Novo tributo – Quando em um determinado País ou Estado é instituído um tributo novo ou há um aumento significativo na alíquota de um dado imposto, o valor do novo tributo e o delta representado pela diferença da alíquota antiga e a nova é um “custo invisível” para a elaboração de suas mercadorias. Embora os métodos tradicionais de análise consideram o aumento da carga tributária, não levam em conta o fato de que em outras regiões o custo tributário permanece estável.

d) Tributos em cascatas – A tributação em cascata acontece quando um mesmo importo (ou impostos similares) é cobrado em toda a cadeia produtiva. Se houve a taxação

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