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Campus Balneário Camboriú

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Por:   •  28/6/2013  •  Tese  •  1.178 Palavras (5 Páginas)  •  475 Visualizações

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Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI

Curso de Direito – Campus Balneário Camboriú

Disciplina: Filosofia das Dimensões Publi. e Privadas.

Professor: ?

Turma: 10º A - matutino Data: 22/06/2013.

Acadêmico(a): Dan de Oliveira

TRABALHO

O que está acontecendo com nossas crianças? Talvez para responder essa pergunta à mais adequada fosse: o que esta acontecendo com nossas famílias? Acredito que para responder realmente o que deve ser questionado é: O que está acontecendo com o mundo?

Nos últimos 40 ou 50 anos vêm ocorrendo transformações políticas, econômicas, tecnológicas, científicas, demográficas e culturais que afetam países, empresas, classes sociais, famílias. Transformações que afetam nosso cotidiano, provocam mudanças de valores, mudanças no modo de vida, mudanças na educação e conduzem à formação de uma sociedade tecnizada, individualista, consumista, permissiva, narcísica.

Algumas dessas mudanças podem ser percebidas em aspectos como

A) a percepção do tempo ( tempo parece passar mais rápido, todos reclamam que não têm tempo),

B) a violência (banalização da violência,

C) na televisão (aumento do número de canais, guerras de audiência, vulgarização da programação, divulgação e fortalecimento de preconceitos e estereótipos, embaralhamento das faixas de idade da programação),

D) na publicidade, na educação etc.

Em uma primeira definição esquemática dessa sociedade em que estamos vivendo e precisando educar nossos filhos podemos dizer que se trata de uma sociedade baseada em uma cultura do consumo narcísico e uma educação permissiva:

Sociedade laxista / sociedade de consumo

Capitalismo avançado (ou tardio)

Racionalização e burocratização de todas dimensões da vida

Conversão dos indivíduos em consumidores

Degradação da autoridade familiar

Se nós somos manipulados facilmente, isso reflete diretamente em nossos filhos, na sua formação, pois se isso já acontece conosco, acontecerá com eles. Isso gera:

Criação de hábitos que formam o perfil psicológico do futuro consumidor

Criação de personalidades narcísicas, vítimas de ansiedade e insatisfação crônicas (que são os motores da voracidade consumista)

obediência à lei do mercado: hipnotizada pelo consumo, a ‘massa’ de sujeitos só se deixa mobilizar pelo que reverte de imediato em bem-estar físico, mental ou sexual

Busca do prazer imediato, sem esforço e sem conseqüências

Em resumo, temos um modo de vida em que o consumismo, a banalidade, a vulgaridade e a irresponsabilidade conduzem a um processo de perda de referencial, perplexidade, insatisfação e ansiedade que levam à culpabilização do outro e à busca por receitas prontas, manuais diversos, livros de auto-ajuda, especialistas e técnicos em qualquer coisa. Ou seja, a abrir mão de pensar com a própria cabeça.

Estas gerações, como todas as outras, viveram os conflitos da contradição entre os valores da educação de seus pais e os valores que começaram a se afirmar no mundo quando atingiram a adolescência e a juventude.

A falta de estimulo a reflexão leva as seguintes contradições

Nesta busca, na educação de nossos filhos: ficamos em duvida entre por bater nos nossos filhos, por não bater nos nossos filhos, por não fazer todas as vontades dos nosso filhos, por fazer todas as vontades dos nossos filhos, não sabemos “não saber ser pais”. E pusemos a culpa nos nossos pais, pusemos a culpa na televisão, pusemos a culpa nos comunistas, pusemos a culpa nos padres, pusemos a culpa nos militares, pusemos a culpa nos hippies, pusemos a culpa nos amigos dos nossos filhos, pusemos a culpa nos pais dos amigos dos nossos filhos, pusemos a culpa nos professores dos nossos filhos, pusemos a culpa na escola. Mas não assumimos a culpa.

Corremos atrás de todas as modas, de todas as receitas, de todas as novidades psicológicas e pedagógicas. E esquecemos de pensar sobre o que acreditamos, esquecemos de pensar sobre quais são os nosso valores, esquecemos de pensar sobre o mundo que queremos para os nossos filhos, esquecemos de pensar sobre nossas responsabilidades. Esquecemos de pensar. Enfim somos treinados para não pensar, já que é muito mais fácil governar um povo com educação medíocre.

E, quase todo o tempo, dissemos uma coisa e fizemos outra: queríamos filhos “bem educados” e nunca dizíamos “por favor”, “obrigado”, “desculpe”; queríamos filhos obedientes, mas quebrávamos as regras que nós mesmos havíamos imposto; queríamos filhos tranqüilos e gritávamos, brincávamos de

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